1 de dez. de 2015

Trilha do Rio do Boi: o que vestir, o que levar e como ir

Olá olá. Essa é a segunda parte do meu relato sobre a aventura na trilha do Rio do Boi. Aqui vou entrar em detalhes sobre o que levar, o que vestir e coisas assim. Na primeira parte eu contei sobre a trilha em si, então clica aqui pra conferir.

O que vestir

O recomendado é que sejam usadas roupas confortáveis e que sequem com facilidade, por causa da história de passar no rio e tal. Roupas de academia, com aquele tecido furadinho (dry fit), são uma boa escolha. Eu usei uma legging comprida, regata e boné. Levei um casaco e estava usando biquíni por baixo. Nos pés, o mesmo tênis que uso para correr/ir na academia, que é levinho e confortável, e meias de algodão. Vale usar botas daquelas de aventura e tal, mas é preciso aceitar: vai sujar e vai molhar, não tem como fugir. Algumas pessoas do meu grupo estavam de bermuda, mas acho que calça é melhor para a parte de passar pelo mato – fiquei cheia de arranhões nos braços por causa dos galhos, folhas e etc. Recomenda-se o uso de uma caneleira de proteção, especialmente por causa dos galhos cortantes e insetos que estão pelo caminho. Essa caneleira foi emprestada pela equipe do guia.


Também é preciso levar uma roupa seca para usar no retorno. Eu levei blusa, saia, casaco e alpargatas, mas desejei ter levado um chinelo de dedos - depois de passar o dia com os tênis molhados, deixar os pés de fora era tudo o que eu queria. :)

O que levar

Pra fazer essa aventura é preciso que você leve algumas coisas com você – na sua “mochila de aventureiro” auheuahe. Aqui eu vou contar pra vocês o que foi que eu levei. Achei na medida, sem sobrar nem faltar nada – tirando a parte dos chinelos de dedo hihihi.

Na minha mochila eu levei: duas garrafas de água (poderia ter sido uma só, não sabia que podia beber a água do rio), duas barras de proteína, dois pasteis assados (daquela massa que parece pão, sabe? Eu ia levar 2 sanduíches, mas vi esses pasteis na padaria e meu chorou por calabresa), uma toalha de rosto, protetor solar, repelente, sacolas para colocar o lixo dos lanches, identidade e meu celular para tirar fotos (que enrolei em várias sacolas plásticas porque não tenho aqueles esquemas à prova d’água auehauhe). Outras pessoas levaram mais comida, outras levaram kit de primeiros socorros, câmeras fotográficas daquelas profissionais, etc etc. Vai do que você acha importante. Eu me preocupei mais com os pasteis do que com machucados, por exemplo. Que bom que não me machuquei.



Na sacola que ficou no ônibus eu levei: roupa para usar na volta da trilha, uma banana e um pedaço de cuca (que eu comi de manhã, antes de começar a trilha), carteira, um livro (que eu não li) e o carregador do meu celular.

Como ir

Viajei novamente com o Voando as Tranças, empresa de Novo Hamburgo da Adri e da Pri. Vale curtir a página para acompanhar os próximos passeios que vem por aí. Além delas, sei que a Trip Tri, de Porto Alegre, também tem passeios frequentes para essa trilha. O parque em que a trilha começa fica em Praia Grande, Santa Catarina. Nossos guias eram da Tribo dos Canyons, e é possível agendar os passeios no site deles – tem para trilhas mais suaves que essa do boi, hehe.

Valores

Pelo transporte (com direito a lanchinhos na ida e na volta) + entrada no parque + guia e equipamento de segurança + guia tirando fotos, paguei 179 reais. Achei o preço bom.

Lembrando que a primeira parte desse post, com mais fotos, está aqui. ♥

Que eu me lembre, era isso o mais importante a ser dito. Se alguém quiser saber mais alguma coisa ou tirar alguma dúvida, estamos aí. Até mais :D

30 de nov. de 2015

Trilha do Rio do Boi: eu fui!

Se já não bastasse viajar pra Argentina, pro Uruguai, patinar no gelo e colocar silicone, 2015 ainda vem e me surpreende com a oportunidade de fazer uma das trilhas mais bonitas e hardcores do Brasil. E é claro que eu fui, né? No domingo (dia 29/11), fui fazer a famosa trilha do Rio do Boi.
Vou contar essa experiência em tópicos, pra esclarecer as dúvidas de quem também pretende se aventurar.

Como o post acabou ficando gigante, dividi em duas partes. Aqui eu conto sobre o Rio do Boi e como foi minha experiência. Na parte 2 eu conto o que vestir, o que levar na mochila, como ir e qual o investimento – confira clicando aqui.

Rio do Boi

A trilha fica no Canyon Itaimbezinho, no Parque Nacional Aparados da Serra. Essa é uma das poucas trilhas abertas oficialmente lá no parque, e só pode ser feita com a presença de guias. Ela é feita pela parte de baixo dos cânions, entre paredes que chegam a mais de 700 metros de altura – o que faz com que a paisagem lá seja de ficar de boca aberta. A natureza é toda preservada e a fauna é rica. Acho importante ressaltar que nessa fauna rica estão umas cobras, aranhas e escorpiões hihi. Um tempero extra ao passeio, vai?

Como é

Não vou mentir: não é fácil. O recomendado é que a pessoa tenha um bom preparo físico, porque o negócio é pesado mesmo. Eu estava a pelo menos 2 meses sem fazer nada de atividade física (tirando umas caminhadas eventuais), mas resolvi encarar mesmo assim – e se estou aqui escrevendo é porque sobrevivi, né? :P

A caminhada começa por uma travessia no meio do mato. É subida, descida, pé na lama, bichos pelo caminho (vi uma cobra e ouvi o pessoal gritando por causa de uma aranha das grandes) – em um percurso que dura mais ou menos 1:30. Ah, vale lembrar que essa é a parte fácil do passeio. E mesmo nessa “parte fácil” eu consegui bater a cabeça em uma árvore e cair um tombo que fez eu atolar a mão no barro. Um bom lembrete do que viria pela frente.


Depois dessa parte no meio no mato, chega-se às margens do Rio do Boi. Todo mundo fica feliz porque acha que a parte tensa terminou, mas está apenas começando, hahaha. Por outro lado, a paisagem é de tirar o fôlego.


Indo sempre atrás do guia, segue-se pelo leito do rio, o tempo todo pisando em pedras grandes, pequenas, pontudas, lisas, soltas, escorregadias... É preciso ter atenção a cada passo e bastante equilíbrio. Antes do começo da trilha o guia já alerta sobre a importância de ter cuidado para não se machucar. É mega complicado fazer um resgate nesse lugar, por exemplo. Por isso a trilha deve ser feita com concentração e sem nada de manobras vida loka, tipo tentar pular ou ir rápido demais.

Além de andar pela bordinha, são feitas diversas travessias pelo rio mesmo, com água batendo no joelho e acima dele. É aí que rola aquela tradicional foto das pessoas em uma corrente humana, de mãos dadas. Eu achava que isso acontecia pra foto ficar bonita e com espírito de equipe, mas é tudo real mesmo – as pessoas se seguram e se ajudam, porque a correnteza é relativamente forte, sem falar das pedras e buracos pelo caminho.


