2 de jul. de 2017

Lanchando na Cantinho Doce, em Ivoti

A gente come arroz integral a semana inteira para poder, no domingo, dar aquela escapadinha da rotina alimentar. Pelo menos comigo é assim, salvo alguns deslizes no meio do percurso. Acontece. Dito isso, quero contar do lugar que fui conhecer hoje: Cantinho Doce, em Ivoti.

Vários amigos meus já haviam ido, e as fotos do Facebook, com taças caprichadas com chocolate e Nutella, só aumentavam a minha vontade de conhecer o local. Combinei com meu namorado e fomos hoje, no final do dia.

A Cantinho Doce é uma padaria e confeitaria que fica na rua principal mesmo, a Presidente Lucena, número 1353. O espaço não é muito grande, então havia uma pequena fila de espera até liberar mesas. Ficamos na rua por volta de 15 minutos, e há uns banquinhos para acomodar quem está aguardando.

Além da opção das taças com sorvete e mil gostosuras, há uns cafés elaborados e o buffet com doces e salgados, que foi o que acabei optando. O buffet funciona da seguinte forma: você paga R$23,90 (valor de finais de semana e feriados) e pode comer livremente, até não caber mais um farelo de bolo na barriga. De segunda a sexta-feira o valor é R$18,90. Também é possível se servir no buffet e pesar o prato, sendo que o quilo é R$36,90.

No buffet tem muita coisa boa: bolos de vários tipos, cupcakes, tortinhas, rissoles, coxinhas, bolinhas de queijo, salgadinhos folhados, queijos, salaminhos, frutas picadinhas, geleias, etc etc etc. E o melhor é que é tudo muito gostoso e muito quentinho. A equipe da Cantinho Doce trabalha sem parar, repondo as comidas, perguntando se está tudo sob controle. Enfim, atendimento superbom.






No buffet ainda está incluído o chá, e pode-se escolher refrigerantes ou sucos à parte. Fiquei no chazinho mesmo porque combinava perfeitamente com o domingo gelado. Era chá de camomila e estava uma delícia.




Gostei de tudo que coloquei no meu prato, principalmente de um bolinho com coco e de um pãozinho com salsicha. E do quindim, claro. Eta doce que eu amo!

DICAS:
  • não coma nada o domingo todo e chegue lá pelas 17, 18 horas. Dessa forma você emenda o lanche da tarde com a janta e sai do local com a barriguinha cheia e o coração feliz. No entanto, esse é o horário de pico do local, então vá com paciência pra dar aquela esperadinha. Se você não quer aguardar nem um minuto, sugiro que chegue mais cedo, tipo antes das 17h.
  • não vá com grupos grandes de pessoas. Há um número pequeno de mesas e é difícil acomodar todo mundo. Até 4 pessoas eu acho bem tranquilo.
  • depois de comer seu lanche, você ainda pode aproveitar as guloseimas da padaria e abastecer sua casa com pães, cucas, margarina, etc etc.
Por hoje é isso, gente. Se vocês já foram na Cantinho Doce, coloquei aí nos comentários como foi a experiência de vocês. Até a próxima! 

28 de jun. de 2017

Passeio em São Francisco de Paula: o que fazer, o que comer, onde ficar

No ano passado, fiz uns freelas de produção de conteúdo para uma empresa localizada em São Francisco de Paula. Como eu nunca havia visitado a cidade e sabia quase nada sobre ela, comecei a fazer pesquisas sobre o local e suas atividades. Foi aí que me encantei e decidi que um dia, quando sobrasse um espaço na agenda, eu veria com meus próprios olhos aquela calmaria que eu só enxergava pela internet. E foi isso que eu: fui passar um final de semana em São Chico!

A cidade, que fica há menos de 2 horas de onde moro, é localizada na Serra Gaúcha, não muito longe de Gramado e Canela. Embora não seja o lugar mais cheio de coisas para fazer que existe, São Francisco de Paula tem muuuuitas opções de hospedagem, comida boa e belezas naturais. Aqui nesse post eu trago as minhas experiências, que foram muito agradáveis. Quem quiser contribuir, sinta-se à vontade. Os comentários estão aí para isso.

Bora saber mais sobre o meu final de semana gostosinho em São Chico? Bora :D

Hospedagem: Pousada Unser Haus

Para decidir onde eu ia ficar, comecei pedindo por indicações de hotéis e pousadas através do meu Facebook. Depois, naveguei pelo Trip Advisor para ver mais recomendações – amo ler as avaliações mega sinceras das pessoas. Por fim, fui para o site Booking ver o que estava disponível para as datas que eu estava pensando. Minha ideia não era ficar em nenhum tipo de hospedagem de luxo – até porque o meu orçamento não permite. Na verdade eu queria um lugar tranquilo, com uma vibe caseira e boa localização. Encontrei exatamente o que eu procurava na pousada Unser Haus. 

