31 de jul. de 2016

Acabou, acabou, é tetra!

De todos os meses que custam a passar, julho foi o mais infinito. Foi um mês de planejar aniversário, comemorar aniversário, trabalhar muito, passar frio e, claro, escrever um post por dia aqui no blog, no projeto apelidado por mim de “1 post por dia em julho”. Confesso pra vocês que achei que esse, o último dos dias, não ia chegar. Mas eis que aqui estamos.

Às vezes foi divertido, às vezes eu tive vontade de chorar. Não foi nem uma nem duas vezes que importunei amigos, colegas e familiares dizendo coisas como “por que vocês deixaram eu criar esse projeto?” e “SÉRIO, véi, vocês deviam ter me impedido”.

Alguns posts fluíram de forma linda. Eu simplesmente sabia qual seria o tema para escrever e ele surgia inteiro na minha cabeça. Em 15 minutos estava tudo no ar. Já outras vezes eu ficava bons minutos encarando uma tela branca do Word, com um grande bloqueio criativo na cabeça. E provavelmente, ao mesmo tempo, importunando meus colegas com o drama de “não sei o que escrever, por que inventei isso” etc etc.

Mas, apesar do sangue, suor e lágrimas, acabou dando tudo certo. Relembrei o quanto gosto de escrever aqui, como é bom receber e-mails e mensagens com elogios, descolei até alguns centavos de dólar por causa dos anúncios que tem aqui no blog (vocês me ajudam se clicam neles, sabiam?).

Percebi que lá no fundo eu me sentia muito culpada por deixar o Blogando meio de lado. Prometo aparecer aqui com mais posts e mais frequência. Mas não diariamente, podem esquecer. Hahahaha  

Bom, espero que vocês tenham acompanhado e tenham gostado dos posts. Talvez em breve eu faça mais projetos desse estilo por aqui – e até aceito sugestões, caso vocês tenham.

Um beijo e até a próxima empreitada! 

30 de jul. de 2016

Passeio em Cabo Polonio

No mesmo feriado em que estive em Punta del Diablo, tive a oportunidade de conhecer um lugarzinho mágico chamado Cabo Polonio – que eu sequer sabia da existência até então. Trata-se de um vilarejo rodeado pelo mar e por dunas, no Departamento de Rocha, nordeste do Uruguai.

Só há duas maneiras de chegar lá no povoado: andando pelas dunas ou em um transporte específico do lugar, uns caminhões 4 x 4 que me falaram se chamar “mamute”. A viagem de ida e volta custa cerca de 20 reais (é necessário guardar o ticket para usar no retorno), dura uns 20 minutos e é muuuuuito massa. Optamos por sentar na parte de cima dos caminhões. Eles vão com muita rapidez pelas trilhas em meio a areia e natureza. Andar na parte de cima de um caminhão em uma praia deserta foi uma das experiências mais surreais que já vivi. Dá um pouco de frio na barriga, mas é incrível.



Chegando em Cabo, nos deparamos com um lugarzinho que parece ter sido esquecido pelo tempo. Várias casas não possuem energia elétrica, por exemplo. Como não entram carros lá, anda-se a pé pelo meio das ruas, entre casas pintadas com cores alegres, trocentas barraquinhas de artesanato, lugares para comer e hostels.

Escolhemos primeiro almoçar em algum lugar para depois poder explorar cada cantinho com tranquilidade e barriga cheia. Fomos no restaurante “Lo de Dani”, onde comemos milanesas bem gostosinhas. Eu sempre acho a carne uruguaia meio sem gosto, mas essa estava bem ok. Vale lembrar que por lá não é comum ter potes de sal na mesa (em Montevideo inclusive é contra a lei), então você deve pedir aos garçons caso deseje salgar suas batatinhas, por exemplo.



Depois do almoço, enveredamos pelas ruas, parando para apreciar cada trabalho artesanal, cada pintura nas paredes e cada plaquinha com algo simpático escrito. É tudo muito simples, muito rústico e muito bonito.

Então fomos até a praia e seguimos andando pelas rochas até chegar no farol que há lá. Por causa das condições climáticas – fazia muito vento – o acesso até o topo do farol estava fechado. Nas rochas estão aviso sobre leões marinhos que vão até lá, mas só consegui avistá-los em uma pedra bem distante. :(



Depois nos sentamos perto de uma casinha com um enorme Mujica pintado na parede e ficamos simplesmente conversando, curtindo a tranquilidade, observando a calmaria. Uma delícia.

Infelizmente não passamos a noite por lá. Ainda quero ficar em algum hostel de Cabo Polonio, ver o pôr do sol – que dizem ser fabuloso – e o céu minado por estrelas na escuridão do povoado. Jantar a luz de velas e dormir com a companhia do barulho do mar. Com certeza está na minha lista de lugares para retornar antes de morrer.

No fim da tarde, entramos na fila para os caminhões e retornamos para a entrada do parque que dá acesso às dunas. E então retornamos, felizes e cansados, para Punta del Diablo.

29 de jul. de 2016

TAG: 100 perguntas que ninguém pergunta

Esse mês tá sendo infinito, né? Parece que duas vidas já se passaram e ainda não estamos no dia 31. Yes, temos mais três dias do desafio “1 post por dia em julho” pela frente! Ao menos eu já vejo a reta final se aproximando, lá do domingo.

Para hoje eu vou responder uma tag meio estranhona que já vi rolando lá no Youtube: 100 perguntas que ninguém pergunta. Como todo mundo sabe que eu amo fazer enquetes, achei que seria apropriado. Simbora!



