26 de fev. de 2012

asteriscos aleatórios

Então eu prometi que em 2012 ia postar com mais frequência, mas acabei me ausentando por mais tempo que devia aqui no blog. Peço desculpas se decepcionei meus 3 leitores. Estou de volta – eu acho.

ACHO mesmo, porque começam minhas aulas. Foi bem assim: do feriadão de Carnaval direto para a sala de aula. Obrigada, Feevale, por encher de encanto a minha quarta-feira de cinzas. Enfim. Tem muita coisa acontecendo. Vou contar algumas em partes, em asteriscos aleatórios. Vem gente!

* Descobri – e me indignei ao descobrir – que band-aid é uma coisa cara. Eu nunca havia comprado isso antes, mas a necessidade falou mais alto. E isso me obriga a contar pra vocês que a marca que eu tinha no braço não era, na verdade, uma picada de aranha: era uma queimadura com limão. Sabe quando você está na praia, faz caipirinha, não lava os bracinhos e sai pro sol? É, foi o que aconteceu. Eu sou uma dramática sem noção? SOU. Eu fiz um post kind of mentiroso aqui no blog? SIM. Fiz um puta drama e tudo não passava de uma queimadura. Desculpaê. Mas, o que eu tava falando mesmo? Ah, sim, band-aids. Agora eu tenho que cuidar muito bem dessa queimadura, porque ela descascou e está meio que em ~carne viva~. Não pode pegar sol e tem que estar sempre com pomadinha e tal. E então preciso colar um band-aid encima. Pensei que combinaria comigo um daqueles curativos coloridinhos, de princesas ou de Smurfs ou de sei lá o que. Na minha cabeça eu já ostentava um band-aid cor de rosa com roxo. Coisa mais querida. Só que a realidade sambou na minha cara. Cheguei na farmácia e vi que a caixinha com 25 curativos da Hello Kitty custava quase 8 reais. QUASE. 8. REAIS. Fiquei puta da vida e acabei comprando uma caixa daqueles “cor de pele” mesmo, mega sem graça. Por que isso é tão caro? É tipo um adesivo, não tem nada de especial! Pois é, a vida não é justa.

* Fui numa festa de quinze anos na semana passada. Faziam pelo menos uns 4 anos que eu não ia em uma. Mas, no geral, continua a mesma coisa. Geralmente você (eu) já chega (sempre chego) com fome e fica se digerindo internamente enquanto a aniversariante chega, dança valsa com uns 50 pessoas, tira foto, fala no microfone. Daí, quando chega a hora da comida, você tem vontade de ajoelhar e agradecer aos céus. Essa festa que eu fui teve o bônus do anonimato. Como a festa era de alguém da família do meu namorado, eu não conhecia as pessoas – e elas também não me conheciam. Comi massa carbonara como se não houvesse amanhã, me joguei em todos os docinhos que tinham cerejas gordas e suculentas, bebi champanhe e até dancei na pista as coreografias que embalaram minhas festinhas legais dos anos 90. Ainda tirei foto com a menina e levei pra casa doces e lembrancinhas. Quero ir numa festa de 15 todos os finais de semana! :)

* Acho que estou virando adulta. Ontem entrei numa loja de objetos para casa e quase, eu disse QUASE, comprei um batedor de ovos. Você leu direito. Eu, que mando na cozinha no máaaaximo um strogonoff mediano e uma massa com molho de nata, morri de amores por um batedor de ovos. Mas gente, a base dele era uma cabeça de porquinho! Se vocês vissem iam amar também, com certeza. Olha só que amor:

Na verdade, tô pensando nele agora e estou meio triste por não ter comprado. Só que eu ando meio pobre e se eu comprasse ele não teria dinheiro para sobreviver até o próximo pagamento. Então, numa atitude muito madura, abri mão do tal do batedor. Fica pra próxima. :(

* Na grade curricular do meu curso de jornalismo existem 4 disciplinas que são chamadas “Optativas”. Ou seja, entre uma pequena lista de disciplinas disponíveis, eu poderia OPTAR por 4 que mais me agradassem. E então esse semestre eu resolvi estudar libras. A linguagem brasileira dos sinais, sabem? Usada pelos surdos e mudos e tal. A aula começou na quarta-feira. Já aprendi o alfabeto e coisas básicas como “eu te amo”, “meu nome é”, bom dia, boa tarde, boa noite e boa semana. O mais bacana é que a professora é surda! Então vamos aprender com quem usa as libras por necessidade MESMO. Acho que vou ter muito pra contar sobre isso ao longo do semestre. Fiquem ligados!

*Nossa, já escrevi tanto. Acho que agora posso ficar mais umas 5 semanas sem aparecer por aqui, né gente? NÉ GENTE?

silêncio na sala


9 de fev. de 2012

a picada da aranha

Oi, meu nome é Nicole e eu fui picada por uma aranha. Na verdade, esse é o diagnóstico que eu dei ao me dar conta de que tinha no braço esquerdo uma marca grande, vermelha e cheia de bolinhas de água. “Mas daonde você sabe o que são essas suas feridas, Nicole? Você, por acaso, estuda medicina?”. Não, gente. Eu dei esse diagnóstico porque já havia sido picada por uma aranha em outra ocasião – mas, daquela vez, a ferida estava no meu rosto. Éeee, amigos. Como eu sei que poderia ser bem pior, não entrei em pânico nem nada. Até porque a ferida não dói – é apenas uma coisa feia pra caralh*.

Não, eu não sei quando eu fui picada por uma aranha. Eu não vi. Deve ter sido quando eu dormi na praia com a varanda aberta. Ou quando eu pulei na piscina meio fria e sujinha, de roupa e tudo. Ou quando, sei lá, em algum momento isso deve ter acontecido. Eu só me dei conta de que algo estava estranho quando vi a ferida.