O trecho final da trilha é um espetáculo à parte. Aliada com a sensação de “caramba, cheguei até aqui” está a vista fora do comum dos cânions, das cachoeiras ao redor, uma imensidão de verde. Só se ouve a água caindo e os pássaros. Não tem nada nada nada de lixo, é incrível. Emocionada, entrei de mochila e tudo embaixo da água. O guia disse que muitas pessoas fazem isso, é quase um ritual de passagem. Um batizado no Itaimbezinho.


Passada a comoção, lembrei que teria mais umas 4 horas de caminhada de volta. Nesse momento desejei que um helicóptero da SAMU viesse me buscar. Queria deitar na água e deixar a correnteza me levar pra casa. UHAUHAE Como não tinha alternativa, respirei fundo, tomei meia garrafa de isotônico e comecei a retornar.

Ah, sem desespero, gente. Vale lembrar que ao longo do percurso são feitas algumas paradas em que o pessoal pode lanchar, descansar, tirar fotos, se banhar nas cachoeiras ou mesmo encher garrafinhas na água do rio, que é potável e geladíssima. Obviamente tomei água do rio. Se era para viver uma experiência nova, que fosse de todas as maneiras possíveis. Também nadei, boiei, mergulhei a cabeça, de roupa e tudo. É por essas e outras que todo o esforço vale a pena.  


Quer ler a segunda parte do relato? Vem que tem! 

27 de nov. de 2015

O mal do “vou tentar ir”

Entre tantas coisas ruins acontecendo nesse mundo todo, me dou conta de algo que me incomoda DEMAIS – e que acontece muito na geração a qual estou inserida: o “vou tentar ir”.

Seja um aniversário, uma festa ou mesmo um churrasquinho no final de semana.  Você convida uma pessoa porque valoriza a presença dela e quer estar perto dela nesse momento. Ela diz que “vai tentar ir”. Tentativas à parte, a chance de ela aparecer de fato no evento é muito pequena.

E é esse “tentar ir” que não entendo. Me parece vago. Como assim a pessoa vai tentar ir? Vai ver se consegue uma carona de alguém? Vai ver se os pais deixam? Vai ver se tem limite no cartão de crédito? Vai esperar pra ver se não aparece nada melhor antes?  Vai tentar levantar da cama que está tão boa? Vai ver se não tem nada de bom no Netflix e daí vai ir?

- cara, por que você não foi no batizado do meu filho?
- ah, pois é, tentei ir mas não deu...
- como assim tentou? Onde você estava?
- eu estava em casa, mas tentei mesmo...
- mas você era o padrinho da criança!
- é, foi mal, tentei VALENDO mas não rolou...

O que é tão importante nesse “tentar” que fica exatamente entre a sua resposta de SIM ou NÃO? Às vezes as pessoas estão contando com a sua presença – seja porque pagaram alguma coisa (comida, bebida, etc) ou mesmo para poder conversar. Já parou pra pensar?   

Algumas sugestões para você falar quando for convidado para alguma coisa:
- tenho outra festa antes, mas se acabar cedo eu VOU.
- tenho aniversário de 99 anos da minha avó. NÃO VOU.
- se meu pai me emprestar o carro dele EU VOU. Te aviso até dia tal.
- puts, só tenho 5 reais pra sobreviver mais uma semana. NÃO VOU.

É tão bonito, tão simples, tão honesto.

Sejamos mais assertivos. E deixemos menos amigos na mão porque “tentamos” mas não conseguimos.

10 de nov. de 2015

Virei uma pessoa que curte plantas

Era mais um domingo e eu estava sentada em casa trabalhando – porque sou do tipo que trabalha em domingos. Eis que em um estalo eu resolvo que quero comprar umas plantas. Assim, do nada. Jogo o nome da floricultura que fica a 4 quadras da minha casa no Google, pego o telefone deles, telefono com uma pitada de esperança e descubro que sim, eles estão abertos em pleno domingo.

Até então, todas as experiências que tive com plantas não tiveram sucesso. Várias vezes ao longo desses meus 26 anos eu resolvi que queria ter hortinhas. Adoro essa ideia de autossuficiência, de consumir as coisas que eu planto e tal. Então ia lá, comprava as sementes, plantava direitinho e observava até que os verdinhos cresciam. Depois disso deixava pra Deus, sabe? Ou melhor, pra minha mãe cuidar.  Tive uma vez umas salsinhas e até cheguei a colocar na minha comida, o que foi bem legal, mas confesso que não tinha a disciplina de ver se precisava molhar, tirar as plantinhas mortas, etc.

Dessa vez eu fui até a floricultura com algo diferente em mente: cactos e suculentas. Isso porque li em vários lugares que essas plantas não têm muito mistério, basta molhar uma vez por semana no verão e uma vez por mês no inverno. Level easy, né?

Cheguei na floricultura, escolhi um cacto e uma suculenta, paguei 4,50 por cada um. Trouxe para a agência e coloquei na minha mesa. Eu sabia que gostaria do visual, porque plantas ficam massa na decoração. O que eu não sabia é que eu ficaria tão apaixonada e obcecada por essas plantas.

Chamei a suculenta de Débora e o cacto de Regina, porque acho que as coisas que a gente gosta precisam ter nomes especiais.




Débora e Regina são pequenas vidas, enfrentando corajosamente o mundo com seus espinhos e partes pontudas. Elas estão aqui na minha mesa de trabalho, miúdas em seus potinhos, com suas pedrinhas brancas enfeitando e a areiazinha que eu fico vendo o tempo todo se ainda está úmida. Elas precisam de mim. Precisam que eu lhes dê amor, água e um pouco de luz natural. Tenho vontade de chorar frente à inocência e beleza delas. E ELAS SÃO TÃO LINDAS.

Se eu estou assim com essas duas plantas, imaginem quando eu tiver um cachorro. Ou um filho.


Bom. Dizem que as pessoas do meu signo, câncer, são boas em cuidar de plantas, têm o chamado “dedo verde”. Até agora eu vinha achando que fiquei só com a parte dramática e chorona dos cancerianos, porque nunca fui exatamente boa com isso. Mas agora, com Débora e Regina (e mais as outras que já quero comprar), acho que a história vai ser diferente. Apenas louca pra esse dom se manifestar JÁ.

20 de set. de 2015

A saga do silicone – recuperação + antes e depois

Já falei sobre médico, sobre exames, sobre a cirurgia e até 5 coisas que ninguém conta sobre o silicone. Chegou a hora de contar sobre os dias de luta pelos quais passei, também conhecidos como os dias pós-operação. Bonito não foi, mas intenso... Com certeza.  

Então. Logo depois que eu voltei pra casa do hospital, minha mãe me ajudou a deitar na minha cama e fiquei escorada no meu encosto, que é um travesseiro triangular que eu recomendo fortemente vocês a terem (tem foto aquino meu Insta). Nesse primeiro dia eu não conseguia fazer praticamente nada. Comi com dificuldade, minha mãe me deu suco de canudinho, tive que ser levantada pra ir ao banheiro e nem as calças eu conseguia colocar direito. E sim, doía pra andar, eu tinha falta de ar, uma pressão no peito, era ruim até pra falar. Não teve banho aquela noite, mas teve remédio pra dormir. Apaguei.