1: Você dorme com as portas do seu armário aberta ou fechada? Essa é uma obsessão que tenho. Todas as portas e gavetas precisam estar fechadas sempre.

2: Você leva embora os shampoos e condicionadores dos hotéis? Obviamente. E os sabonetes também.

3: Você dorme com seu edredom dobrado pra dentro ou pra fora? Pra fora.

4: Você já roubou uma placa de rua? Não, mas meu sonho é roubar um cone.

5: Você gosta de usar post-it? Gosto muito. O monitor que uso no trabalho é cheio de post-its coloridos.

6: Você corta cupons, mas depois nunca usa? Eu sequer corto cupons, o que dirá usá-los.

7: Você prefere ser atacado por um urso ou um enxame de abelhas? Por um enxame de abelhas. No ataque do urso é muito grande a chance de eu ter um braço decepado... Nas abelhas eu vou ficar dolorida e inchadona. E talvez morrer, na pior das hipóteses.

8: Você tem sardas? Não.

9: Você sempre sorri para fotos? Sim, me acho estranha séria.

10: Qual é a sua maior neura? Chegar nos 30 anos sem ter realizado as coisas da minha lista.

11: Você já contou seus passos enquanto você andava? Sim.

12: Você já fez xixi na floresta? Sim, quando acampei num sítio sem estrutura nenhuma. Mas pra mulher esse processo é muito mais complicado.

13: E quanto fazer coco na floresta? Não. Eu tenho meus limites.

14: Você dança, mesmo se não tiver música? Sim. Se não tiver música eu canto.

15: Você mastiga suas canetas e lápis? Sim, por mais nojento e anti-higiênico que seja.

16: Com quantas pessoas você já dormiu essa semana? Só com o Pepito, o urso de pelúcia que mora na minha cama já fazem 20 anos.

17: Qual é o tamanho da sua cama? De solteiro. Meu sonho é ter uma king size e dormir feito uma estrela do mar.

18: Qual é a música da semana? Should i stay or should i go, porque tocou no Stranger Things e eu não parei mais de pensar nela.

19: O que você acha de homens que usam rosa? Não vejo nada de errado.

20: Você ainda assiste desenhos animados? Sim. Amo Adventure Time.

21: Qual é o filme que você menos gosta? Qualquer um do Nicolas Cage.

22: Onde você enterraria um tesouro escondido, se você teve algum? No pátio da casa da minha vó.

23: O que você bebe com o jantar? Ou água, ou refrigerante, ou suco, ou nada.

24: No que você mergulha um nugget de frango? Se for no McDonalds, no molho barbecue. Se for em casa eu como sem molho.

25: Qual é a sua comida favorita? Massa carbonara.

26: Quais filmes você poderia assistir várias vezes e continuar amando? Titanic, De repente 30, Medianeras.

27: Última pessoa que você beijou/beijou você? Minha mãe me dá beijinhos todos os dias

28: Alguma vez você já foi escoteiro(a)? Não.

29: Você posararia nua em uma revista? Se tivesse muita grana (e muito Photoshop) na história, sim.

30: Quando foi a última vez que você escreveu uma carta para alguém no papel? Tanto tempo que eu nem lembro mais.

31: Você pode trocar o óleo de um carro? Não. Nem trocar pneu.

32: Já obteve uma multa? Não. Porque eu tenho carteira de habilitação mas não dirijo.

33: Alguma vez ficou sem gasolina? Não.

34: Tipo favorito de sanduíche? Com presunto, queijo e requeijão.

35: A melhor coisa para comer no café da manhã? Pizza fria do dia anterior.

36: Qual é a sua hora de dormir? Entre 23:30 e meia noite.

37: Você é preguiçoso? Às vezes bate uma preguicinha, mas não costumo ser.

38: Quando você era criança, o que você vestia para o Dia das Bruxas? Não rolava essa coisa de Dia das Bruxas na minha infância. Agora, depois de velha, geralmente me pinto como um zumbi.

39: Qual é o seu signo astrológico chinês? Bah, acho que serpente.

40: Quantos idiomas você fala? Português (dã), inglês, me viro no espanhol e faço aula de alemão.

41: Você tem alguma assinatura de revista? Sim, da Cosmopolitan.

42: Quais são melhores, Lego ou Logs Lincoln? Lego porque não conheço o outro.

43: Você é teimoso(a)? Sim :)

44: Quem é melhor … Faustão ou Silvio Santos? Silvio Santos presidente do universo.

45: Já assistiu alguma novela? Já. A última que assisti foi O Clone.

46: Você tem medo de altura? Eu achava que não, mas ultimamente tenho achado que sim.

47: Você canta no carro? Canto.

48: Você canta no chuveiro? Canto.

49: Você dança no carro? Danço.

50: Alguma vez usou uma arma? Só de chumbinho.

51: A última vez que você teve um retrato tirado por um fotógrafo? Quando eu me formei e fiz a foto para a Galeria dos Formandos.

52: Você acha que os musicais são legais? Sim. E gostaria que a vida fosse um.

53: Natal é estressante? Não, muito pelo contrário. É minha data favorita do ano.

54: Nunca comeu um Pierogi? Tive que pesquisar pra descobrir o que é. Nunca comi.

55: Tipo favorito de torta? De limão.

56: O que você queria ser quando era criança? Jornalista.