Só que isso não me impede de pagar de sofredora e fazer um pequeno drama. Essa dramatização dos pequenos acontecimentos da vida real torna as coisas mais interessantes, numa vibe novela-mexicana-do-SBT.

Aconteceu ontem. Entrei numa outra sala aqui na agência e disse dramaticamente para a colega V.B.*, 27 anos:

- V!!!!!!! Olha só. Fui PICADA por uma ARANHA! – mostrei pra ela meu braço num gesto corajoso.

- MEUDEUS, Nicole, que horror! – ela disse, horrorizada.

- É, né? – eu disse, rindo.

- NOSSA! Mas o que tu tá fazendo? Dói?

- É... Não, não dói não. Tô passando pomada e tal. Eu vou sobreviver.

Minha família também já está cansada de ter que olhar pra essa mancha no meu braço e ter que ouvir um “olha que horror essa PICADA DE ARANHA”. Até meu namorado, que está lá em São Paulo na Campus Party, teve que ouvir no telefone um “fui picada por uma aranha!!11!!!”.

Mas calma, gente. Na verdade nem tá tão feio assim, eu estou exagerando. Estou tirando fotos pra perceber a cura com o passar do tempo, mas não trouxe nenhum cabo para passar elas pro computador hoje. Vou mostrar aqui quando der – e eu lembrar. Mas, aqui vai a dica: NÃO JOGUEM “picada de aranha” no Google Images. As que estão lá são horríveis, de embrulhar o estômago – e a feridinha que eu tenho no braço não chega nem perto de nenhuma delas.

Tá, vou nessa. E, não se preocupem: eu vou sobreviver.

* Os nomes foram guardados para manter a privacidade dos indivíduos. TÁ, MENTIRA. Achei engraçado demais colocar V.B., como se fosse uma PÁGINA POLICIAL ou algo do tipo. UAHUEHAUIHEIAUHEIUA

1 de fev. de 2012

o causa da torta martha rocha

Algumas pessoas amam entrar em lojas de eletrônicos. Outros namoram prateleiras de acessórios, bijuterias, joias e afins. Há quem passe um tempo em lojas de departamento. Eu amo farmácias, livrarias e padarias.

Já falei de farmácias aqui, e livrarias são verdadeiros santuários para as pessoas que gostam de ler. Mas padarias... ah, as padarias. Quando minha mãe me dá dois pila reais e pede pra eu ir lá comprar uns 6 cacetinhos pãezinhos, vou com prazer.

E nem é tanto a parte da comida deliciosa. Eu gosto de todas as sensações que a padaria tem. O visual. Adoro ver os balcões cheios de croissants e biscoitos com gotas enormes de chocolate, cucas e doces com frutas, tortas com milhares de camadas de mousses e merengues, tortinhas pequenas de limão, cupcakes com cerejas brilhosas na ponta. E adoro observar as pessoas que estão na padaria, ver o que elas estão levando para a hora do café da tarde, da janta. Gente que compra um pãozinho só, gente que pede 50 pasteizinhos de frango, gente que só entra pra comprar bala ou picolé. Esperando pela minha vez, fico olhando as pessoas e suas peculiaridades, enquanto fico inebriada por todos aqueles cheiros - pão e bolo assando, café fresquinho, suco de fruta... Ficar parado na fila é um pequeno momento feliz.

Tá, confesso, a parte das comidas deliciosas é muito atraente também. Como boa gorda safada que sou, adoro ir até a padaria com minhas amigas, minha família ou meu namorado. Adoro comer pão de queijo e tomar suco de laranja, e sentar num daqueles balcões altos. E, é claro, ficar observando o que as outras pessoas pedem e comem.

Só que numa dessas, algo POLÊMICO aconteceu. Eu guardei tudo isso pra mim por muito tempo, mas hoje resolvi falar. É. Todo esse texto enorme foi uma forma saudosa de introduzir o objeto de desgosto desse post: a tal da torta Martha Rocha. Não sei se é só por aqui que temos essa torta. Enfim. Dei uma rápida pesquisada e o Google me deu essa dica:

- A torta Marta Rocha foi criada por doceiras gaúchas em homenagem a Miss Brasil 1954, vice Miss Universo Maria Martha Hacker Rocha, que apesar de baiana é muito querida no sul. –

Não sei como funciona nos outros Estados, mas as tortas aqui no Rio Grande do Sul não costumam ser apenas umas camadas de pão de ló e glacê e suspiro. Não: elas têm camadas de brigadeiro, de merengue, de doce de leite, de mousses fofinhos, de bombom. Tudo uma delícia. Menos a Martha Rocha, que eu acho torta de tia velha – ela tem NOZES e FIOS DE OVOS e damascos e sei lá mais o que. Quem é que escolhe nozes e fios de ovos quando pode escolher brigadeiro e doce de leite? Uma amiga minha escolhe.

Esses tempos saí com pessoas amigas para comer um lanchinho da tarde da padaria. Eu estava ali, decidindo entre um sonho e um folhado e uma mini pizza, quando uma delas, não vou citar nomes, disse:

- Eu vou querer uma fatia de Martha Rocha.

Minha expressão foi tipo:



Como assim, cara? Uma pessoa tão jovem? Uma pessoa tão próxima? Uma pessoa que eu gosto tanto assim, TRAINDO O MOVIMENTO!!!1!!!!! Isso definitivamente entra para aquela lista das coisas que talvez, um dia, eu vou entender.
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- O que tu acha de pessoas que escolhem torta Martha Rocha, pai?
- Gostos são gostos, já dizia uma velhota lambendo sabão.