Na quinta-feira eu passei o dia inteiro deitada na cama da minha mãe. Eu estava usando uma faixa modeladora no peito, que tem a função de deixar as próteses no lugar certo. Aquilo me apertava demais porque eu ainda estava mega inchada, mas era necessário . Os remédios fortes que eu tomava acalmavam um pouco a dor, mas a hora de deitar e levantar (sempre com ajuda) era a pior de todas e geralmente eu chorava. Tomei banho sentada em um banquinho, sem poder, ainda, tirar o sutiã cirúrgico.

Na sexta-feira eu mudei o meu acampamento para o sofá da sala. Eu conseguia sentar e levantar sem ajuda, então tinha mais liberdade dentro de casa. Consegui até me vestir sozinha para ir no médico. Nesse dia ele abriu o sutiã cirúrgico pela primeira vez e eu tive o primeiro vislumbre dos meus novos peitos. Também achei que iriam despencar, por causa de todo aquele peso que eu nunca tive. Toda a região do meu peito estava meio roxa, inchada, não era bonito, mas o médico explicou que era normal, mostrou como eu deveria fazer o curativo e disse pra eu ir lá de novo uma semana depois.

Acho que esses primeiros dias foram os mais complicados na questão da dor. Nos dias seguintes eu já me sentia melhor, mas precisei de ajuda pra fazer curativo e até pra fechar o sutiã cirúrgico por um bom tempo. Minha mãe lavava meu cabelo, cortava mamão pra eu comer no café da manhã e me dava os remédios nas horas certas. É essencial ter alguém com disposição e paciência pra cuidar de você durante esse período - porque olha, é cansativo.

Bom, hoje fazem apenas 12 dias em que coloquei o silicone. Ainda durmo de barriga pra cima (no encosto), não estico os braços acima da cabeça, não posso levantar peso e lavo o cabelo feito um dinossauro, mas de resto minha vida já está praticamente normal de novo.  Já posso sair com meus amigos (pra alguma coisa mais light, né), já consigo levantar sozinha da cama, já cozinho e volto a trabalhar amanhã. Sobrevivi ao pior e agora é só curtir a peitaria nova. :)

Olha só como ficou:




Ah, não fique triste: a saga do silicone continua. Tenho altas dicas pra postar aqui ainda – coisas que você precisa ter, cicatrizes, etc. Aguarde :D


17 de set. de 2015

A saga do silicone - o dia da cirurgia

Hoje vou contar, então, como foi o dia da minha cirurgia. Já vou avisando que vai ser um post longo e que é muito mais legal quando conto pessoalmente, porque fica mais dramático – então quando vocês me verem, peçam pra eu contar como foi, tá?  Vamos lá!

O dia 9 de setembro começou cedo. Eu deveria estar no hospital às 6 da manhã, então levantei por volta das 5 horas. Estava em jejum desde a noite anterior e não podia tomar nem água (e, por causa disso, fiquei a noite inteira sonhando que tinha comido coisas acidentalmente e não poderia mais ser operada). Mas, apesar da expectativa, eu me sentia tranquila. Ok, um pouco tranquila.

Preocupações que eu tinha antes da cirurgia:
- será que vou morrer?
-será que a anestesia não vai dar certo e vou ficar ouvindo tudo enquanto eles me cortam?
- será que vou detestar o resultado?

Acho que cada um carrega as suas próprias questões antes de fazer qualquer procedimento médico, e eu estava um pouco obcecada com essa coisa de morrer – inclusive organizei todos os arquivos do meu computador e as fotos em pastas nomeadas por ano e mês. E prometi que uma amiga minha poderia ficar com minhas roupas e livros. Mas só isso. No fundo eu sabia que não ia bater a caçoleta, porque a cirurgia do silicone tende a transcorrer sem grandes complicações.

Para a cirurgia é preciso que você esteja acompanhado por um responsável maior de idade, então minha linda mãe me acompanhou. Chegamos no hospital com um tanto de antecedência, fiz um cadastrinho lá, assinando papeis e etc. Então fomos encaminhadas para umas cadeirinhas na entrada do bloco cirúrgico. Ah, a cirurgia foi no Hospital Dia Unimed, em Novo Hamburgo.

Logo uma enfermeira me chamou. Tive que tirar toda a minha roupa (lembra do desprendimento que falei no post de ontem?) e vestir um aventalzinho que deixa a bunda de fora, uma calcinha que parecia uma fraldinha feita de tecido tnt, uma touca na cabeça e uns saquinhos nos pés. Mas a enfermeira me enrolou em um cobertor enquanto eu aguardava o meu médico, pra eu ficar mais confortável. Sem maquiagem, sem comer, sem glamour, com uma calcinha horrorosa, enrolada em um cobertor. Não era um dos meus melhores momentos, mas ok.

Então, perto das 7 horas, apareceu meu médico e tudo aconteceu bem rápido. Ele me encaminhou até a sala de cirurgia e fez em mim umas marcações com uma canetinha. Disse que estávamos esperando o anestesista e que logo tudo ia começar. Fiquei lá sentada esperando, fazendo uma oraçãozinha básica. A fé não costuma faiá, é o que dizem. Chegou o anestesista, colocou um soro no meu braço e disse que ia colocar um sedativo ali e que eu ia sentir uma tonturinha. O médico e as enfermeiras ficaram ao meu redor, para me segurar caso eu caísse. E então, parafraseando Leila Lopes, nada mais me lembro.



Acho que em alguns momentos depois eu meio que acordei e me falaram que eu estava indo para a recuperação, mas pode ser que minha cabeça tenha inventado isso. Quando me dei conta de verdade, estava deitada em um quarto diferente e já passavam das 10 da manhã. Minhas mãos estavam formigando por causa da anestesia, mas fora isso eu não sentia nada, só ficava olhando com curiosidade o volume que eu tinha no peito. Várias gazes, uma faixa e o tal do sutiã cirúrgico. Também ficava espiando as outras pessoas deitadas na sala de recuperação, tentando adivinhar o que elas tinham feito.

Pelo que eu tinha lido em outros blogs, pensei que eu logo seria liberada pra casa. Mas não. No momento em que a anestesia parou de fazer efeito, senti um desconforto absurdo. E, além do mais, você só pode ir embora depois que comer alguma coisa e fazer um xixizinho básico, então não ia ser tudo tão rapidinho assim. E não foi.

A tarde foi longa. Consegui, com dificuldade, comer um pedacinho de pão e tomar um pouco de chá. Porém, a hora de caminhar para ir ao banheiro foi terrível. Quando coloquei os pés no chão achei que fosse morrer. Nunca uma caminhada de 10 passos me demorou tanto. A enfermeira me tranquilizou, disse pra eu fazer tudo em câmera lenta que ia ficar tudo bem. Chegamos no banheiro, ela abaixou minha calcinha de tnt e fiz xixi. Ela me alcançou o papel higiênico. Voltei para a cama com ainda mais dificuldade e naquele momento eu percebi como seria dependente das outras pessoas por um tempo, como eu teria dor e seria tudo tão difícil. Meio que me apavorei. Ao deitar na cama novamente, chorei, fiquei nervosa e minha pressão baixou loucamente. Comecei a suar muito muito muito, e a enfermeira precisou ficar me secando com uma toalha. Sentia uma dor muito grande do peito, uma pressão absurda, e pedi um remédio mais forte. Me colocaram morfina e falaram que eu ia dormir por uma meia hora. Acordei duas horas depois, me sentindo um pouco melhor.

