18 de dez. de 2014

a história do brigadeiro

Festas de aniversário dos meus tempos de criança é que eram boas. A fartura de coxinhas, docinhos e canudinhos de carne moída era incrível. Não era preciso ficar pensando em que look usar – sempre tinha uma roupa “boa” para essas ocasiões. Brincadeiras na rua, balões, uma fita do Sandy e Júnior e estava feita a celebração. Nada dessas festas sem comida de hoje em dia, em que tudo gira em torno da bebida e – mal do século – cada um tem que levar a sua.

Uma vez fui em uma festa de aniversário dessas aí, dos meus tempos de criança. Eu não sei quantos anos eu tinha, mas era menos que 10 certamente. A festa foi na casa da aniversariante, até me lembro quem era mas não vou mencionar nomes por motivos de: vergonha. Então. Brinquei na rua com as amiguinhas, comi muito - já que não sou boba nem nada -, ralei na boca da garrafa etc. Lá pelas tantas, provavelmente quando já era fim da tarde, meus pais foram me buscar. Entrei no carro e tcharam, tirei de dentro do bolso dois brigadeiros, que havia separado para dar pro meu irmão. Meus pais riram muito.


Ainda espero o dia em que alguém vai fazer por mim algo que chegue perto do que eu fiz pelo meu irmão naquele dia. 

23 de set. de 2014

Rabiscos no braço: sobre minha tatuagem de Harry Potter

Você está lendo aquele que é, possivelmente, um dos posts mais pedidos dos últimos tempos aqui do Blogando com Nicole. Um post que eu já estou devendo faz um tempão, na realidade. É como aquela frase que eu ouvi quando criança e nunca esqueci: “devo, não nego. Pago quando puder.” Chegou a hora de pagar. :P

Láaaa no começo de 2013, quando eu me formei em jornalismo, minha mãe me deu um presente mais do que especial:

- Eu pago a tua próxima tatuagem. Pode marcar – ela disse. 

Duvido que a mãe de vocês já tenha feito isso. A minha fez. 

Mas naquele momento eu não tinha na cabeça exatamente o que eu queria tatuar, apesar de mil ideias estarem sempre pipocando. Precisava de algo que batesse lá no fundo, que fizesse eu falar É ISSO QUE VOU RISCAR NA PELE PRA SEMPRE. Então a inspiração surgiu – e não foi apenas uma não. Resolvi fazer, em uma só vez, três tatuagens. Porque sim, porque é mais barato, porque eu faria curativos no mesmo período, porque a função seria toda em um dia só enfim. Não é a primeira vez que eu faço mais que uma tatuagem no mesmo dia, eu gosto disso. 

Vou fazer posts separados para cada tatuagem, porque todas elas têm histórias bem bacanas. Começamos, então, pela tatuagem do braço. Que lugar maravilhoso para se tatuar, minha gente! Não doi nada! Sério, super tranquilo mesmo. Level easy. E o que eu tatuei? Uma magia de Harry Potter. 

SIM, tenho 25 anos e fiz uma tatuagem de Harry Potter. Porque foi o livro que cresceu comigo e me fez imaginar mundos que só são possíveis na minha cabeça. Me fez rir, chorar e esperar ansiosamente para ter mais e mais páginas para ler. Ensinou sobre força e amizade, além de mostrar que todas as pessoas são boas em alguma coisa. Como não riscar algo tão especial na pele?

Escolhi tatuar “Protego Totalum”: cria uma proteção permanente no alvo enfeitiçado e só é desfeito quando quem o lançou o reverte. Fiz logo abaixo da dobra do braço direito, porque acho o lugar bonito para frases curtas. A fonte eu escolhi na hora, gostei bastante dos riscos da letra T. 





Na realidade eu fiquei dividida entre MIL citações do livro, feitiços, até o raiozinho ou o pomo de ouro. Mas foi só ver a que eu tatuei, junto com o significado, para saber imediatamente que a decisão já estava tomada.

Antes que venham as perguntas de praxe... Fiz essas tatuagens na Tattoo Arte, em Novo Hamburgo, com o Matheus Sacom (que faz um trabalho incrível com tatuagens aquarela, que estou desejando, já). A sessão foi demorada, mais de duas horas, por isso paguei por volta de 500 reais. Algumas pessoas podem achar caro, mas tatuagem não é brincadeira, é um investimento onde tudo conta: os materiais, o traço, a higiene, etc. Não dá pra vacilar. Como era o presente de formatura, minha mãe me deu uma parte e eu completei o restante (até porque ela me deu uma tatuagem e não três, né). 

Em breve falo das outras duas: a âncora no pé e a ilustração na costela! Beijo! 

22 de set. de 2014

Sobre como meu nome foi parar no cardápio do restaurante mais tradicional da cidade


Gosto de pensar que sou uma pessoa com instinto na hora de cozinhar. Misturo coisas sem saber muito bem se o resultado vai ser ok, mas sempre achando que sim, vai ficar bom – otimismo sempre. E no final das contas as coisas costumam ficar BEM boas. Quando eu era pequena, eu fazia meus sanduíches de bisnaguinha Seven Boys e gostava de imaginar que era a Ana Maria Braga. Hoje faço minhas massas e carninhas e penso que estou no Top Chef Master. O tempo passa, as referências mudam, mas a minha fantasia de ser uma celebridade culinária continua a mesma HAHAHA. 

Tudo isso para dizer que no ano passado um amigo meu me indicou um concurso culinário que estava rolando na cidade. O Bifão, um restaurante maravilhoso (e cenário de muitas lembranças gostosas da minha infância) estava completando 60 anos e, por isso, fez uma ação para escolher um bife comemorativo para a data. Como eu gosto de pensar que o “não” eu já tenho, e motivada pelo desafio que teria mais a frente, resolvi participar. 