Ela fica a uns 5 minutos do Lago São Bernardo. Parece uma grande casa que foi adaptada para pousada, sabe? Mas o ponto alto é, com certeza, o atendimento do casal proprietário, Bruno e Sirlene. Eles fazem com que você se sinta em casa. Na verdade, parece que você está na casa da sua própria família, sabe? Tudo de bom. Nosso quarto ficava na parte da frente da pousada, então tínhamos uma sacadinha de onde era possível ver um pedacinho do lago São Bernardo. Tudo era muito limpo e bem cuidado. Chuveiro ótimo, wi-fi que funcionava, cobertores quentinhos, tudo cheirosinho e tudo de bom.

Amei a proposta do café da manhã – uma mesa grande onde todos os hóspedes sentam juntos, possibilitando muita conversa boa logo cedo. Sem falar na fartura e nas delícias que foram servidas, muitas delas preparadas pela própria dona Sirlene. Bolos de vários tipos, sucos, frutas, pães, frios... Muito fresquinho e gostoso. Comi tanto que nem precisei almoçar hahaha.

Pelo local e por toda a experiência ótima que tive, achei o preço bem justo: R$280,00 o casal.

Se vocês fizerem a reserva no Booking utilizando esse link aqui, ganham R$50,00 de desconto na hospedagem. De quebra, eu ganho uns dinheirinhos também. Bora!






Almoço: Xis da Dona Laura

Como meu namorado é um grande apreciador de um bom xis, resolvi que seria legal termos um almoço assim. Por sorte, São Francisco de Paula tem muitas lanchonetes, especialmente na rua principal. A mais famosinha entre elas é o Xis da Dona Laura, que é onde acabamos indo. Mesmo já passando das 13:30, o local estava bastante movimentado.

O local é bem espaçoso e há mesas tanto dentro do estabelecimento como na rua. O atendimento é atencioso e bem rápido. O cardápio é composto por lanches variados e tem preços bem bons para o tamanho das porções.

Pedi o prato da casa, que é composto por filé, queijo serrano, bacon, batata frita, ovo frito, alface e tomate. Custou 17,00 e o prato é enorme – tanto que não consegui comer tudo. Pra balancear com esse prato nada light, fui de suco de laranja natural e geladinho.

O legal é que há outro ambiente dentro da própria lanchonete onde são vendidos produtos da região, como biscoitos, queijos, geleias, etc. Comprei uma garrafa de vinho colonial e um bom pedaço de queijo serrano, porque não sou boba nem nada.

O Xis da Dona Laura já tem mais de 35 anos e fica na Av. Júlio de Castilhos, 1073.




Jantar: Trattoria Pasta Nostra

Outro local que eu acabei chegando através das pesquisas do Trip Advisor. O Pasta Nostra fica na R. Henrique Lopes da Fonseca, 134, não muito longe de onde estávamos hospedados. O local é simples e aconchegante. Havia música instrumental ao vivo pra dar um toque ainda mais charmoso. Sentamos perto da lareira, já que a noite estava fria.

O cardápio é composto principalmente por massas e carnes. Pode-se escolher o tipo de massa e o molho que se deseja para montar o prato.

Começamos a noite com uma porção de pasteizinhos. Eles chegaram na mesa em poucos minutos, bem quentes e loucamente recheados. Destaque para o que é feito com o queijo serrano, típico da região. Maravilha! Depois foi a hora da massa. Nossa escolha foi um espaguete com molho Pasta Nostra, com tomate, cebola, creme de leite, tempero verde, vinho e champignon. Embora o garçom tenha dito que para duas pessoas o ideal era pedir uma massa e mais uma carne, a porção serviu na medida para a nossa fome. Para acompanhar, tomei uma taça do vinho da casa, bem gostoso.

Pulamos a sobremesa e pagamos por toda a refeição 61 reais - e mais 5 reais que pagamos à parte pelo couvert artístico. Achei bem justo.




Opção de passeio: Livraria Miragem

Pensa num lugar meio místico, meio casa da avó, meio sebo. É mais ou menos assim que eu posso descrever a livraria Miragem. Ela fica na Av. Júlio Castilhos, 811, bem em uma esquina, e me pareceu muito mais do que uma livraria. Galeria de arte, recanto histórico, nem sei dizer direito. Só sei que explorei com olhos atentos cada cantinho, cada quadro exposto, cada livro antigo – e o cheiro deles! A livraria tem vários andares e muita coisa para se olhar – livros novos, livros antigos, objetos de decoração, quadrinhos simpáticos. Vá com tempo para apreciar com calma.




Ponto alto da cidade: Lago São Bernardo

Pelas fotos que eu via pela internet, já imaginava que o Lago São Bernardo era lindo. Só não imaginava que seria ainda mais maravilhoso. Enorme, bem cuidado, com patinhos, bancos ao redor, muitas árvores, um charme só. Casais de apaixonados, amigos e famílias se reúnem ao redor, com taças de vinho ou cuias de chimarrão, e ficam jogando conversa fora. É possível fazer piquenique na grama ao redor, alugar bicicletas e mesmo contornar o lago a cavalo. O lugar remete a tranquilidade e bons momentos. O pôr do sol é imperdível, de tirar o fôlego.