57: Você acredita em fantasmas? Fantasmas tipo o Gasparzinho não. Espíritos sim.

58: Já teve um sentimento de Deja-vu? Quase diariamente.

59: Toma uma vitamina diária? Tomo.

60: Usa chinelos? Só na praia ou em banheiro de hostel. Prefiro usar alpargatas. Não gosto muito de pés.

61: Usa um roupão de banho? Não. Mas no fundo gostaria de ter um.

62: O que você usa para a cama? Pijama e meu travesseiro da Nasa.

63: Primeiro show? Provavelmente Nenhum de Nós. Nem lembro.

64: Wal-Mart, Target e Kmart? Wal-Mart.

65: Nike ou Adidas? Adidas.

66: Cheetos ou Fritos? Milhopam.

67: Os amendoins ou sementes de girassol? Sementes de girassol. Detesto amendoim.

68: Já ouviu falar do grupo de Tres Bien? Não.

69: Já teve aulas de dança? Sim. Dança alemã, dança gaúcha e dança de salão.

70: Existe uma profissão que você imagine fazer no seu futuro? Produção de conteúdo.

71: Você consegue enrolar sua língua? Não.

72: Já ganhou um concurso de soletração? Não.

73: Você já chorou porque você estava feliz? Sim. A última vez foi quando descobri que uma amiga muito especial estava grávida.

74: Possui algum disco de vinil? Não.

75: E uma vitrola? Não.

76: Você utiliza incenso regularmente? Eu adoro e sempre tem lá em casa.

77: Já se apaixonou? Já.

78: Quem você gostaria de ver em um show? AC/DC.

79: Qual foi o último show que você viu? Foo Fighters. Mentira, depois disso eu vi Vera Loca.

80: Chá quente ou chá frio? Quente.

81: Chá ou café? Os dois.

82: Açúcar ou adoçante? Nenhum dos dois.

83: Você sabe nadar bem? Digamos que afogada eu não morro.

84: Você consegue prender a respiração sem segurar seu nariz? Sim.

85: Você é paciente? Não.

86: DJ ou banda, em um casamento? DJ tocando só as músicas do É O TCHAN de antigamente.

87: Já ganhou um concurso? Ganhei um concurso de culinária, vejam aqui.

88: Já fez alguma cirurgia plástica? Já. Coloquei tetas.

89: Quais são as melhores azeitonas, pretas ou verdes? Não gosto de azeitonas.

90: Você faz tricô ou crochê? Sabia fazer, não lembro mais.

91: O melhor lugar para uma lareira? Em algum lugar que tenha muita comida e vinho também.

92: Você já viajou pra fora do seu país? Já, pro Uruguai, Argentina e Inglaterra.

93: Que lugares pretende conhecer? Chile, Peru, Estados Unidos, Itália, Grécia, preencha aqui com o resto do mapa mundi.

94: Qual era a sua matéria preferida no Ensino Médio? Português.

95: Você esperneia até conseguir as coisas do seu jeito? Não. Eu vou atrás.

96: Você tem filhos? Não.

97: Você quer ter filhos? Sim, quero muito.

98: Qual é sua cor favorita? Cinza.

99: Você sente falta de alguma coisa da sua infância? Das minhas bisavós.

100: Você inventa... invento projetos de postar todos os dias no blog e depois me pergunto por que eu tive essa ideia.


Sintam-se a vontade para responder essas questões também aqui nos comentários! E deixem o “curtir” de vocês aqui no fim do post pra dar aquela força. #blogueira 

28 de jul. de 2016

Black Stories - um jogo com enigmas macabros

Eu sempre costumo trabalhar no meu horário de almoço – depois de comer o almoço propriamente dito, claro. Com exceção de dias em que tenho que resolver alguma coisa, eu aproveito o intervalo que tenho para fazer algum dos meus freelas ou mesmo escrever posts aqui pro blog (nos últimos 27 dias é o que tem acontecido hahaha). Porém, esses dias meus colegas estavam jogando um jogo. Fiquei intrigada, fui participar e foi então que eu conheci o Black Stories.

Ele pertence a minha colega Maria, que é uma das pessoas mais conhecedoras de jogos de tabuleiro que eu já conheci (e tem um canal massa no Youtube de séries, filmes, games e afins, se inscrevam aqui). 



Trata-se de um jogo de cartas. Cada uma delas traz um enigma meio macabro que é lido por um dos jogadores. Os outros, então, precisam fazer perguntas que podem ser respondidas com SIM ou NÃO para descobrir qual foi a trama que aconteceu.

Por exemplo:

Enigma: um cadáver com roupas estranhas é encontrado no meio da floresta.

As perguntas podem ser tipo:

- havia mais alguém na cena?
- as roupas eram uma espécie de fantasia?
- ele tinha sido baleado?

E por aí vai até alguém desvendar o que rolou.

De cara eu amei o jogo. Especialmente porque adoro essas coisas meio investigativas, com crimes e defuntos e mistérios e coisas traiçoeiras. Então no mesmo dia fui atrás desse tal Black Stories e comprei no site da própria marca dele, a Galápagos. Demorou um pouquinho pra chegar e o frete foi mais salgadinho do que eu gostaria, mas beleza.