Em resumo, só por volta das 17h que comecei a movimentação para ir embora. Vale lembrar que minha mãe ficou o tempo todo me esperando láaaa na entrada do hospital, sem me ver em nenhum momento (apenas com informações das enfermeiras de “ela acordou, mãe!”, “ela comeu, mãe!” e “ih, mãe, ela sentiu dor e vai ter que ficar um pouquinho mais”). Me deixava tranquila saber que tinha alguém lá fora esperando por mim, sabe?

Sentei em uma cadeira de rodas e me levaram até onde estavam minhas roupas. Me vesti com a ajuda da enfermeira e voltei pra cadeira. Saímos do bloco cirúrgico e finalmente vi minha mãe – e ela disse que eu estava verde. Mas tudo certo, voltamos para casa e o pós-operatório estava apenas começando.
 
Continua nos próximos capítulos.


16 de set. de 2015

5 coisas que ninguém te conta sobre silicone

Quando se fala em silicone as pessoas geralmente sabem duas coisas: que custa caro e que é dolorido. Pois hoje, ao completar uma semana de operada, eu vou revelar 5 coisas que acontecem com as siliconadas – e que a mídia nem sempre divulga.



- sua pele fica MUITO oleosa. Não sei ao certo se é por causa da anestesia, da cirurgia em si ou dos remédios (e estaria mentindo se tentasse dizer algo com certeza), mas logo nos primeiros dias a pele do rosto fica com uma oleosidade fora do normal. Experiência própria. O óleo jorra pelos poros e quase dá pra fritar umas coxinhas. O jeito é passar aqueles lencinhos umedecidos faciais pra dar uma segurada no visual. E como você não vai consegui mexer os braços, vai ter que achar uma boa alma que faça isso por você.



- você se sente um bebê. Com a combinação dor + movimentos reduzidos, você não tem a liberdade de fazer uma série de coisas. Nos primeiros dias alguém vai ajudar você a sair da cama, alguém vai te dar banho, alguém vai cortar sua comida ou te dar suco com canudinho (estou me baseando em fatos reais). Sabe quando um nenê aprende a engatinhar? Eu senti essa mesma emoção quando escovei meus dentes sozinha pela primeira vez.



- o look do dia fica bastante limitado. Posso estar sendo repetitiva, mas logo nos primeiros dias pós cirurgia você não-consegue-mexer-os-braços. O tempo todo você anda naquela posição de tiranossauro rex, com a corcundinha pra frente e os braços colados no corpo. Portanto, seu guarda-roupa tem que ter blusas que fecham na frente, calças fáceis de vestir, etc etc. Como eu me recusei a comprar roupas novas só para esse fim (exceto um pijama), tenho tido dificuldades nesse sentido. De botões na frente ou só tenho camisas que uso no trabalho, então parece que estou indo para uma reunião de negócios quando na realidade apenas estou deitada em casa comendo bala de goma. Mas se você é do tipo que adora ficar de pijama o dia inteiro, ótimo. Eu detesto, inclusive tiro o pijama no exato instante que levanto da cama.  



- você precisa ter desprendimento. Se você é uma pessoa tímida, vai se soltar muito com o processo do silicone. Você fica de peito de fora (quando não totalmente nude) na frente do médico, das enfermeiras, dos anestesistas, das pessoas da sala de recuperação, da família, etc etc. Portanto, se desprenda da vergonha e aceite essa vibe naturalista pela qual você vai passar.


- seu intestino pode ficar meio doido. Sabemos que geralmente as mulheres têm mais dificuldade de ir ao banheiro que os homens. Eu tenho uma amiga que, inclusive, só consegue fazer o número 2 em casa. Enfim, não é o caso de falar disso agora. A questão é que logo depois da cirurgia você vai estar retendo líquidos e talvez fique alguns dias sem, digamos, fazer os trabalhos como de costume. Ter uma alimentação bacana e beber bastante água ajuda. Tenha cuidado com laxantes: ouvi a história de uma menina que tomou o dobro da dose recomendada, teve uma forte dor de barriga e sofreu um daqueles acidentes sujos. E como não podia se mexer, sobrou pra mãe da criatura. Já pensou?

Vale lembrar que não quero dizer que você necessariamente passará por alguma dessas coisas acima. Me baseio no que tenho vivido nos últimos dias, certo? Cada caso é um caso, não vou generalizar. 
Mas migs, não se preocupem. Minha intenção ao apresentar essa lista não é desanimar ninguém, apenas mostrar a realidade nua e crua que acompanha todo o glamour dos tão sonhados peitões. Porque sim, mesmo aos trancos e barrancos, vale a pena. ;)

Lembrando que quem não viu os outros posts da Saga da Silicone pode conferir os conteúdos anteriores clicando nos links abaixo:

15 de set. de 2015

Sobre o desafio de ficar um mês sem refrigerante

Eu sou do tipo que acorda e já pega o celular, mesmo antes de sair da cama, especialmente para checar a previsão do tempo. Odeio passar por aquelas situações em que fica calor e você não pode tirar o moletom porque está com camiseta velha por baixo, sabe? Ou mesmo sem camiseta nenhuma - acontece. Mas enfim, esse não é o assunto de hoje.

Um dia desses eu acordei e peguei o celular. Poderia ser mais uma manhã qualquer, mas era o dia 1 de setembro. Antes de sequer pensar naquela piadinha infame do wake me up when september ends (que todo mundo segue fazendo ano após ano), fiquei feliz por ser o começo de um mês novo. Na sequência fiquei naquela paranoia de “já é setembro o que eu fiz da minha vida até agora??” e, depois disso, tive a ideia de fazer uma coisa diferente, alguma nova meta surgida no começo do segundo tempo de 2015. E foi assim, de pijama, que resolvi que ficaria um mês inteiro sem tomar refrigerante. Afinal, se eu não posso deixar minha vida instantaneamente do jeito que eu quero, que seja com um passinho de cada vez.

Ficar um mês sem tomar refrigerante talvez não seja uma grande coisa pra você, mas pra mim é.

Bom, não é que eu seja uma apaixonada por refrigerantes, porque eu não sou. Ok, eu amo Coca-Cola e algumas marcas de guaraná (com menção honrosa para a guaraná Polar frisante que vinha em garrafa de vidro – quem lembra?), mas não sou grande fã de gasosas de limão, por exemplo. Fanta Laranja só tomo com vodca, enquanto deixo a Fanta Uva pros meus amigos estranhos que idolatram a bebida.

Mas a minha paixão por Coca-Cola estava saindo um pouco do controle, tenho que confessar. Cheguei ao ponto em que tomava o líquido sagrado no café da manhã, depois de correr meus quilômetros diários ou mesmo quando estava entediada. E sim, cheguei ao ponto de chamar Coca-Cola de líquido sagrado, pra você ter uma ideia.



Já no dia 1 do desafio rolou uma festinha de aniversário lá na firma. Foi o primeiro confronto direto – e a primeira vitória também. Comi salgadinhos e não tomei aquele refrizinho delícia para acompanhar. Ok, chorei em posição fetal no banheiro na sequencia, mas isso não vem ao caso. Brincadeira, nem deitei em posição fetal. Tá, nem chorei também huahua. Essa recusa me deixou satisfeita comigo mesma e motivada a continuar. E assim foi.

