22 de abr. de 2012

da vida – e sobre morder ela com vontade



Algumas coisas nos fazem perceber que a vida é um sopro. Que num momento nós estamos aqui, felizes – ou infelizes por coisa pequena (ah, o tempo que perdemos com isso...), e no outro podemos não estar mais. E isso pode acontecer também com as pessoas que amamos.

O irmão do meu vizinho estacionou o carro para se proteger de uma chuva, lá em Porto Alegre. Então um outdoor caiu encima do carro e ele morreu. Uma amiga de um amigo foi atropelada e passou, na hora, para “o outro lado”. Um cara que encenou um teatro de A Paixão de Cristo puxou a corda errada e acabou morrendo enforcado. A moça do livro que comecei a ler essa semana (e por isso que pensei em escrever esse post) perdeu o marido em um estúpido acidente de trânsito.

São coisas assim. Não têm hora pra acontecer, não avisam, não são possíveis de adivinhar. Simplesmente acontecem, por um motivo ou por outro. E isso me dá um calafrio. E uma vontade de viver tudo. Agora, já, nesse momento.

Sabe aquela história de morder a vida? É isso que deveríamos fazer diariamente. Agradecer por mais um dia, ser legal com as pessoas, amar todas como se fosse o último dia. Rir, dancar. Reclamar menos dos empregos e do arroz duro do restaurante. Aceitar as pessoas do jeito que são. Deixar de fazer tantos planos para aproveitar mais o que temos aqui. O presente. É, é um presente mesmo. Vamos deixar de adiar as coisas e fazer tudo aquilo que a gente não faz por medo. Vamos fazer tudo como se não houvesse amanhã, como se fosse a última chance. Porque, invariavelmente, alguma hora vai acabar sendo.

Um incentivo para alegrar o final do domingo, que sempre tende a ser meio deprê. Que a semana seja ótima para todos nós! 

2 comentários:

  1. "Vamos comer patê como se não houvesse amanhã"... nunca vou esquecer essa tua frase. hahahahaha
    É, temos que morder a vida com vontade.

    Beijos

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  2. Te falar que eu pensei nisso essa semana vendo Titanic no cinema (SOU UM CLICHÊ, EU SEI hahaha). Mas enfim, fiquei pensando sobre mil coisas, sobre todas as pessoas que eu preferiria morrer no lugar a deixar congelando segurando minha portinha. Dá vontade de sair e aproveitar tudo mesmo, sem tempo pra pensar.

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