Desde então ele já foi jogado várias vezes. Joguei com minha mãe. Jogamos um domingo de tarde entre várias pessoas. Joguei no trabalho em um dia que a internet saiu por algum tempo. Até meu irmão e minha cunhada jogaram em um dia que eu não estava em casa. Parece um jogo simples, mas de repente já passou meia hora e você ainda está rodeando na mesma carta, pedindo dicas pra conseguir descobrir. E naquelas que são facilmente solucionadas o cara se sente um agente do FBI. Hahahaha



Recomendo que vocês tenham esse joguinho também. Garante boas horas de diversão. No site da Galápagos tem o Black Stories 1, o 2 e um com crimes reais. Aliás, se quiserem me dar um presente eu aceito esses dois últimos. 

E olha que já passou meu aniversário.   

27 de jul. de 2016

Punta del Diablo

Fazia tempo que eu queria ir para Punta del Diablo. A simplicidade que eu via nas fotos me encantava e eu tinha muita vontade de ver se ela real. Surgiu a oportunidade de fazer essa trip no feriado de Páscoa e eu me joguei!

Pra quem não conhece, Punta del Diablo é um povoado uruguaio que fica a quase 300 quilômetros da capital Montevidéu. Essa Punta não é tão glamorosa quanto a del Este. Na verdade a vibe é totalmente diferente. É mais roots, mais good vibes.



O lugar tem vários barcos de pescadores, feirinhas de artesanatos, barzinhos com mesas no lado de fora. Nada de asfalto. Anda-se pelas ruas e é possível sentir o vento do mar, o cheiro dos peixes. As praias uruguaias não são de água azul e areia branquinha, mas têm os seus encantos.

Ficamos hospedados no Hostel Las Boyas, que fica, sem mentira, a pouquíssimos passos da praia. Ele é enorme e bem bacana. Fiquei em um quarto compartilhado para 12 pessoas, que tinha um banheiro, seis beliches, uma pequena cozinha e várias tomadas à disposição (o que nunca é garantido quando você fica em hostel). A hora do banho era sempre bastante disputada, mas o chuveiro era bem bom. Quente. E a minha vista de manhã era essa aqui:



O café da manhã era uma delícia. Tinha pão, café, leite, chás, geleias e o maravilhoso dulce de leche uruguaio, que eu tanto amo. Mira:


A única coisa mais negativa dessa trip é que eu errei o pulo na hora de fazer as malas. Não acreditei na previsão do tempo e levei apenas um casaco e um blazer. Chegando lá, fui surpreendida por ventos frios frios frios. Tive que comprar uma calça por lá. E no fundo sempre é bom comprar roupas novas, né? :P

Em uma das noites aproveitamos a estrutura do hostel e fizemos um lual, com direito a churrasco feito nas estranhas churrasqueiras uruguaias. Bebemos vinho que vem em caixas de leite, dançamos reggaeton com outras hóspedes e cantamos milhares de vezes alguns sucessos como Pinhal e Amigo Punk (quem é do RS sabe como essas músicas precisam tocar em qualquer ocasião).



Em outro dia, passeando pelo ~centrinho~ da cidade, sentamos em um lugarzinho bonito pra comer brownies e tomar café. E as meninas que estavam viajando comigo fizeram dread locks no cabelo com uns hippies que vendiam artesanato por lá. E marijuana também.


A gastronomia de Punta del Diablo é bem variada e tem uns quantos resto pubs. O forte são os frutos do mar. Comi um peixinho na sexta-feira santa e foi pura felicidade. Dizem que na alta temporada a vida noturna lá e bem forte. Eu não fui em nenhuma balada então não posso dizer pra vocês. Mas quem já foi pode contar se é verdade :D  

Se eu iria de novo? Sim, com certeza. E dessa vez com as roupas apropriadas.


Novamente viajei pela Trip Tri, de Porto Alegre – e aconselho muito vocês darem uma olhada no site deles e nos próximos roteiros, porque tem vários destinos bem legais. 

26 de jul. de 2016

Coisas que eu ainda quero fazer antes dos 30 anos

Agora que eu completei 27 anos aumentou a corrida contra o tempo para realizar todos os itens da minha famosa lista “30 coisas para fazer antes dos 30 anos”. Muitas pessoas sabem da existência dessa lista e até conhecem alguns itens dela. No entanto, acho que ela é de cunho mais pessoal - por isso nunca divulguei ela na sua complexidade por aqui. A lista vai sendo constantemente modificada e atualizada ao longo do tempo e agora, nessa versão final, conta com algumas das grandes realizações que quero fazer nesses próximos 3 anos.

Sei que provavelmente vocês ficaram curiosos… Eu ficaria! Pensando nisso, resolvi abrir aqui 7 itens que pretendo completar o quanto antes e 3 que eu já risquei da lista. VEM GENTE!

Ainda quero fazer:

- ir ao cinema sozinha: todo mundo diz que é uma experiência ótima e há até mesmo quem prefira ir ao cinema sozinho do que acompanhado. Pretendo fazer isso muito em breve, só falta eu achar um bom filme.  

- comer lagosta: depois que vi o filme e li o livro “Julie & Julia” eu fiquei com muita curiosidade em relação a lagostas. Acho meio cruel a forma como elas vão vivas para a panela de água quente, mas tenho muita vontade de descobrir que gosto elas têm. Alguém me leva pra comer lagosta?

- ficar um mês sem beber: eu já fiquei um mês sem tomar refrigerante. Agora o que eu quero é ficar um mês sem tomar nenhuma bebida alcoólica. Sem cerveja, sem vinho, sem catuaba, sem bons drinks. Por enquanto o máximo que consegui foi umas duas semanas...