Hoje posso dizer pra vocês que estou sem tomar refrigerante a 15 dias. Tenho tomado muito suco de laranja (natural) e ainda mais água do que de costume. Tudo bem que ainda não senti nenhuma mudança na minha vida, de forma prática, mas pelo menos agora não fico mais com  medo/babando quando vejo uma garrafa de Coca-Cola 3 litros parada na geladeira, tentando me seduzir. Sei que consigo viver sem.

E quando completar um mês? Não sei ainda. Talvez eu continue sem pra ver até onde vai dar. Ou volte ao que era antes. Vou deixar rolar. No entanto, já estou pensando em desafios diferentes para os próximos meses. Adoro essa coisa de “gamfication da vida” haha. Se alguém quiser sugerir algo, coloca aqui nos comentários ou lá no Facebook.

Quem pensar em sugerir que eu fique um mês sem tomar cerveja pode fazer o favor de permanecer calado. 

13 de set. de 2015

A saga do silicone – tamanhos, formas, incisões

É incrível o número de pessoas que já veio conversar comigo desde que comecei a postar aqui a Saga do Silicone (é louco também as centenas de pessoas que começaram a me seguir no Instagram, possivelmente esperando fotos de decote sensual). Enfim, a verdade é que eu sempre achei que só minha mãe e umas duas amigas minhas liam os posts do Blogando com Nicole, mas vejo que estou enganada e que esse espaço pode ajudar (ou pelo menos divertir) mais e mais pessoas. Vamos prestar esse serviço, então! :D

A pergunta que recebi com mais frequência foi: quanto tu colocou? Vamos falar sobre isso hoje.



Muita gente já chega no médico sabendo exatamente quanto quer colocar, seja porque é a mesma quantidade que uma amiga pôs e ficou lindo, ou até uma celebridade. Mas alto lá! Uma mulher pode colocar 200ml e achar grande, enquanto outra põe 500ml e parece pequeno. Sabe por quê? Porque existem formatos de silicone, diferentes formas de colocar e ainda um fator importante: cada corpo é um corpo! Não adianta chegar com uma foto da Sabrina Sato e dizer “ó, quero ficar bem assim”.

O meu caso: coloquei 350ml da marca Mentor, redonda, perfil alto, submuscular com incisão inframamária. “Nossa, Nicole, fala em português” – é o que você está aí reclamando, né? Vamos por partes.

Sobre o tamanho: já na minha primeira consulta com o cirurgião, tinha na cabeça que não queria colocar muito silicone. Tinha pavor de ficar enorme e artificial demais, sabem? Depois de me examinar, ele disse que o mínimo que colocaria seria 280ml, que menos que isso seria muito pouco por causa da minha altura. O máximo ficaria em torno de 400, mais que isso me deixaria cheia de estrias porque iria esticar demais minha pele. Então fomos trocando ideia e chegamos nos 350ml, que pareciam um tamanho ok. Lembrando que no dia da cirurgia o doutor leva junto vários tamanhos, tanto menores quanto maiores, para garantir que o escolhido sirva direitinho. 

Sobre a marca: pelo que li, a Mentor é uma das melhores marcas de silicone, uma vez que faz parte do grupo Johnson & Johnson (sou dessas que confia em grandes corporações). Mas sei de outras marcas que são bacanas também, como Eurosilicone, Refinex, Allergan, Silimed e Lifesil. Minha dica é você entrar no site desses fabricantes, dar uma investigada se eles têm reclamações no Reclame Aqui e ainda procurar por outras pessoas que optaram por essa marca também. E, claro, ver o que o médico indica. No meu caso, eu nem cheguei a sugerir marca nenhuma, confiei no que o doutor Rafael disse e deu tudo certo. :D

Sobre ser redonda: você sabia que existem mais de 3 mil modelos de prótese de silicone? É aí que vocês ficam de boca aberta, né? Esses modelos variam em formato, textura, projeção, etc etc etc. Os modelos mais comuns de próteses são: redondas, cônicas e gota.  Os próprios nomes já sugerem o que são, certo? A gota tem um formato bem natural, a cônica deixa o peito bem empinado e a redonda é uma das mais usadas, já que preenche por igual todos os espaços da mama. Todos os formatos são bonitos, daí vai depender do que você gosta e do que combina com o seu corpo.

Sobre o perfil: isso se refere à projeção da prótese, ou seja, o quão “pra frente” ela vai ficar. Uma prótese com perfil superalto, por exemplo, é mais estreita na base e comprida pra frente. Nessa imagem abaixo dá pra entender do que eu estou falando. Quanto mais alto o perfil, menorzinha parece a prótese, viram? De acordo com o meu médico, o perfil alto já seria o suficiente pra mim, porque sou magra e tenho a estrutura mais larga.



Sobre ser submuscular: essa é uma decisão importante, e se refere basicamente a: você vai colocar o silicone por cima ou por baixo do músculo? Eu coloquei por baixo (submuscular), em que a prótese fica entre a costela e o músculo. É indicada pra quem tem pouco seio/pele. Não é indicada pra quem malha muito peitoral. A por cima (subglandular) é colocado acima desse músculo do peitoral e por baixo da glândula mamária. Tanto por cima quanto por baixo do músculo tem suas vantagens e desvantagens.

Por cima do músculo:
- Vantagens: projeção maior, dor menor no pós-operatório
- Desvantagens: o índice de contratura muscular é maior e a visibilidade das bordas do silicone também.

Por baixo do músculo:
- Vantagens: é mais fácil pra fazer mamografia, tende a não parecer muito “artificial”.
- Desvantagens: a cirurgia pode ser um pouco mais demorada e recuperação é muito mais dolorida (eu ainda vou fazer um post falando sobre isso, sobre a DOR).

Vale lembrar que a técnica não é a gente que escolhe, geralmente é o médico que vai dizer aquilo que é melhor pra você – mas dá pra dizer para ele caso você tenha alguma preferência. Desde o início eu sabia que queria colocar por baixo do músculo, por mais que estivesse ciente da dor alucinante que seria.

Sobre a incisão: a questão aqui é por onde o cirurgião vai colocar a prótese. Pode ser por baixo do seio (inframamária), pelo mamilo (areolar) ou pela axila (axilar). Em todos os casos a cicatriz é discreta, mas achei que na dobra da mama ficaria mais escondidinha. Dependendo da incisão que for a escolhida para você, a cirurgia pode ser diferente, mas vai seguir sendo curtinha e sem maiores preocupações.

Por hoje é isso, crianças. Lembrando que quem não viu os outros posts da Saga da Silicone pode conferir os conteúdos anteriores clicando nos links abaixo:



Até mais! 

7 de set. de 2015

A saga do silicone: exames pré-operatórios

Nos posts passados contei sobre a minha decisão de colocar silicone, a escolha domédico e a primeira consulta. Hoje vou contar um pouco mais sobre a bateria de exames que tive que fazer no pré-operatório, como foram os procedimentos e os valores. Tá bom? Então tá bom!

Então. Já na primeira consulta com o médico ganhei o requerimento para fazer diversos exames. Como não tenho plano de saúde, fiz tudo no particular, o que acabou sendo, no final das contas, um pouco salgado. Os exames solicitados foram eletrocardiograma em repouso, exames de sangue e ecografia mamária bilateral. Acredito que os exames possam ir de médico pra médico, mas os que o doutor Rafael me pediu foram esses aí.