As fotos dizem mais do que eu posso explicar:







Curtiram o resumo do meu passeio em São Francisco de Paula? Eu gostei bastante de escrevê-lo, porque assim parece que eu estou vivendo tudo aquilo de novo. É bom demais fugir da rotina, mesmo que seja apenas por um final de semana.


19 de jun. de 2017

O que aconteceu quando fiquei um dia inteiro sem maquiagem

Tem dias que eu acordo e sinto que sou uma participante de RuPaul Drag’s Race: me maquio aos montes e por detalhe não colo uns cílios postiços. Por outro lado, tem dias que mal penteio o cabelo e dou apenas uma tapeada com base no rosto. O fato é que raramente eu saio sem maquiagem de casa, pelo menos um corretivinho/lip balm eu passo, mesmo que seja para ir rapidinho pagar uma conta. 

Até que esses dias chamei minha preguiça de “experimento social” e resolvi encarar todas as atividades de um dia sem passar nada na cara – fora os produtos de rotina que eu já uso.

De cara lavada eu peguei ônibus, fui até o trabalho, trabalhei, almocei com colegas e ainda fui para o cursinho de idiomas de noite. Interagi com inúmeras pessoas, de todas as idades, amigas, conhecidas ou simples companheiros de transporte público. E sabem o que me aconteceu? 

Isso mesmo, absolutamente nada. Ok, tirando a parte que minha professora perguntou se eu estava triste – mas esse foi apenas um detalhe que pode nem estar relacionado com a minha face pelada, e sim por eu estar mais quieta, sei lá. Fora isso, ninguém comentou nadinha sobre minha ausência de maquiagem.

Esse fato me deixou pensando… Eu sou tão consciente dos meus próprios “defeitos” que pensava que as pessoas observariam com horror o meu nariz vermelho, as olheiras, as manchas de sol perto de olho ou o melasma que mais parece um bigode logo embaixo do meu nariz. Eu conheço cada pedaço feio do meu rosto e imaginei que essas pequenas coisas fossem bastante óbvias e totalmente visíveis aos olhos dos outros. Me enganei.

Enquanto a gente acha que as pessoas estão rindo da nossa mancha que parece um bigode, elas podem estar pensando que a cor do nosso olho fica linda quando bate no sol ou que bacana que está nosso cabelo daquele jeito bagunçado. Ou podem nem estar dando atenção alguma pra isso – porque nós temos essa mania de achar que os outros estão notando ou pensando na gente o tempo todo quando na verdade não dão a mínima e estão apenas tocando suas próprias vidas. 

Seja com a cara pintada feito uma maravilhosa drag queen ou com todas as pintinhas à mostra e sobrancelha falhada, a lição que tiramos disso é que o que importa mesmo é a gente se sentir bem. Eu sei que estar maquiada me deixa mais confiante, então é isso que continuarei fazendo. Mas não é o meu nariz vermelho que vai me impedir de sair sem nada se algum dia desses eu me sentir a fim. Partiu ser feliz com ou sem make?

Text publicado originalmente na Margot Magazine, dia 20/04/2017.

6 de abr. de 2017

O dia que bati minha cabeça no portão da garagem

Sabe essa coisa de andar por aí mexendo no celular?

Ontem eu fui uma vítima.

Tirei fotos do cachorro da minha vó e estava olhando se alguma tinha ficado boa, ao mesmo tempo em que me dirigia até a churrasqueira na garagem. 

Quando menos esperava, ouço um alto POUM, sinto uma dor latejante no alto da cabeça, caio no chão e sou imediatamente lambida pelos cães, que aproveitam que estou na altura deles. Tudo isso aconteceu em questão de segundos e levou um tempo até eu me dar conta que...

BATI A CABEÇA NO PORTÃO DA GARAGEM PORQUE ESTAVA MEXENDO NO TELEFONE. 

Na hora eu fiquei apavorada e deixei escapar uma lágrima de dor – sou canceriana dramática. Pensei que estava sangrando e tal. Passado o susto, vi que estava tudo bem. Menos mal.

Mas obviamente fiquei um tempão refletindo sobre isso, sobre como o celular rouba nossa atenção de tudo que está ao nosso redor – mesmo quando a gente não está caminhando por aí. Essa coisa de olhar e-mails e notificações o tempo todo, mesmo quando não tem nada. Essa coisa de mexer no celular à procura de alguma coisa. Qualquer coisa. Essa ansiedade de saber tudo que está acontecendo o tempo todo com todo mundo.

Levanta a mão se você olha o celular de manhã cedo, antes mesmo de sair da cama.

Eu faço isso.

Mas agora vou pensar bem se é isso mesmo que eu quero. 

O calo no topo da minha cabeça não me deixa esquecer.