- fazer feijão: já fiz massa, já fiz pão, arroz, strogonoff, bife a milanesa, tapioca de tudo que é tipo, bolo, etc etc. Mas nunca fiz feijão. Na teoria parece simples, mas na prática eu sinto que vou ter problemas com a assustadora panela de pressão. Assim que eu fizer eu conto aqui. E mando uns potinhos congelados pra vocês.

- andar em um touro mecânico: mesmo que eu vá cair nos primeiros segundos da brincadeira, sinto que preciso passar por essa experiência para sentir que tive uma juventude completa.

- ver neve de verdade: não vale ser granizo ou a neve fake que vi em Gramado, na Snowland. Eu quero neve de verdade pra fazer bolas de neve, anjos de neve e bonecos de neve. E quero comer neve também.

- correr 5km: quando eu participo dessas corridas de rua, sempre faço o menor percurso, que é o de 3 quilômetros. Ainda quero fazer o de 5 e mandar bem no tempo. Pra isso preciso começar a treinar novamente – e o inverno me desanima bastante a sair correndo por aí. Tenho 3 anos pra resolver isso!


Já fiz:

- fazer um esporte radical: resolvi ir logo pro mais hardcore possível e pulei de bungee jump – e o relato dessa experiência pode ser visto aqui.

- colocar silicone: coloquei em setembro do ano passado. Apesar de ter sofrido um bocado nos primeiros dias, valeu a pena. Veja a saga completa acessando aqui.    

- fazer cuca: pra quem não conhece, cuca é um híbrido entre pão e bolo, que conta com alguma cobertura gostosa e farofinha de açúcar. É muito comum aqui na região sul e existe de tudo que é sabor, como chocolate, laranja, creme, abacaxi, etc. Eu segui uma receita do Rodrigo Hilbert e fiz a minha cobertura com doce de leite. Se alguém quiser pode me pedir que eu passo a receita.


E aí, o que vocês já fizeram dessa lista? :D 

25 de jul. de 2016

Não é preciso ser rico pra viajar



É batata: cada vez que estou indo ou voltando de uma viagem eu tenho que ouvir sobre como sou milionária e sobre como as outras pessoas são pobres e por isso não conseguem viajar.  Esse tipo de coisa me causa gargalhadas. Rica, eu?

Tenho comigo a convicção de que não é preciso ter a conta bancária mais recheada do mundo para poder conhecer lugares diferentes. É tudo uma questão de 1) prioridades e 2) organização.

Sobre prioridades é aquilo: você precisa abrir mão de algumas coisas para dar espaço a outras. Eu prefiro ir pra balada toda sexta e sábado ou prefiro passar um feriadão em uma praia incrível? Eu preciso mesmo comprar roupa nova toda estação ou as peças que tenho são boas o bastante? Vou morrer se deixar de fazer as unhas no salão toda semana? Ou se deixar de comer fora o tempo todo?

Essa coisa do salão, inclusive, é bem real. Quanto custa hoje em dia para fazer as unhas? Não sei ao certo, mas deve ser algo entre 15 e 30 reais. Eu aprendi a fazer minhas próprias unhas em casa faz um tempão – e não foi por questão de dinheiro. Perdi as contas de quantas manicures tiraram verdadeiros BIFES dos meus dedos. Cansada de ficar dolorida, resolvi que eu mesma poderia lixar, tirar cutícula, pintar direitinho, etc. E nisso eu acabo deixando de gastar um monte.

Isso é só um exemplo de pequenas trocas que podem ser feitas e que às vezes a gente nem se dá conta. Tomar café da manhã em casa ao invés de comprar cafezinhos na rua. Customizar uma peça de roupa ao invés de comprar uma novinha. Fazer uma janta com amigos em casa ao invés de gastar 60 reais em uma pizzaria.

É importante frisar que eu não me privo das coisas que eu gosto. Eu saio, eu vou ao cinema, eu janto fora, eu compro roupas. Mas eu também me organizo, e esse é o segundo item importante para quem quer viajar: se organizar!

Se eu sei que vou viajar pra fora em dezembro, desde muitos meses antes eu já vou começar a guardar um pouquinho mais de dinheiro pra poder bancar a trip e as despesas dela. Vou atrás de algum freela pra dar uma reforçada no budget. Vejo formas alternativas de descolar uma grana extra, tipo vendendo alguns livros parados em um sebo. Evito fazer muitas compras parceladas. Não comprometo o meu décimo terceiro com dívidas.

E além do dinheiro, eu já gosto de decidir bem antes o que eu quero fazer e para onde quero ir. Se você gosta de resolver as coisas em cima da hora, acaba gastando muito mais dinheiro com hospedagem, com passagem e com calmante: afinal, nada mais estressante que fazer correrias para acertar tudo nos últimos minutos do segundo tempo.

Uma das partes mais gostosas de uma viagem é aquela fase de planejar ela, pensar nos roteiros que você quer fazer, percorrer as ruas que você vai ver ao vivo pelo Street View. Não sei vocês, mas eu amo isso. E isso é possível quando você organiza sua vida financeira e sua agenda para viver momentos assim.

Não me chame de louca, mas meu ano novo já está sendo organizado desde agora. Que tal já pensar nisso?

Viajar vicia!

24 de jul. de 2016

8 coisas lindas que vi por aí

Não sei vocês, mas eu amo ver esse tipo de post nos blogs que eu acompanho: uma seleção de coisas bonitas, inspiradoras, de encher os olhos. E é justamente isso que farei hoje: vou mostrar aqui um apanhado de legalzices que encontrei pelas internets da vida.