Primeiro eu fiz o exame de sangue. Foi aquela coisa normal: você precisa estar em jejum, senta numa salinha e a pessoa tira um pouco do seu sangue para ser analisado no laboratório. Uma picadinha rápida, sem mistério. No dia seguinte o resultado do exame já estava pronto. Não sei os termos médicos corretos, mas no resultado constam informações sobre plaquetas, atividade coagulante, glicose, leucócitos e mais um montão de nomes divertidos, tipo bastonetes. O exame de sangue eu fiz na cidade em que moro, Estância Velha, no Laboratório Vida. Custou R$60,00.

O segundo exame foi a ecografia. Marquei no Centro Clínico Regina, em Novo Hamburgo, e custou R$150,00. O procedimento é bem simples também – e não é preciso estar em jejum nem nada do tipo. Eles recomendam que você leve exames anteriores que tenha feito das mamas, caso você possua algum. Enfim. Entrei em uma salinha, tirei a blusa – o que estava começando a virar recorrente na minha vida hahaha -, vesti um aventalzinho do hospital com a abertura para frente e deitei na cama/maca. Daí é basicamente como a ecografia das grávidas: o doutor (no meu caso, doutora) passa um gelzinho gelado e analisa com uma maquininha. Feito. O resultado ficou pronto poucos minutos depois, no mesmo dia.

Por último, mas não menos importante, marquei o eletrocardiograma em repouso, também no Centro Clínico Regina. Não me lembro direito, mas custou entre R$80,00 e R$100,00. Eu falei que não tinha sido barata essa brincadeira... O procedimento também é bem simples e bem rápido. Tive que tirar a blusa e a meia-calça, mas pude ficar vestindo o resto – saia e roupas íntimas. Deitei na cama/maca e a doutora colocou em mim uma série de eletrodos, alguns no peito, outros nos pés e nas mãos. Daí é preciso ficar deitado e bem relaxado, enquanto a aparelhagem faz o seu trabalho. Pronto. Minutos depois o exame estava pronto e pude ir embora.

Com esses exames em mãos, marquei a segunda consulta com o cirurgião. Quer saber como foi? Eu conto no próximo post :P

Para acompanhar toda a saga até agora:

Beijo e até mais! 

6 de set. de 2015

A saga do silicone - a escolha do médico e a primeira consulta

Silicone. Tipos de incisão. Perfil alto, super alto, redondo, gota. Submuscular, subglandular, dual plane. Periareolar, axilar ou inframamária? Que marca escolher? Onde operar? Tudo isso parece um bicho de 7 cabeças pra você? Pra mim também parecia – pelo menos até poucos meses atrás. Embarque comigo na Saga do Silicone e entenda de uma vez por todas esse mundo de peitões.

Para conferir o primeiro post da Saga do Silicone, papo inicial, clique aqui.

Well. Depois de me informar bastante, resolvi entrar em ação. Pesquisei vários médicos, fui atrás das experiências profissionais de cada um deles e ainda falei com amigas que operaram pela região. Um super trabalho jornalístico. Depois dessa investigação, finalmente decidi qual era a melhor opção pra mim e enfim marquei minha primeira consulta, com um cirurgião que já havia operado uma amiga minha. Para quem é de Novo Hamburgo e região, fica a dica: dr. Rafael Marques de Souza.

A primeira consulta custou R$220,00. O doutor me chamou na salinha dele e perguntou o que havia me levado ali.

- Quero colocar prótese de silicone, doutor. – eu falei, enquanto por dentro gritava QUERO TER PEITOS!

Expliquei da insatisfação que tinha com o tamanho, mas que também não queria nada exagerado. Apenas peitos “legais” e proporcionais com o meu tipo físico. Ele fez algumas perguntas básicas, tipo se eu era alérgica a algum remédio e se já havia feito algum procedimento cirúrgico. Então ele disse:

- Certo, agora vamos ali na outra sala que vou te examinar.

Fomos para a outra sala, onde havia um biombo. Tirei a blusa e o sutiã e voltei para ser examinada. Esse contato inicial com o médico é estranho e constrangedor ao mesmo tempo, mas aí você lembra que ele ganha a vida fazendo isso e se sente mais normal/tranquila. Um pouco mais normal, pelo menos.

Eu, de óculos, saia e peito de fora. E o doutor olhando com uma cara concentrada, tipo alguém tentando resolver uma conta matemática difícil. Ou tentando passar de uma fase especialmente ardilosa do Candy Crush.

Então ele me falou que eu tinha um peito um pouco maior que o outro, mas que isso era muito normal e que minha diferença nem era tanto assim. Algumas mulheres têm tamanhos diferentes entre uma mama e outra, e por isso precisam colocar tamanhos diferentes de próteses, o que não seria o meu caso. Ele mostrou também que a incisão que faria seria a inframamária (no próximo post vou falar sobre as diferenças) e apontou onde mais ou menos ficaria localizada a cicatriz.

Me vesti, voltamos para a sala. Então ele me entregou requerimentos para os exames que eu teria que fazer, mostrou uns silicones para eu ver/apertar, explicou que achava melhor eu colocar por baixo do músculo (também vou falar disso em breve) e ainda tirou as dúvidas que eu tinha anotadas em um caderninho. Me senti bem informada e tranquila – o que é muito importante. Ele falou sobre os hospitais onde operava, recuperação, remédios e, claro, o investimento. No final das contas, a brincadeira não iria sair TÃO cara quanto eu pensava. Uhul :D

E essa foi a minha primeira consulta com o cirurgião. Para quem quer colocar silicone e ainda está se decidindo e pesquisando, fica aqui o que é importante verificar na hora de escolher o médico:

- ele já operou alguém que você conhece ou alguém com quem já tenha falado? Essa questão é interessante, porque você pode questionar as pessoas que conhece sobre o atendimento e os procedimentos realizados.

- ele tem experiência na área e faz parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica? Isso você pode pesquisar nesse site, acessando “encontre seu cirurgião” e colocando o nome dele no campo de busca. Se o seu médico não estiver na lista, melhor pesquisar um pouco mais.

- ele tira todas as suas dúvidas e dá confiança para você? É importante se sentir a vontade com o médico e ter a sensação de estar sendo bem atendida. Afinal, você não vai fazer uma mera limpeza nos dentes. Estamos falando de cirurgia, que por mais que seja estética e tudo mais, não deixa de ser um procedimento sério!

Se a resposta for sim para as perguntas acima, beleza. Mas se liga: mais do que o tamanho do silicone que você quer colocar, a escolha do médico é uma das decisões mais importante que você vai tomar nessa história de virar peituda, viu?


Por hoje é isso. Nos próximos posts vou falar dos exames que fiz, da segunda consulta com o doutor e dos tipos de silicone. Dúvidas? Pode colocar aqui. Até a próxima! 

5 de set. de 2015

A saga do silicone – papo inicial

Silicone. Tipos de incisão. Perfil alto, super alto, redondo, gota. Submuscular, subglandular, dual plane. Periareolar, axilar ou inframamária? Que marca escolher? Onde operar? Tudo isso parece um bicho de 7 cabeças pra você? Pra mim também parecia – pelo menos até poucos meses atrás. Embarque comigo na Saga do Silicone e entenda de uma vez por todas esse mundo de peitões.

Começando bem do começo.