A primeira etapa do concurso era simples: bastava enviar para um e-mail indicado uma receita de um molho para bife, junto com o modo de fazer, os ingredientes, o nome e uma foto. Fiz tudo conforme o indicado, chamei meu molho de Strogobife (por lembrar um pouco o molho do strogonoff, com creme de leite e afins) e enviei. Segui a vida, até que recebi um e-mail e... TCHANÃM, fui chamada para a etapa final – e muito empolgante -  do concurso. 5 receitas foram selecionadas para esse momento, que basicamente era o seguinte: os finalistas teriam que ir até o Bifão em uma noite na semana seguinte para cozinhar a sua receita para alguns jurados. MEU MOMENTO DE SUPER STAR DAS PANELAS TINHA CHEGADO FINALMENTE. OBRIGADA SENHOR. Nem preciso dizer o quanto fiquei empolgada, né?

O grande dia chegou. Fui super bem recebida pela Diretora de Marketing do restaurante, a Elisa Corrêa. Ganhei uma roupa especial, com avental e touquinha, e fui conhecer a cozinha. Já imaginava que seria grande e limpa, mas fiquei surpresa com o capricho, a organização e todo o cuidado que eles têm. Não basta ser um restaurante com comida gostosa, a higiene é fundamental e nisso eles são impecáveis! Os jurados começaram a chegar: os donos do restaurante, jornalistas e proprietários de publicações de gastronomia do Vale do Sinos. Que responsa! Então foi a hora de colocar a mão na massa. Preparei o meu molho lá mesmo, usando o enorme fogão industrial. 


 

 Aproveitei que o chefe da cozinha estava lá para perguntar várias coisas que eu sempre quis saber, como o segredo para o ovo frito deles ficar tão gostoso (sério, nenhum lugar tem igual, é uma maravilha!). Ele foi muito bacana comigo – aliás, todos que estavam por lá foram, inclusive os outros finalistas, que eram meus concorrentes. No final das contas eu já estava torcendo pra eles, especialmente para uma senhorinha que fez a receita que os netos dela mais gostam. Como não amar? 

Quando terminei de cozinhar, foi a hora de apresentar minha criação para os jurados. Que momento. AQUELE momento. Levei os pratos, me apresentei, apresentei a criação e desejei um bom apetite, do jeitinho que vi em tantos programas que adoro. Eles comeram, escreveram em suas fichas e agradeceram. O mesmo aconteceu com os outros finalistas. No fim de tudo, tiramos muitas fotos e tal, foi bacana. O resultado sairia um tempo depois, mas para mim toda aquela experiência já havia valido MUITO! 





Então veio o telefonema e eu tinha ficado em segundo lugar no concurso. Nem acreditei. Fiz aquela dancinha da comemoração, vibrei com meus colegas, virei orgulho pra família, mesmo sem ter sido a grande campeã. O meu molho não foi escolhido o molho dos 60 anos, mas ter participado de tudo aquilo e ficado entre os 5 selecionados já foi um grande prêmio. 

Essa história podia terminar aqui, mas não termina. 

Eis que um tempo depois a Elisa do Bifão entrou em contato comigo, falando que gostaram muito muito da minha receita e fazendo o pedido: podemos colocar o teu molho no nosso cardápio? ÓBVIO QUE ACEITEI, né. Então, depois de algumas semanas, recebi no meu e-mail a divulgação fofíssima do bife, que ganhou o nome de Molho da Chefa (para combinar com o Bife do Chefinho e o do Patrão, que são outras opções do cardápio). Explodi de felicidade. Ganhei uns exemplares do cardápio e minha vó guardou um pra ela. E agora meu nome e minha receita estão no cardápio do Bifão, e meus amigos sempre me dizem que viram o Nicole Dias nas páginas, e experimentam minha receita quando vão almoçar lá. :D




É o que eu digo, meus amigos:  quando a gente coloca amor e vontade no que faz, não tem como não ter resultado! 

Agora quero ver todo mundo curtindo a página do Bifão e experimentando o Bife da Chefa, sim? ;)

Um beijo e até a próxima! 

8 de set. de 2014

Transformações cabelísticas

Como boa canceriana, sou muito apegada às coisas. Uso o mesmo perfume há anos, sou fiel a determinadas marcas (até de margarina!), tenho vários amigos da época de escola e sempre tive dó de cortar os cabelos. Por muitos anos eu mantive um cabelão gigante, simplesmente reto, sem nada de corte. Tinha muito medo de cortar, me arrepender, não gostar. Então mantinha ele lá, cortando as pontinhas uma vez na vida e outra vez quando a situação estivesse insustentável (e sempre chorando depois, achando que o cabeleireiro tinha cortado DEMAIS). Mas o tempo foi passando e no final do ano passado me bateu aquele momento de “preciso mudar”. Fui lá e fiz a maior mudança da minha vida – quando se fala de visual, pelo menos.






Passei a tesoura mesmo. E é impressionante como um simples corte de cabelo pode mudar tanto a gente. Me senti uma nova pessoa, mais madura, mais pé no chão. Como pode? Não sei, só sei que foi assim. O corte me deu personalidade - antes eu era sempre igual, com aquele cabelo de sempre. E muitas pessoas elogiaram, dizendo que tinha ficado tudo a ver comigo. Fiquei feliz com isso, claro, mas EU fiquei feliz comigo mesma, o que é mais importante que qualquer opinião. 