1. Essa tatuagem. Já estou querendo muito fazer o rabisco de número 9, e esse desenho aqui fez o meu coração bater mais forte. É grande, é linda, é toda trabalhada. Aquele detalhe colorido fez toda a diferença. Se eu fosse tatuar hoje, seria algo muito nessa vibe.


2. Essa caneca. Ando numa fase mais minimalista, de branco e preto. Essa caneca é assim, clean, e ainda traz desenho de cactos. Eu sou mãe de cactos e tudo que tem essas belezinhas me atrai.


3. Esse banheiro. Talvez vocês não saibam, mas eu sou a louca da decoração. Devoro revistas, sites e blogs que sejam desse universo decor e tenho trilhões de ambientes lindos em pastinhas. Esse banheiro me conquistou de uma forma que eu não sei explicar. Tem plantas, tem cor-de-rosa, essa parede de tijolinho... Só amor.



4. Esse porco com roupinha de unicórnio. Porque eu já tive um desejo muito forte de ter um mini pig (escrevi sobre isso aqui) e eu tenho um amor real por unicórnios.



5. Essa mensagem motivacional. “Você não acordou hoje para ser medíocre”. Um sopro de energia para nos fazer focar e dar o nosso melhor. Podem julgar, mas eu amo umas frases inspiradoras estilo ~you can do it~.



6. Essa foto. Tudo o que eu queria nesse momento era estar exatamente assim: em uma banheiro cheia de sais perfumados, lendo um bom livro e ouvindo uma musiquinha suave. Um bom vinho branco também cairia bem.


7. Esse hamster. Porque ele está em uma mini cozinha, com seus mini óculos, lendo um mini livro.


8. Essa receita. É massa, é cremosa, é com camarão. Eu comeria isso agora mesmo – e olha que eu já jantei.


Todas essas coisas estão no meu Pinterest, então vale me seguir por lá para ver mais coisas lindonas. 

23 de jul. de 2016

Um amor chamado Colonia del Sacramento

Existem alguns lugares que nos marcam. Que o simples ato de visitar transporta para outras dimensões. Lugares aonde você chega, olha ao redor e simplesmente afirma: eu poderia passar umas férias de, sei lá, três anos aqui. É assim que me sinto com relação a Colonia del Sacramento, que eu visitei duas vezes esse ano – no réveillon e no feriado de Corpus Christi.

Colonia del Sacramento fica a umas 2 horas de Montevidéu. Também é possível chegar lá a partir de Buenos Aires, pelo rio. Essa travessia está na minha lista de trips pra fazer antes de morrer.
A parte mais linda da cidade é aquela mais antiga, cheia das casas de pedra com portas enormes, árvores de centenas de ano de idade, ruas de pedra. Cada canto é uma surpresa, um lugar bonito, de bom gosto.

Na primeira vez que fui lá era calor. Subi no farol e tive uma vista fabulosa - ao longe, apertando os olhos, dá pra ver a sombra de Buenos Aires. Na segunda vez que estive lá estava frio e com o tempo chuvoso. Alugamos um carrinho de golfe e percorremos a cidade com ele, o que foi muito divertido e nos protegeu da chuva.

Sabe aqueles lugares que parecem que saíram do Pinterest? Restaurantes charmosinhos com cardápios escritos com giz, cadeiras coloridas, jardinzinhos bem cuidados, lojinhas com sorvetes e biscoitos artesanais... Sério, Colonia é puro amor e a frase mais dita por lá é “ai que lindo!”. Bom, vou deixar que as fotos traduzam isso que estou dizendo.









E pra finalizar, esse prato delícia que comi no restaurante Casa Grande. É uma massa recheada com presunto e queijo e um molho de tomate suave. Saudades disso 



Já quero voltar. Quem vem comigo? 

22 de jul. de 2016

Daddy Long Legs e a nossa vida

Ontem apareceu na minha timeline um post com alguns jogos viciantes para iPhone. Faz tempo que eu não tenho joguinhos no celular, por mais que uns anos atrás eu fosse a louquinha do Candy Crush, e então resolvi dar uma olhada na lista. Achei interessante um chamado “Daddy Long Legs”, catei na App Store e baixei. Depois disso a inocência foi perdida. 

A descrição não tem muito mistério: “controle uma pequena criatura. Coloque uma perna na frente da outra e tente não cair”. Poxa, a gente anda de um lado pro outro diariamente e é tão fácil, qual é a dificuldade disso – fiquei me perguntando, enquanto o jogo baixava. Mal sabia eu. 

Download feito, descobri que o jogo é basicamente isso mesmo: cada clique movimenta uma perna. Mas quem foi que disse que é fácil? O game play abaixo não é meu, mas é exatamente a mesma experiência de jogo que eu tive: 



É incrivelmente frustrante, porque não é necessário fazer nenhum comando absurdo, apertar mil botões, montar uma estratégia. É basicamente ter que colocar uma maldita perna na frente da outra e seguir um caminho em linha reta. Não tem que pular. Não tem que entrar em canos e bater em cogumelos. É seguir r e t o. 

E o pior de tudo é que cada vez que você mete um “try again” aparece escrito “Daddy Long Legs and his 80th fall”. Sim, o jogo faz questão de expor a quantidade de vezes que você caiu. E como vocês podem ver nesse print abaixo, eu já derrubei o infernal Daddy nada mais nada menos do que 139 vezes. Isso que eu baixei o jogo ontem de noite.



