2 de mai. de 2012

entardecer do feriado


O dia vinha chegando ao fim, trazendo no céu as cores características que surgem um pouco antes do anoitecer. A palheta era bonita e delicada. Abri o cadeado de ferro e saímos com o cachorro para passear. Ele e o cão saíram andando e eu parei. A cena daqueles dois pintados pelo final da tarde era tão bonita que eu não resisti: interrompi o passo no meio da rua e fotografei os dois caminhando em direção ao horizonte. 

Ele me esperou. Enganchei no braço dele, escondi minha mão gelada na dobra do casaco e continuamos o passeio. As pedras irregulares da calçada faziam eu prestar atenção em onde colocava minhas botinhas marrons. Chegamos em uma pracinha, sentamos no balanço. Em silêncio, o balanço ia e voltava. Só se ouvia o ranger das correntes, a criança que chutava uma bola ali perto e o choro baixinho do cachorro, que queria passear mais. 

Saímos daquele clima relaxado e seguimos em frente. Paramos perto de uma pilha de lenhas, em um lugar que dava para ver a cidade inteira. O crepúsculo havia chegado, afinal, e as primeiras luzes começavam a se acender, prontas para a escuridão que se anunciava. Tiramos fotos e observamos tudo ao redor. Aquele momento era único, aquele entardecer não deveria ter fim. 

Mas cada vez ficava mais escuro, e o frio vinha sem trégua. Voltamos a passos lentos para casa, falando com vozes grossas e rindo de coisas só nossas. Quase de volta ao cadeado de ferro, eu apertei a mão dele com mais força. Tudo estava do jeito que deveria estar.

2 comentários:

  1. Nicole, neste post vc se superou, de verdade!
    Foi o mais lindo que já li no teu blog :)

    go go go!

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  2. Concordo total com a Taís. Mais e mais Nicoles apaixonadasssss please :DDD
    Beijos.

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