Sábado foi a hora de tomar vergonha na cara e passar no salão novamente – e tomar um pequeno xingão do cabeleireiro, que disse que a manutenção do cabelo deve ser feita pelo menos de 6 em 6 meses. Mais uma vez passei a tesoura e nem preciso dizer como estou serelepe. Fiz um corte super picado, mais volumoso na parte superior e fininho nas pontas. Tirei a inspiração do Pinterest e adorei o resultado. O que acharam?



Agora, o que eu digo pra todo mundo que tem cabelão e tem medo de cortar é CORTA. Cabelo cresce e a vida é curta demais pra gente manter um visual caidinho por medo de não gostar dele. ;) 

3 de set. de 2014

top 3 favoritos: produtos de beleza

Olá! Tudo beleza com vocês? Aqui melhor agora, com vocês me lendo e zaz. Sinal de que não estou só nesse mundo bloguístico. DRAMA. Muito beeeem, hoje vai começar uma nova série de posts aqui no Blogando, que vai se chamar 3 favoritos (na falta de um nome mais criativo. Talvez eu altere com o passar do tempo, mas por enquanto segue esse). Ao longo dos posts vou mostrar 3 coisas que para mim são TOP, nas mais diversas categorias. Acho isso interessante, porque podemos trocar dicas e conselhos como numa grande roda de amigos, e eu posso indicar produtos que fazem parte da minha vida e vocês indicam as coisas legais da vida de vocês e talicoisa. Obviamente vai rolar papo de comida por aqui – especialmente pizza. But not today. Para dar o start desse novo projeto, hoje vou falar dos meus 3 favoritos de beleza.

Eu sempre fui apaixonada por farmácias. Já falei sobre isso aqui no blog. Às vezes chego lá só para comprar um pacote de absorvente e acabo gastando mais de 100 reais. História baseada em fatos reais. E entre essas indas e vindas - especialmente na Panvel, que é meu amor verdadeiro, amor eterno - que descobri 2 dos meus atuais favoritos. O terceiro eu ganhei de uma amiga. Ok, chega de blablabla. Vamos lá?


Hidratante de banho Boticário: a pessoa que inventou hidratante de banho merece um prêmio, um Oscar, um Nobel. Bom, no mínimo um abraço ela merece. Não há coisa melhor nesses dias gelados de inverno. Você pode passar um creme hidratante cherosíssimo sem nem precisar sair do box, no quentinho do vapor do chuveiro. Depois é só enxaguar levemente e pronto. Pele macia e perfumada, sem ficar aquela melação que os óleos de banho geralmente deixam. Tô muito in love – tanto que meu pote já está bem no finzinho. Eu tenho o de morango com leite. Tenho vontade de MORAR dentro daquele hidratante, de tão bom que é.

Baby Lips: sou a louca do lip balm, acho um item de extrema importância – tenho vários! Eu era muito viciada nos da Nivea, até que essas belezinhas da Maybelline apareceram por aqui. As embalagens coloridas já me conquistaram de cara. O preço também é super acessível – cada um custa cerca de 11 reais. Comprei pra experimentar e foi amor à primeira passada. Tenho um vermelhinho e um incolor. Os cheiros são ótimos e os lábios ficam macios e hidratados.

Óleo Liso Marroquino Garnier Fructis: nessas minhas idas à farmácia, encontrei esse óleo por 5 reais. Levei para experimentar e minha vida mudou. Além de deixar o cabelo brilhoso e cheiroso, esse produto acelera a secagem com secador. Meu cabelo tá sem frizz, com as pontas bonitinhas, tudo graças a 5 gotinhas no cabelo úmido. ;)


E aí, quais são os favoritos de vocês? Já usaram esses que eu indiquei? E curtiram esse novo tipo de post que vai aparecer por aqui? Contem aí, quero saber! BEIJO! 

20 de ago. de 2014

vamos passear? trilhas em Santo Antônio do Pinhal

Cheguei com novidadesssss! Fiz uma parceria bacana com o guia Roteiro de Turismo. Tudo a ver com o Blogando, né, que traz as minhas sagas no Brasil e no mundo. Preciso falar que fiquei bem feliz com isso – quer dizer que o blog teve o reconhecimento de uma empresa! Não vou ganhar produtinhos nem fazer look do dia, não se preocupem – não virei uma blogayra FHits, auehaue. A proposta é apresentar pra vocês lugares beeeeeeeeem legais e que estão mais perto do que a gente imagina!

Hoje eu vou contar pra vocês sobre as trilhas em Santo Antonio do Pinhal, que fica no Vale do Paraíba, pertinho de Campos do Jordão. Quem conhece levanta a mão! Eu não conhecia, mas curti muito o que pesquisei.

Santo Antônio do Pinhal fica em meio a montanhas, tem um clima gostoso na maior parte do ano e conta com muitas atrações, que foram selecionadas à dedo pelo Guia Roteiro de Turismo.


* Pico Agudo: um dos pontos turísticos mais visitados da região. Lugar certo para quem gosta de esportes, já que é muito frequentado por praticantes de asa delta e parapente. É sedentário? Pode ir mesmo assim: a caminhada é leve – e a fauna e a flora durante o percurso fazem dessa trilha muito procurada!

* Trilha do Matão: mais uma trilha considerada fácil. UHUL! A entrada fica a 700 metros da cidade e, como o próprio nome diz, passa por dentro da mata nativa que em muitos lugares permanece intacta. Duração média: 30 minutos. Bônus: é possível encontrar alguns animais durante o caminho.

* Trilha do Cambraia: essa já é um pouquinho mais difícil... Tem 5 km e passa por lugares lindíssimos!  O mais bacana: o ponto final dessa trilha é em uma propriedade que tem uma sorveteria e um lugar bem preparado para receber os turistas cansados da caminhada. EBA!