Bom. Tudo isso pra dizer que Daddy Long Legs é mais ou menos como a nossa vida. A cada dia de manhã a gente tem que sair da cama pra colocar uma perna na frente da outra e seguir em frente. Invariavelmente a gente cai, mas daí podemos começar de novo. Caímos novamente, temos vontade de chorar, largar tudo. Mas temos a chance de ir de novo. E de novo. E de novo. É frustrante, às vezes até sem sentido. Talvez a gente nem saiba no fundo qual é o nosso objetivo, mas sabemos que a ordem é seguir. Então seguimos. E quem sabe a gente ache pelo caminho alguma recompensa. Quero descobrir. 

Quem foi que disse que joguinhos imbecis não podem trazer reflexões? 

21 de jul. de 2016

Jantando no Petiskão

Esse não é um blog de resenhas gastronômicas
e nem pretende ser,
mas se tem uma coisa que eu gosto nessa vida
essa coisa é comer.

E é assim que começa o post de hoje, com esse breve poema elaborado por ninguém mais ninguém menos que: euzinha. E toda essa introdução apenas para contar sobre o restaurante onde eu fui jantar ontem para celebrar o meu aniversário.

Eu sempre faço diversas comemorações, talvez para afastar da minha cabeça os pensamentos de “céus, estou ficando velha, o que eu fiz da minha vida até aqui” e etc. Em todos os anos faço uma comemoração no meu trabalho, uma com meus amigos e outra com minha família.

Normalmente eu reunia a família em casa, com rissoles, refrigerante, cachorro-quente e torta, mas para o meu vintesetão eu queria fazer diferente. Há meses eu já estava com vontade de conhecer um restaurante estilo “podrão” aqui de Novo Hamburgo. Juntei a fome (de verdade) com a vontade de comer (frituras) e estabeleci que iríamos comemorar no Petiskão. Como os desejos de um aniversariante não podem ser contestados, é para lá que fomos.

Li resenhas positivas sobre o lugar no Destemperados e no Bêbada de Comida (Insta que vocês precisam conhecer, aliás) e preciso dizer que não me decepcionei. Petiskão é pra quem não se importa com frescuras e quer comer bem pagando pouco.

No cardápio estão algumas opções de massas, xis e as tradicionais a la minutas, que foi a nossa escolha.

Nessa parte do post eu preciso explicar o que é a la minuta pra quem não é aqui do RS: é tipo um prato feito e leva salada, bife, fritas, arroz, ovo frito e feijão. Em alguns estabelecimentos o feijão é vendido à parte, o que eu acho que deveria ser considerado um crime. Todo mundo sabe que uma ala minuta DAS BOAS deve vir com feijão.

Tudo veio em porções bem servidas:


E eu preciso dar atenção para esse bife milanesa a parmegiana que estava do jeito que eu mais amo: com o molho todo ~pedaçudo~ e uma abundância maravilhosa de queijo.



Dividi toda essa comilança com minha tia e sai de lá satisfeita. Ainda mais que tomei uma Bud litrão loucamente gelada, apesar do frio que fazia na rua. Beber em plena metade da semana é autorizado quando você faz aniversário.  

A hora de pagar foi uma felicidade: toda essa comida da foto ali de cima custa apenas 21 reais. Com bebidas dá pouco mais de 14 pilas por pessoa. Pode isso? E como eu era aniversariante o tiozinho do caixa ainda me deu um desconto. Conquistou meu coração.

O único ponto negativo do Petiskão é que você sai de lá com cheiro de comida impregnado na roupa, no cabelo e na alma. Mas nada que um bom banho não resolva.

Av. Pedro Adams Filho, 3274 - Centro
Novo Hamburgo/RS
Fone: (51) 3587-3473
Aceita todos os cartões

20 de jul. de 2016

Hoje é dia 20

Se eu pudesse escrever para a Nicole de 10 anos atrás, seria mais ou menos assim:


Não fique achando que as coisas vão ser sempre iguais. E também não tente ficar planejando tudo aos mínimos detalhes. A maioria das coisas mais legais que tu vai fazer ainda estão por vir e vão acontecer do jeito delas.

Talvez tu nem imagine ainda, mas logo vai fazer um intercâmbio. E sim, vai chorar feito um bebê quando pisar no aeroporto de Londres. Essa experiência vai te fazer enxergar o mundo de forma muito diferente.

E a faculdade... Não fique desesperada se chegar ao meio do curso achando que talvez escolheu o caminho errado pra seguir. Acredita na tua vocação! Vai surgir uma área do teu interesse e tu vai se dar muito bem nela. Sim, tem um emprego novo por vir. Mas antes tu vai ter que ouvir uma série de nãos pra chegar até lá.

Pare de se estressar tanto com o que os outros vão achar. Vai chegar em um ponto que tu vai perceber que isso não muda nada na tua vida. Depois de mais de vinte anos vai finalmente entender como a melhor companhia é sempre a tua própria.

Não quero te assustar, mas tu vai ter o coração partido várias vezes. Vai ter namorados que vão se tornar ex-namorados. E vai ter choro, vai ter dias intermináveis, vai ter arrependimento. Mas olha só, se eu tô te escrevendo é porque tudo fica bem! Parece que a dor nunca vai passar, mas vai sim. Confia! Tem momentos difíceis que surgem pra trazer coisas muito melhores.

