23 de jul. de 2012

o começo de alguma coisa

Anna puxou as mangas para cima e secou uma lágrima que escorria pela bochecha. Ela vertia não em função de uma tristeza momentânea, e sim devido a uma cebola especialmente grande que estava sendo descascada. Com uma curiosa sensação de prazer, Anna colocou a cebola sobre a pia e cortou-a ao meio em uma facada só. Pedaços pequenos foram picados e, então, jogados na frigideira quente. Em seguida, tomates gordos foram fazer companhia para as cebolas que chiavam. Da geladeira veio uma garrafa de vinho. Anna encheu uma taça e tomou metade dela em um gole só. A outra metade foi jorrada para a mistura vermelha, que começava a se tornar um molho.

O aroma na cozinha se tornava cada vez mais interessante. Senhor Minkos, o gato, veio da sala fingindo desinteresse, mas dando olhadas furtivas para cima do fogão. Anna enxotou ele com o pé, enquanto enchia outra panela com água e colocava sob o fogo. Deu uma mexida na panela dos tomates e experimentou um pouco. Colocou uma pitada de sal e experimentou de novo. Ótimo.

Jogou uma porção de espaguete na água que fervia e pegou no armário sua louça mais bonita. Colocou na mesa um prato, um garfo e uma faca. Escorreu a massa, jogou o molho por cima. Sentou à mesa com a taça de vinho e começou a comer. Nada mal para uma noite de segunda-feira, pensou, satisfeita.

1 de jul. de 2012

I’m back (but not in black)


Será que meus 3 leitores ainda lembram de mim e acessam esse espaço? Ou se acostumaram com minha ausência e deixaram o Blogando juntar poeira? Pode ter acontecido. Tenho que admitir que nesses últimos tempos estive mais relapsa do que nunca. Mas, o semestre acabou. E, para parafrasear o AC/DC, yes I’m back (but not in black).



Por mais que esse semestre tenha sido uma correria sem fim – somado aos trabalhos em grupo onde acabei abraçando a maior parte da tarefa, tenho que dizer que foi bastante proveitoso. Ok, eu praguejei muito, virei madrugadas na frente do brilho doentio do computador, chorei, briguei, pedi desculpas, pensei em desistir. Mas aprendi muuuito.

Diagramei e desenvolvi uma revista para iPad. Visitei uma comunidade indígena e conheci uma cultura completamente diferente da minha. Na falta de transporte, fui caminhando até a universidade num sábado de manhã. Levou mais de uma hora e me deu uma bolha em cada pé. Apresentei um teatro na linguagem brasileira dos sinais. Debati sobre animais abandonados e criei um plano de comunicação para uma ONG. E ainda, para fechar com chave de ouro, terminei o projeto da minha monografia e passei com uma nota maravilhosa.

Agora eu estou, teoricamente, de férias. Teoricamente porque já estou louca pra colocar a mão no tal do TCC e terminar esse famigerado antes que ele acabe com a minha vida social, minha vida bloguística, minha vida profissional, minha vida amorosa e todas as outras vidas que eu tenho.

Quem vai vencer essa batalha? Veremos nos próximos capítulos!