* Trilha do Mirante do Cruzeiro: muito indicada para famílias com crianças. Começa ao lado da igreja matriz da cidade, tem uma vista incrível e termina no mirante, de onde se pode ver uma paisagem belíssima da serra.

“Mas e aí, como chegar em Santo Antônio do Pinhal?” – vocês me perguntam. Eu nunca estive lá, mas me parece muito muito simples! Para quem está vindo de São Paulo a melhor opção é pela rodovia Ayrton Senna, depois seguir pela rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, que tem seu início em Taubaté. Pra quem está vindo do Rio vale a mesma coisa, porém pela rodovia Dutra até chegar na Rodovia Oswaldo Barbosa Guisardi e depois por fim, até Santo Antônio do Pinhal.

Curtiu? Quer ter mais informações sobre esses passeios, restaurantes, pousadas e tudo o mais? O site Roteiro de Turismo tá bem completinho! Clica aqui!

Selo Publi Nikoka de qualidade: através desse, asseguro a vocês, amados leitores, que qualquer publieditorial que entrar aqui contará com a minha aprovação. Não vou indicar produtos que eu acho UÓ - jamais! Essa é a regra. ;) 

18 de ago. de 2014

detalhes da minha festa de aniversário, #quase30daNicole

Em julho desse ano eu completei 25 anos. Sempre tive uma relação meio tensa com essa coisa de ficar velha. Por fora eu vejo as mudanças acontecendo – o olho mais enrrugadinho quando eu sorrio, os primeiros fios de cabelo branco que se destacam, o cansaço depois de uma noite mal dormida... Mas por dentro eu me sinto a mesma: uma verdadeira criança, feliz e incansável. Então bate uma tristeza e um pavor essa coisa de passar da barreira dos “20 e poucos” para, enfim, pisar com os dois pés na chamada “vida adulta.” Enfim, aproveitei que nunca fiz uma grande festa de aniversário – nem nos meus 15 anos – para celebrar essas bodas de prata em grande estilo, e nesse post eu vou mostrar um pouquinho da minha comemoração – chamada “Quase 30 da Nicole.”

Minha ideia era não gastar muito (até porque eu nem estava podendo). Então passei horas pesquisando referências e coloquei a mão na massa para garimpar opções e fazer eu mesma a minha decoração. Uma festa barata, criativa e linda!

O convite. O bonequinho é EU! 

O tema da festa? Cores, dinossauros e unicórnios, óbvio. Um amigo meu fez o convite e a identidade visual da festa, com os personagens que eu acabei usando nos detalhes. Comprei bandejas, pratos e copos de cores diferentes, priorizando rosa, laranja e verde (uma festa discreta não seria uma festa com o selo Nicole de qualidade). Desenhei milhares de bolinhas e triângulos, que usei para decorar as paredes e o corrimão da escada que havia no espaço. Fiz um 25 enooooorme com cartolina de modelagem (é uma cartolina maior e mais durinha) e colei nos números retalhos de papel, de forma a criar um verdadeiro mosaico. Contei com a super ajuda da minha mãe, que recortou a maioria das ideias que eu tinha e me ajudou MUITO.  

A arte de não olhar pra foto... Domino. 




Comes e bebes: comprei algumas cervejas, refrigerantes, sucos e destilados para dar o start da festa. Fiz naquele esquema de “traga junto suas bebidas”, porque a sede dos meus amigos é infinita e meu dinheiro não daria conta. Para comer, risoles de frango e presunto & queijo, coxinhas (que eu AMO), bolinhas de queijo, cachorro-quente, brigadeiro, beijinho, torta... Fiz também uma mesa com guloseimas: balas, ursinhos com vodca, gelatinas de voda, pipoca salgada e doce (sem vodca), salgadinhos de pacote...

A festa estava cheias de plaquinhas divertidas... Tinha uma que dizia "não pegue a cerveja dos amigos". hahaha 




Um dos pontos altos da festa foi o momento em que estourei DOIS balões surpresas. Dentro deles, além de brinquedinhos e apitos, coloquei algumas "missões"... Tomar tequila, fazer novos amigos, elogiar as pessoas, tirar fotos no espelho... Foi bem legal ver a galera se esforçando para cumprir os desafios. Também levei pra festa uma arma de brinquedo - que era devidamente abastecida com tequila - e um capacete para colocar latas de cerveja, que comprei no Ali Express (melhor compra da vida).




Contratei um DJ – que por sorte é amigo meu e é muito talentoso – para animar a festa. Para as fotos, estipulei uma hashtag e pedi para todos usarem ela – as fotos espontâneas do Instagram sempre são muito mais legais que qualquer registro de fotógrafo. Aluguei um espaço bacana e pronto. Alguns dias corridos de preparativos, um sábado inteiro decorando, colando e me queimando com cola-quente e pronto.

Foi lindo, foi feliz, estava cheio, os amigos curtiram, eu amei. Tanto que perto das 6 horas da manhã eu, acabada, tive que dizer para os meus amigos: amo vocês, mas podem ir agora? HAHAHA sim.

Espero que gostem das fotos da festa... Ah, fiz um board no Pinterest com mil ideias e inspirações – que me ajudaram muito a montar a festa do jeito que eu sonhei. Sigam lá!

Beijos e até mais. ;) 

16 de ago. de 2014

voltei pra ficar, porque aqui é o meu lugar

Bati um recorde, gente. O recorde de “maior tempo sem aparecer pra dar satisfação no Blogando com Nicole!”. Na verdade eu estou fazendo graça para disfarçar a vergonha que eu estou sentindo. Porque sim, me sinto culpada. O blog é um hobby, uma diversão pra mim e pra vocês, mas nada no mundo justifica eu ter ficado longe por tanto tempo. Well, coisas da vida.