Eu sempre fui aquilo que podemos chamar de despeitada. Não no sentido de ser invejosa ou coisa assim, mas no sentido de ser sem peito mesmo. E eu tinha comigo que um dia, quem sabe, ia colocar silicone. Um dia, no futuro, sem nada muito concreto. Foi aí que às vésperas de completar 26 anos resolvi começar a fazer a fatídica lista das 30 coisas para fazer antes dos 30 anos. Enumerar todas as coisas que eu tinha vontade de fazer e esperava realizar num futuro nem tãaao distante assim. E o que apareceu lá? O famigerado do silicone, claro. Então eu tinha o dinheiro. Eu tinha a vontade. Faltava ir lá e fazer, ué.

Me informei com amigas. Falei com colegas. Li inúmeros posts de blogs, matérias de revistas, entrevistas com cirurgiões e assisti outras tantas centenas de vídeos – até das cirurgias em si. E tudo isso, toda essa pesquisa, me ajudou um monte. É por isso que resolvi retribuir a essa parcela siliconada da internet, criando eu mesma um conteúdo ~completo~, relatando a minha saga do silicone, compartilhando as coisas que eu aprendi e até mesmo, quem sabe, tirando as dúvidas de quem está começando a pensar nesse assunto.


No próximo post da saga eu vou contar direitinho sobre todas as etapas do pré operatório: a primeira consulta com o médico, os exames que tive que fazer, o silicone escolhido, etc etc. Fiquem de olho. E se apresentem nos comentários, quero saber quem são vocês :D Beijo! 

14 de jul. de 2015

Sobre a tatuagem na costela

É engraçado como os posts de tatuagens aqui do Blogando têm milhares de acessos a mais que os outros posts. Inclusive já vi minhas tatuagens pelo Pinterest e pelo Google Imagens, compartilhadas por outras pessoas e blogs. Acho isso bem bacana, afinal, a tatuagem é a arte e a tela somos nozes. Todo mundo se inspira e tal. Enfim, não é sobre isso que eu quero falar hoje. O que eu quero falar é da minha tatuagem de número 7. Esse post, aliás, já devia ter saído faz tempo, visto que já tenho essa tatuagem há mais de um ano e a tattoo 8 está cada vez mais perto de acontecer. Well, vamos lá.

Primeiro vamos relembrar: minha primeira tatuagem foi feita quando eu tinha uns 15 anos. Borboletas nas costas. Sim. Já pensei em fazer algo por cima, mas mudei de ideia. Era uma fase borboletas da minha vida e eu não tenho vergonha de mostrar isso.

A segunda eu tinha meus 17 anos. Já me encontrava em um momento mais ousado e místico. Resultado? Uma enorme fada na perna. Chamo ela de Ermenegilda e pinto o vestido dela com caneta Bic quando estou distraída.

Então vi que era mais barato fazer mais de uma tatuagem no mesmo dia – a idade vai chegando e vamos ficando mais muquiranas. Fiz a 3ª e a 4ª tattoo no mesmo dia. Contei nesse post aqui. Eu tinha 21 anos e escrevi “Meus amores minha família” no braço e “believe” na nuca. Acho que até demorei para começar a escrever coisas em mim, visto que amo palavras, letras e tudo que envolve o universo da escrita.

Na minha formatura a minha mãe me deu uma tatuagem de presente. Demorei um tempão para decidir o que queria, mas acabei escrevendo “protego totalum” no braço aos 24 anos (post aqui). E nesse mesmo dia tatuei a costela, que é o que finalmente contarei agora. E ainda tatuei o tornozelo, mas isso conto outra hora. Haha.

Desde que li Cem Anos de Solidão pela primeira vez eu já sabia que um dia tatuaria alguma coisa dele. Não sabia ainda se seria uma ilustração ou um trecho, mas tinha que ser daquele livro. É meu favorito, afinal de contas. Por fim, decidi tatuar uma ilustração E TAMBÉM um trecho. Coisa de Nicole.

Olha que linda:



A ilustração é essa aqui:



E no texto diz “Choveu durante quatro anos, onze meses e dois dias.”

Agora vamos à parte que eu sei que vocês estão loucos pra saber: a dor. Sabe aquela coisa que dizem da tatuagem na costela, que dói muito? Então, quando dizem isso estão dizendo a verdade: tatuagem na costela dói muito.

Fiquei mais de uma hora deitada de lado, com um dos braços por cima da cabeça, sendo pouco a pouco torturada nas mãos do tatuador. Sim, é dolorido. E olha que eu já tinha a experiência de ter tatuado vários outros lugares do corpo, pra poder comparar.  Doeu na hora e incomodava bastante depois, na cicatrização. Por vários dias eu tive que dormir de barriga pra cima, porque morria de medo de acontecer algo com a tattoo se eu deitasse nela.

Bem confortável e não sentindo nada de dor. Só que ao contrário

Mas a dor passou, como tudo nessa vida passa, e hoje eu sou apaixonada por esse desenho e pretendo fazer mais tatuagens na costela. Acho um lugar lindo. :)

A tatuagem foi feita no estúdio Tattoo Arte, no centro de Novo Hamburgo. Quem fez foi o Matheus Sacom, que infelizmente não trabalha mais lá – o cara é TOP. Como fiz 3 tatuagens no mesmo dia, não tenho um preço separado para cada uma delas. A sessão deu mais de 2 horas e paguei por volta de 500 reais.

Alguma dúvida? Me perguntem! E logo eu volto pra contar da minha sétima tatuagem, a âncora. Beijo!

13 de jul. de 2015

Brincando no Snowland, em Gramado

Você quer brincar na neve? Eu queria e brinquei – mesmo sem nunca ter ido para um lugar que nevasse. Impossível? Que nada! A neve que eu vi era de mentirinha, lá no Snowland. Era neve fake mas me emocionei como se fosse real, ok? Hahaha! Pra quem não sabe, o Snowland fica em Gramado (RS) e é o primeiro parque de neve indoor das Américas. Fui lá alguns finais de semana atrás e não me arrependo do passeio.

Fui de excursão com uma turma grande, e compramos um passaporte Snowland Combo Neve. Ele dá direito a acesso ao parque o dia inteiro (parte de lojas, bar, restaurante e área de recreação), duas horas na Montanha de Neve (+  aluguel de roupas apropriadas para a Montanha), simulador de esqui, 20 minutos de patinação no gelo e uma apresentação de um espetáculo. Esse passaporte custa R$99,00.

A Montanha de Neve é um dos pontos altos do passeio. É lá que tem neve, como o nome sugere, e a temperatura é negativa, fica por volta de – 5ºC. É preciso usar roupas especiais para entrar nessa parte: capacete, jaquetão, calça, botas e luvas. Todo mundo fica assim, igualzito.

Desbravadores do gelo: Kaya, Bruna, Douglas e Nicole

As botas e capacetes você pode pegar por tamanho. Já as roupas são meio padrão - minha calça ficava meio caindo e tal hahaha. O visual é meio uó mas MUITO necessário. Lá dentro é frio frio frio frio.
Além da neve de mentirinha, tem alguns brinquedos. É possível descer uma montanha de neve em boias (tipo como em parque aquático, mas com muita roupa e gelo ao invés de água) e andar em uma espécie de carrinho bate bate que gira feito louco.

Girando feita louca


Ainda dá pra fazer snowboad (pago à parte), esquiar (pago à parte) e andar em uns trenózinhos ou sei lá o que são (também pago à parte). Obviamente que não fiz essas três últimas atividades, primeiro porque não sou boa em esportes, o que dirá esportes de inverno, e segundo porque sou pão dura e não queria gastar a mais.