Não acredite nessa farsa de “posso comer tudo e não engordar”. Quanto mais os anos passam, mais difícil fica manter a forma. Tu vai se sentir arrependida por não ter começado já a fazer exercícios e colocar mais verduras no prato.

As amizades de verdade vão continuar, não importa o quanto tempo passe. Outras pessoas que tu considera muito agora vão acabar se afastando, mas por causa de novos ciclos e novas rotinas. Não leve isso a mal. Tu vai conhecer gente nos lugares mais inusitados, como em um acampamento em Tramandaí, na faculdade, no show do Los Hermanos. Essas pessoas vão ser muito importantes pra ti. 

Tu vai fazer mais uma penca de tatuagens. E vai voltar a ter franja. E as espinhas vão embora, acredite em mim. Tu vai realizar o sonho de usar óculos. E tu pode não gostar de beber agora, mas vai gostar. E vai falar que nunca mais vai beber um milhão de vezes.

Continue lendo muito, isso será útil no futuro. E se dedique mais nas aulas de inglês.

Tu vai chegar aos 27 anos sem ter se casado ou tido filhos. Por outro lado, vai ter viajado muito, trabalhado muito e realizado uma porção de coisas. Tipo pular de bungee jump. 

Pode seguir sonhando acordada com todas as coisas que tu quer realizar, mas coloca a mão na massa e trabalha pra consegui-las. Talvez tu não entenda isso agora, mas algumas sessões de terapia vão abrir teus olhos.

Sim, vai rolar terapia e vai ser ótimo.

Mas não se preocupa: tu vai continuar sendo meio sem noção, maluca e ansiosa. Tu vai descobrir que as pessoas gostam de ti por ser exatamente dessa forma.

Feliz aniversário, Nicole. Aproveita ao máximo, porque em um piscar de olhos tu vai ser eu. 

19 de jul. de 2016

Lendo livros digitais

Eu sempre fui muito louca por leitura. Aprendi a juntar as primeiras letrinhas quando eu tinha uns 5 anos e lia histórias para meus coleguinhas. Muito cedo deixei de lado aqueles com figuras para encarar os só com texto, para os quais meus amigos faziam cara feia. O primeiro livro “grande” que eu li, lembro até hoje, foi “Na mira do vampiro”, da série Vaga-lume.

Meu contato com os livros sempre foi frequente. Eu ia muito na biblioteca da minha cidade e também comprava livros, seja em sebos ou feiras – naquela época eu nem sabia que algo tão grandioso como a internet viria surgir algum dia.

Também teve a época em que eu trabalhei junto com os livros. Quem não me acompanha desde os primórdios da minha vida bloguística talvez não saiba, mas antes de ser social media eu trabalhava em uma livraria. Foram mais de dois anos entre pinceis, tintas e, claro, muitos livros.

Fazendo os cálculos brevemente – sou de humanas, não me julguem -, fui acumulando livros por mais de 20 anos. De todos os tipos, tamanhos, estilos. As prateleiras do meu quarto mostravam direitinho o meu ~amadurecimento~ como leitora: tem os Goosebumps da minha infância, os clássicos que li no ensino médio, as biografias da faculdade de jornalismo, as tentativas de encarar coisas mais cabeça, meus queridinhos Harry Potter... Uns Dostoievski misturados com literatura feminina, Érico Veríssimo, autoajuda e livros em inglês.

Só que chegou a um ponto que as tais prateleiras começaram a querer se soltar das paredes por causa do peso excessivo. E, assim como feijão e tomates, o preço dos livros começou a passar do que era considerado OK. Até que eu, que sempre fui a maior defensora dos livros e do hábito de compra-los, me rendi: era a hora de comprar um leitor digital.

Foram exatamente esses os fatores que me levaram a fazer essa escolha: a possibilidade de ter centenas de histórias ocupando um dispositivo de 200 gramas e o preço reduzido dos livros digitais.

Em busca da melhor opção pra mim, assisti vídeos, li inúmeras resenhas e vários textos comparativos, além de pesquisar preços por praticamente um mês. Então acabei optando pelo Lev, da Saraiva. A bateria dele dura umas duas semanas, ele é superleve, rápido, bom de segurar, conecta no wi-fi e tal. Outra coisa ótima é que ele é a versão iluminada, então eu posso ler deitada na cama sem ter que me preocupar com levantar e apagar a luz. Aqueles problemas TÃO DIFÍCEIS da vida, sabem como é.  

Não coloquei na ponta do lápis, mas já economizei um monte desde então. Não sei se vocês já pesquisaram isso, mas os livros digitais às vezes custam bem menos que a metade das versões físicas. Fora que eles não gostam papel, então são legais com o meio ambiente.

Não bastasse eu ter comprado o tal do leitor digital, ele ainda veio com o livro “A mágica da arrumação”, da Marie Kondo. Ainda vou fazer posts sobre isso, mas o livro fala fortemente sobre o desapego, sobre você não deixar coisas paradas na sua casa sem nenhum sentido. A ideia é se rodear somente das coisas que trazem sentimentos de alegria. Ou seja, fiz uma tremenda limpa nas coisas que eu tinha e vendi em um sebo. Livros que ganhei, li e não gostei muito, livros que estava esperando para ler algum dia, livros que li na escola e achava que um dia ia precisar. Ficaram somente aqueles que amo, que me trazem coisas boas, que eu recomendo e quero ler de novo.


E, claro, o “Na mira do vampiro”, que começou tudo isso.