O que fiz ultimamente? Muita, muita coisa. Trabalhei muito, estudei muito (quase acabando a pós-graduação!), me diverti muito. Fiz 3 tatuagens, completei 25 anos, fiz uma festa de aniversário, me viciei em Hannibal, assisti todas as temporadas de Orange Is the New Black, comi sushi, aprendi a fazer minha própria pizza... 

Passou a Copa do Mundo, passou os barzinhos com estrangeiros e a Fifa Fan Fest, passou um ano da minha viagem a Buenos Aires... Fui a formaturas e aniversários, ao cinema, tomei muito chimarrão, vivi muito e escrevi pouco. Mas é preciso balancear as coisas – e eu sinto uma falta tremenda de contar coisas... E até andei escrevendo alguma coisa de ficção nos últimos dias, que eu vou postar quando tiver coragem.

Então, e vocês? Tudo certo por aí? Me contem o que andaram fazendo. Podem me xingar, é claro. E me lembrar de todos os posts que eu estou devendo, porque eu vou postar. PROMETO!

Beijo e até daqui a pouco! (:

5 de mai. de 2014

Dando o braço a torcer: estou gostando de pipoca doce

Vamos combinar: não é feio dar o braço a torcer, certo? É um ato que exige coragem e revela uma certa nobreza. Sim.  É preciso se livrar do orgulho para poder voltar atrás de algo que já foi dito. Daquilo que foi falado e, como é o meu caso, escrito. Porque hoje eu vou confessar: estou gostando de pipoca doce.

Já falei aqui no blog sobre como eu classifico as pessoas: as legais e aquelas que pedem pipoca doce no cinema. Sempre fui totalmente à favor da pipoca amanteigada e salgada, deixando às doces e carameladas nada mais que o meu desprezo. Ok, ainda não cheguei ao ponto de optar pelo milho com chocolate no cinema - ou, pior ainda: aqueles pacotes meio a meio (o horror, o horror). Mas dois episódios me deram um estalinho. Um momento “opa, tem algo diferente aí”.

Esses tempos fui até o Parque Farroupilha, também chamado Redenção, com algumas amigas. No meio da tarde, entre um chimarrão e outro, veio aquele cheirinho e pronto: eu precisava de um daqueles pacotes de pipoca melada com leite condensado. A salgadinha não tinha vez: era a doce e pronto. Comi feliz da vida, de lambuzar a mão, a cara, a roupa, etc. E tudo bem.

Outro dia, fui com outras amigas a um evento no shopping Bourbon Country. Logo depois do almoço, passamos ao lado de um quiosque chamado Gourmet Popcorn, com pacotes coloridos e pipocas de muitos sabores. Entre todas as opções, passando por parmesão e cheddar, acabei escolhendo doce de novo: lindas e coloridas pipocas de algodão doce. NÃO RESISTI. E digo mais: estavam ótimas.

Imagem da pipoca via Cinéfilos Famintos. Obviamente eu comi tudo antes de sequer registrar o momento. 

Esses dois fatos não aconteceram tão isoladamente assim: diferença de um mês, talvez dois. No máximo. O que prova que estou, aos poucos, cedendo. Será que os 25 anos que se aproximam estão me transformando em uma adulta zen ao invés da Nicole chata e rebelde de sempre? Veremos. Só sei que ontem eu comprei meu primeiro Renew e começo a me preocupar cada vez mais com a idade. E reclamar, é claro. O que talvez mostre que a história das pipocas é apenas uma coincidência. (Mas recomendo fortemente um passeio na Redenção pra comer a pipoquinha com leite condensado). ;)

7 de abr. de 2014

Problemas com o despertador

Tem acontecido com cada vez mais frequência: o despertador toca de manhã cedo e eu não me dou conta que é o celular que está apitando com aquele barulho horrível. E ele segue tocando e tocando e tocando e tocando, enquanto o som sempre é incorporado ao que eu estou sonhando no momento.

Geralmente no sonho eu:
a) Fico super indignada com o alarme de um carro que não para nunca;
b) Acho que é um caminhão de bombeiros que vem vindo;
c) Estou andando pela rua e fico olhando para todos os lados, em busca do som misterioso;
d) Pergunto para as pessoas que estão por perto no sonho “gente, que barulho é esse?”.

Minha cabeça fica criando mil ilusões, enquanto o certo seria acordar e desligar o aparelho – ou ao menos colocar no soneca, para mais uns 5 ou 35 minutos de repouso complementar.



É como no inverno, quando sinto frio no meio da noite e SONHO que levantei para pegar um cobertor, quando na realidade eu continuei deitada e, claro, congelando.

E o pior é que não é nem uma música que toca. É aquele PÉ PÉ PÉ PÉ PÉ de despertador mesmo, que fica tocando uns bons 10 minutos antes de desativar essa merda. Na verdade eu até costumava colocar músicas para despertar, mas daí não podia ouvir elas fora do contexto de acordar – me dava uma tristeza no coração. Sério, sair da cama é, talvez, uma das partes mais traumatizantes de um dia. O relacionamento que temos com nossos travesseiros é mais sincero e verdadeiro que muito namoro que já vi por aí. E então quando aquela música tocava, AFF, o horror o horror.

Outras situações costumam acontecer.
a) Eu pego o celular no lado da cama e fico olhando para ele, sem entender o que se passa. PÉ PÉ PÉ PÉ PÉ.
b) Eu acordo com a mão dormente e simplesmente não consigo deslizar os dedos no visor para desativar o despertador. PÉ PÉ PÉ PÉ PÉ PÉ PÉ PÉ PÉ

Ou, o que aconteceu hoje: eu desligo o despertador como se nada estivesse acontecendo, volto a dormir e acordo completamente atrasada para ir trabalhar.