Ainda dentro da Montanha de Neve, assistimos ao tal espetáculo que ocorre lá, o Flokus. É bonitinho mas nada de muito emocionante. Acho que eu criei uma expectativa muito grande, não sei. Depois tomamos chocolate quente, porque não dava mais pra sentir a ponta dos dedos dos pés. Eles vendem cerveja também, um amigo meu tomou e disse que eles não guardam na geladeira. Por que será? :P

Felizes na casinha do chocolate quente :)

Quando o corpo não aguentava mais o frio, saímos dessa parte do parque. Nem chegamos a completar as duas horas a que tínhamos direito, mas tudo bem.

Depois foi a hora de conhecer o tal simulador de esqui. Não podem brincar pessoas com menos de 1,30, nem gestantes e quem fez cirurgia a pouco tempo. E é beeeem legal, um verdadeiro cinema 7D. Todo mundo coloca um óculos, sobe em uma plataforma e vive uma aventurinha, com rajadas de neve e tudo o mais. É pouco tempo mas é engraçado.

Então bateu a fome e fomos almoçar. Lá tem um restaurante bem grandão, com vista para a Montanha de Neve e diversas opções de comida, de pizza, hambúrguer e cachorro-quente a diferentes tipos de massa. O preço é honesto e as porções são ok. Eu peguei um combo com hot dog, batata frita e refrigerante. Custou uns 17 reais e o dogão era enorme, com duas salsichas e até bacon! Meu irmão comeu um prato de massa aos quatro queijos. Não era muito grande mas era bem bom, porque obviamente eu fiz um controle de qualidade na comida dele, né (ou seja, roubei uma garfada).

Depois de fazer a digestão, foi hora de se arriscar na patinação no gelo. Era a parte que eu estava mais empolgada para ir, porque acho LINDAS as competições de patinação artística, mas também era a parte que mais me dava medo, porque nos filmes as pessoas sempre caem tombos ridículos quando patinam no Central Park e eu sabia que também cairia um tombo ridículo, mesmo sem sequer ter saído das minhas terras. Mas fui lá, coloquei os patins, saí para a pista de gelo e, bem, caí um tombo ridículo, é claro, que deixou minha bunda doendo por mais ou menos uns 5 dias. Eu nunca andei de roller nem de patins na vida (guria de apartamento), por isso achei bem difícil e não me soltei de jeito nenhum da cerquinha que tinha ao redor da pista.

Segurando na borda da pista

Seguindo sem JAMAIS desgrudar da borda da pista

O gelo escorrega MUITO! Mas várias pessoas mandaram bem na patinação – inclusive algumas crianças pequenas ficaram me dando dicas de como eu deveria ter feito, andando com os pés na diagonal e tal (momentos humilhantes que temos que passar na vida).
Depois de tudo isso eu já queria estar deitada, porque estava morta de cansaço, mas ainda passamos em todas as lojinhas do local e eu comprei um imã de geladeira, porque eu faço coleção e porque era o único souvenir que cabia no meu bol$o auehue.

Foi um dia diferente, intenso e bem gelado. Eu amei! E você, curtiu? Quer ir lá também? Então vamos a algumas informações interessantes:
  • para evitar filas, o legal é você comprar previamente o seu ingresso pela internet.
  • na parte da Montanha de Neve é frio MESMO, não é drama da minha parte. Eles aconselham que você use meias de algodão. Eu aconselho que você use UMA DÚZIA de meias de algodão.
  • não deixe de tomar um chocolate quente quando estiver na Montanha de Neve. Pode até ser caro, mas o que em Gramado não é? Eu acho que pagar 13 reais por um chocolate tão delicioso que é quase um abraço por dentro, é pouco, até.
  • de acordo com as crianças pequenas que queriam me ensinar a patinar, o truque é ir dando passos pequenos com os pés abertos, na diagonal. Dizem eles que esse é o segredo do sucesso. Não posso confirmar.
  • pra você que é de Novo Hamburgo e região, fica a dica: curte a página do Voando as Tranças no Facebook! A Adri e a Pri, donas da empresa, são super atenciosas e estão sempre preparando passeios e viagens legais – como essa pro Snowland. E isso não é um publieditorial não, hein? Eu indico elas mexxxxxmo. :)  
Quem já foi no Snowland pode me contar como foi aqui nos comentários. E quem tiver mais alguma dúvida sobre o parque e as atividades pode me perguntar. Beijo e até a próxima!  

21 de mai. de 2015

Fui pra Punta del Leste!




Vamos fazer o seguinte: vamos simplesmente fingir que não fazem mais ou menos duas décadas que eu não apareço por aqui. Vamos fazer de continha que esse sumiço nunca aconteceu. Tá bom? Então tá bom.

2015 tem sido um ano muito massa. Mais da metade da minha lista de coisas a realizar já foi riscada, vocês acreditam? Pois é. E além disso, fui picada pelo bichinho da vontade de viajar. Depois de passar o ano novo em Buenos Aires, fui passar a Páscoa no Uruguai, em Punta del Leste. Gente do céu, que lugar mais LINDO. Pensa em luxo, pensa em glamour, pensa em ostentação.  E pensa em lugar caro também, haha. Punta del Leste está na lista dos balneários de luxo mais famosos do mundo, pra vocês terem uma ideia. Mas é DEMAIS!

Passei poucos dias por lá, é verdade – saí da minha cidade na quinta-feira e retornei no domingo de madrugada -, mas ainda assim consegui me encantar muito e conhecer lugares espetaculaaaaaaares! Nos próximos posts eu vou contar sobre o hostel em que fiquei hospedada, além dos passeios que fiz.
Por enquanto, aqui vão algumas dicas e observações:

- o dinheiro do Uruguai é o peso uruguaio, e é muito barato para a gente do Brasil. Com 500 reais comprei mais de 3 MIL PESOS. Por outro lado, coisas lá são loucamente caras. Lugar de rico, né people? Acompanhem: fui numa balada e comprei uma garrafa de água. Quando fui fazer a conversão para real (não sou boa em cálculos, acabava fazendo só depois) me dei conta que tinha pago mais de 30 reais pela garrafinha. Segurei aquela água a festa inteira e fiz cada gole valer como se fosse o último líquido do deserto.

- muitos lugares aceitam real e dólar. Vale levar um pouco de cada e ver quanto está o câmbio do dia. Às vezes pode acabar valendo mais a pena.

- faça as coisas a pé. Você pode acabar descobrindo espaços bem legais para tirar uma foto, comer um sorvete, comprar uma lembrancinha ou dar uma descansada.  

- não se iluda com os cassinos. Os que fui – tanto no Uruguai quanto na Argentina - são cheios de prostitutas e tios velhos aposentados. Nada perto do glamour de Las Vegas, por exemplo (não que eu tenha ido, mas nos filmes sempre parece mais interessante). Dê uma passada sem compromisso, já que não custa nada para entrar, mas vá fazer alguma coisa mais legal depois. Sei lá, acho aquelas máquinas e jogos meio deprimentes.

- para entrar no Uruguai você precisa estar com sua carteira de identidade – não pode ser de motorista – ou com passaporte. Deve estar na validade e a foto deve ser recente. Se você ainda tem documentos com sua foto de criança, aconselho ir fazer novos. Nunca se sabe quando a próxima trip vai chegar.


Ou quando o próximo post desse blog vai chegar.