Preciso seriamente de uma cura pra isso. Aliás, acontece com vocês também? 

1 de abr. de 2014

O drama do show do Roupa Nova

Deve ser a vigésima nova vez que o Roupa Nova vem se apresentar aqui no teatro da cidade e eu fico numa vontade absurda de ir. Mas sempre que eu via os anúncios coledos pela universidade, espalhados pela internet, postados no Facebook, ficava com o seguinte pensamento na cabeça:
- Poxa, que pena que eu não posso ir nesse show. É meio brega, né?

Mesmo assim, dei uma pesquisada nos preços de ingressos e catei o álbum completo do show acústico. Queria dizer pra mim mesma que não gostava tanto assim, que era só uma música e outra... Mas daí tive que ouvir meu coração. Tive que admitir. Tive que parar com isso de me enganar quando percebi que cantava todas as músicas com muita emoção. É uma breguice que me cativa: fala de sentimento, de amor, de coração partido, de saudades do passado... É tão bom! E olha que nem comecei a falar sobre meu amor por Whisky a Gogo e sobre todos os karaokês que cantei essa música.

Enfim.

Então sábado eu fui num churrasquinho com meus amigos. Estava um pouco embriagada e comecei a resmungar sobre como eu adoraria ir no show do Roupa Nova, que eu sabia todas as músicas (até cantei algumas) e tal. E um amigo meu disse:

- Mas por que tu não vai?
- Eu... Hm...

Não soube responder. Porque é brega? Gostos são gostos. Porque não é muito barato? Tem coisas que valem o preço. E aí, porque eu não ia no show?

Resolvi que seria muito, muito legal ir. Então eu precisava ter uma companhia. Sou do tipo que precisa se comunicar até dentro do cinema – cutuco a pessoa do lado, fazendo tipo “viu isso? Viu isso?” mesmo sendo óbvio que a pessoa viu. Para assistir a um show não seria diferente.

E daí vinha a questão: quem no mundo gostaria de ir ao show do Roupa Nova? Comigo?

As minhas colegas de trabalho falaram que as mães delas super iriam. As mães, não elas. Até considerei. Até que no final do dia conversei com minha tia  - que é mais que tia, é mãe-irmã-amiga – e descobri que ela também gostaria de ir. Já estava fazendo mil planos até que ela, dirigindo, disse:

- Pena que os ingressos baratos esgotaram, né? Só tem mais os de R$150,00.

Eu, depois de descobrir que os ingressos para o show custam 150 reais. 

Cara, é tanto drama que até parece fake, mas é sério.

Sinto muito, mas meu amor pelo Roupa Nova não vale R$150,00.

E agora, o que você vai fazer, Nicole?


Esperar pela trigésima vez que o Roupa Nova vier se apresentar no teatro aqui da cidade. E ser esperta para comprar logo os ingressos de 50 dilmas. 

Dona desses traiçoeiros...

Sonhos sempre verdadeiros
Não há pedra em teu caminho
Não há ondas no teu mar
Não há vento ou tempestade
Que te impeçam de voar

31 de mar. de 2014

Fruta não é sobremesa

Se tem uma coisa que deixa o meu coração com muita tristeza é ver um buffet de sobremesas tomado por pilhas de frutas. Na minha concepção, não sei se vocês concordam comigo, sobremesa remete a musse de chocolate, torta de bolacha, pudim de leite condensado. Coisas calóricas, gordurosas, que a gente come com uma colherzinha e saboreando cada momento – quase como se fosse um pequeno pecado. Nada corta mais o meu barato do que chegar nessa hora feliz, de deleite, e ver cachos de uvas, pedaços de kiwis, laranja picada com canela. Nada me deixa mais boladona do que ver pilhas de frutas cortadas em formatos artísticos - e só um musse de baunilha baixo astral do lado.

Eu quando encontro um buffet de sobremesas que só tem frutas. 

Eu acredito que cada coisa tem sua hora certa. Portanto, não vamos confundir as refeições, por favor. Café da manhã tem aveia, almoço tem arroz, sobremesa tem DOCE e frutas vem no meio disso tudo. As únicas exceções válidas quando o assunto são "comidas em horas erradas" são:

a) quando você come pizza fria no café da manhã;
b) quando você acorda tarde no domingo e o almoço acaba sendo o seu café da manhã;
c) quando você passa a tarde toda do domingo comendo, e o lanche meio que se mistura com a janta, a ceia – e se bobear, o almoço também;
d) quando você come coxinhas de frango com catupiry ao invés de frutas no meio da tarde (só de vez em quando, ok? Acho que é uma causa nobre).

Não estou dizendo que eu sou uma junky maluca. Eu procuro levar uma vida saudável. Como arroz integral de segunda a sexta, mesmo detestando cada garfada. Tomo refrigerante só aos finais de semana, evito gorduras, coloco saladas coloridas no prato. E, em alguns dias, dou pra mim mesma de presente o direito de comer um docinho logo depois do almoço. É errado, por acaso? – eu pergunto. Não, não é mesmo, Nicole! – eu mesma respondo.

Então porque diabos uma pessoa aproveita a hora mágica da sobremesa pra pegar um pedaço de mamão?

Se eu já fico chateada quando vejo alguém pegando gelatina na sobremesa, imagina quando a pessoa se serve com BANANA?

Únicas frutas permitidas quando o assunto é sobremesa:
- morangos. Cobertos com brigadeiro.
- abacaxi. Caramelado e com uma calda espessa de açúcar.
-
Não lembrei mais nenhuma, mas a lógica é essa: fruta + complemento DOCE e CALÓRICO.

Preciso deixar claro que eu como frutas sim, todos os dias. Mais que uma opção, até. Mas 
na
sobremesa
não. 

Será que só eu penso isso?

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Talvez sim. Mas tudo bem.

Fiquem à vontade com as frutinhas do buffet. Sobra mais sagu pra mim. ;)

30 de mar. de 2014

Buenos Aires: dúvidas e dicas iniciais para quem quer viajar

Já faz tempo que estou devendo posts sobre minha viagem a Buenos Aires aqui no blog. Tenho recebido dezenas de pedidos de dicas e ajuda para quem vai conhecer a capital portenha pela primeira vez. Nada melhor do que tomar vergonha na cara e compartilhar publicamente os conhecimentos que tenho, não é mesmo?

Antes de começar de fato, vale lembrar o que já foi postado aqui:

E vale lembrar, também, que as minhas dicas são baseadas nas experiências que eu tive e no que aprendi na minha viagem, que fiz com mais duas amigas em julho do ano passado.

Enfim, começando pelo começo: na minha opinião, a época mais legal para ir para Buenos é no inverno. O lugar é um charme, uns até chamam de “Europa da América Latina”, então o frio deixa tudo mais bonito. Porém, é preciso ir preparado com casacos quentinhos, luvas e até gorros – o vento castiga quando você está pela rua, já as lojas são todas climatizadas.... É um tira e põe de casaco, mas faz parte.

Casaco grosso, luvas, lenço no pescoço e protetores nas orelhas: o vento é gelado nas ruas de Buenos Aires

Como ir? Bom, há quem prefira catar promoções de passagens pela internet e se hospedar em hostels – tem muitos por lá e dizem que os preços são bem camaradas. Eu, porém, fiz diferente: comprei, com antecedência, um pacote de viagens na CVC. Dessa forma, pude escolher exatamente o dia que queria ir e voltar (eu e uma amiga queríamos comemorar nossos aniversários lá, então o período estava friamente calculado).

Além disso, preferimos nos hospedar em um hotel. Passávamos o dia todo andando de um lado para o outro, pegando trens, perambulando por lojinhas e museus... Quando chegávamos no hotel, não tinha nenhum esquema de banheiro coletivo, de quarto com muitas pessoas, etc etc. Ficamos em um quarto triplo no Hotel D’artist, que fica no Centro, próximo ao Obelisco. A estrutura era muito boa, toda a equipe era muito simpática e solícita, nosso banheiro tinha uma banheira e o café da manha tinha croissants incríveis (que lá eles chamam de medialuna).

O hotel em que ficamos era lindo, cheiroso (sério) e tudo de bom. Quarto climatizado - e tinha até uma banheira. 

Escolhemos ir pela CVC pelo fato de sermos inexperientes em viagens internacionais desacompanhadas (até brinquei que não ia nenhum “adulto” com a gente, mesmo todas nós tendo 24 anos). Quando chegamos na Argentina, tinha pessoas esperando pela gente, que nos levaram ao hotel e ainda nos mostraram algumas coisas da cidade. Mesma coisa no dia de voltar: na hora marcada, apareceram no hotel e ainda carregaram as nossas malas para dentro da van. Outras coisas legais da CVC: é possível pagar a viagem em 10 vezes, o nosso pacote contava com um city tour (conto no outro post) e o guia aparecia todos os dias de noite no hotel – era possível tirar dúvidas com ele e trocar reais por pesos.

No próximo post sobre Buenos Aires eu vou falar sobre o roteiro que fizemos por lá: os lugares que conhecemos, os bairros por onde passamos e como nos locomovemos por lá. Mas, de antemão, já deixo a dica: compre um guia já aqui no Brasil. Leia antes, veja as imagens e lugares que agradam. Anote os endereços e horários de funcionamento. Eu comprei o guia da Viaje Mais. Ele veio com um mapa que foi ESSENCIAL na viagem. Sério, tenha um mapa. Esse é o principal conselho desse post – quiçá de toda a vida.

Mapa de Buenos Aires: você precisa ter um.

Até a próxima! 

18 de mar. de 2014

20 momentos da festa de sábado

- Vou ir embora pouco depois da sobremesa. Preciso acordar às 6h amanhã!

- Hmmm, que delícia esse pudim. Vou pegar mais um pedacinho pequeno.

- Tem muita espuma na minha cerveja!

- Fotos? Sim, mais fotos! E mais cerveja!

- Porra, meu cílio postiço caiu! Aff.

- É cedo ainda, né? À 1 eu vou embora.

- Não tem quase ninguém na pista. VAMO!  



- Cadê meu copo? Tinha certeza que estava aqui.

- Acabei de arrancar meu outro cílio.

- Xó mais 15 minutos e eu vou pra casa.



- Parabénssss Leonarrrdo se formar é muiiita felicidadeee!

- Eu não sei a coreografia de Lepo Lepo. Me mostra!

- Garxom, dixxxculpa, mas eu perdi meu copo. Poxo ter outo pufavô?

- ÓLHA MINHA COROA DE PRINXESAAAAA! LIIIIINDA!

- XEU DJ, TOCA RAGATANGA! SOM NA CAIXXXA!

- AMO VCX MIGAS. VAMU DANXÁ MAIXX!

- XÓ MAIS ESSA E EU VOU PRA CAJA.

- Naum cusigo levantar vou ficar sentada aqui pa sempi.




- XAU XAU AGORA EU VOU IMBORA. SÓ VOU MI DISPIDIR.

- XAU DE NOVO, AGORA TÔU INDO MEXMO. 


Então, em algum momento entre as 3 e as 4 da manhã eu cheguei em casa. E sim, acordei às 6 no outro dia. 

25 de fev. de 2014

Bolinha verde do chat do Facebook

Sento em frente do computador e lá está você, por trás daquela bolinha verde do chat do Facebook. Gosto de pensar que você está em casa, no sofá. Com um cachorro deitado perto e uma xícara de café esfriando do lado – assim como eu, você também gosta da bebida.

Penso em te chamar. Clico na janelinha e resolvo deixar pra lá. Dizer um oi não basta quando a vontade é maior. É de correr na chuva junto, um rindo da cara do outro. É te dizer todas as coisas que sempre tive vontade, e perguntar tudo o que eu sempre quis saber. Já chorou com algum filme? O que tu quer fazer daqui um ano? E três? E vinte? Já se perdeu no meio do shopping? E quando vejo, perdida estou eu me lembrando dos seus olhos.

Quero sair por aí sem avisar, com você como meu copiloto – porque nos sonhos sou eu que dirijo sempre. Quero desenhar sorrisos nos teus joelhos, pra gente dizer que é o Ozzy Osbourne e não está sozinho nunca. Quero descobrir onde você sente cócegas, por mais que você diga que não sente nadinha. Te fazer ver que as coisas podem ser boas e que a gente não precisa ter medo de arriscar. Tanta coisa se ao menos tudo fosse diferente de como está.


Só que daí eu lembro que nada disso vai acontecer enquanto você continuar sendo apenas essa bolinha verde no meu chat do Facebook.

4 de fev. de 2014

Todas as coisas que os bancos deveriam oferecer para as pessoas que estão esperando por atendimento

Não costumo ir muito ao banco – o que é bom, já que eu acho um saco toda aquela função para passar pela porta giratória:

Coloca o celular na caixinha. Tenta passar e a porta trava. Volta, tira as chaves da bolsa. Tenta passar e a porta trava. Volta, tira umas moedas de um centavo que estão soltas, assim como a carteira e uns grampos de cabelo. Tenta passar e a porta trava. Volta, coloca na caixinha as barras de cereal e o livro do Nicholas Sparks que você está lendo. Tenta passar e a porta trava. Volta, tira toda a roupa. Tenta passar e a porta trava. E assim ao infinito, até que você faz cara de louca para o guardinha que fica lá dentro (intimamente rindo de você, óbvio), que faz com que a porta destrave.


Costumo resolver meus assuntos financeiros - cof cof – pelo caixa eletrônico ou pela internet. Mas esses dias, devido a uma conta atrasada, tive que encarar a porta giratória (consegui passar de primeira!!), pegar uma ficha e esperar para ser atendida. E esperar. E esperar. Nunca havia ido a uma agência do HSBC – e agora eu fico super feliz por nunca ter tido essa experiência antes. Como eu não sou cliente do banco, não tinha nenhuma preferência de atendimento, por isso os idosos e correntistas eram chamados antes. Ok, isso eu entendo. Mas ter que ficar DUAS HORAS sentada esperando por um atendimento de 1 minuto é algo que não, eu não entendo. Perdi todo meu horário de almoço e mais uma parte da tarde esperando pra pagar uma simples continha da faculdade. 

Mas como eu sempre procuro enxergar as coisas pelo lado bom – por mais que eu adore ficar praguejando e reclamando – aproveitei o tempo ocioso naquele gelado ar condicionado para ler um livro. Só que eu já estava terminando a leitura, então o livro já não era uma opção em menos de 10 minutos. Então comecei a ficar com frio e fome. Provavelmente alucinando, abri o bloco de notas do celular e comecei a listar todas as coisas que os bancos deveriam oferecer para as pessoas que estão esperando por atendimento. Vou reescrever do jeito que anotei. Prepare-se. 

20 minutos de espera.
Café.  Wifi liberada e boa. Livros e revistas. 

1 hora de espera.
Rissoles, croissants doces e salgados. Opções de sucos. Pantufa. Manicure. 

Quase duas horas de espera.
Dentista. Avaliação capilar. Esteira. Plataforma vibratória.

Mais de duas horas de espera.
Jogos e dinâmicas de grupo. Um personal stylist para dar dicas de moda para as pessoas. Cachorrinhos e porquinhos em miniatura. Um cara fazendo stand up comedy. 

Então, quando minhas ideias começavam a ficar cada vez mais mirabolantes, foi minha vez de ser atendida. Soltei um sonoro ALELUIA, o que provocou risos nos meus colegas de infortúnio. A moça que me atendeu nem olhou nos meus olhos. Vaca. Com certeza ela seria mais feliz se porquinhos em miniatura corressem contentes pelo saguão do banco. 

6 de jan. de 2014

Das lágrimas no ano novo

Já fazem 3 anos que eu choro ao ver os fogos de artifício na virada do ano. Talvez a idade esteja me tornando cada vez mais emotiva, ou seja efeito das doses alcoólicas consumidas, cada vez um tiquinho maiores. Seja como for, o céu pintado pelas cores e explosões tem estranho efeito sobre mim.



Gostaria de poder sair do meu corpo e observar eu mesma naqueles dez, quinze minutos iniciais de um ano novo. O rosto em um misto de alegria, surpresa e saudade. Os olhos refletindo aquilo que acontece naquele mar azul marinho e pontilhado de estrelas. As lágrimas levando embora a maquiagem feita com esmero para celebrar mais um réveillon.

Passa um filme na cabeça. É como se estivessem subindo os créditos de um roteiro que gostei muito, ao mesmo tempo em que são apresentadas cenas novas em folha, repletas de possibilidades. Frio na barriga. A atriz principal seca as lágrimas, toma um gole de espumante, coloca um sorriso no rosto e diz:

- Vamos lá pular as ondas?


E assim segue, com o enredo que deve ter.