31 de out. de 2011

20 dias 20 posts - 13: dilemas éticos em walking dead

Eles eram um casal apaixonado. Ele loiro, forte, de olhos claros, xerife da cidade. Ela uma mulher magra, interessante, de cabelos pretos e olhos azuis. Juntos tinham um filho esperto e corajoso. Tudo ia muito bem, até que aconteceu. A vida aconteceu, de maneira estranha e sem explicação. Ele foi baleado. A epidemia começou. As pessoas começaram a virar zumbi. Ele foi deixado em um quarto de hospital, dado como morto.

Ela procurou consolo nos braços de outro. O outro também acreditava que ele estava morto. Mas ele não estava morto. Ele voltou. Ela voltou para ele. Ele não sabia o que havia acontecido com o segundo. O segundo aguentou em silêncio. Ela escondeu.

Esse é o enredo de uma das partes de Walking Dead, a traminha que envolve o xerife Rick, sua esposa Lori e o também policial Shane. Rick foi dado como morto, Lori se envolveu com Shane. Rick voltou, Lori esqueceu Shane e voltou para Rick.

E então muita gente guarda esse sentimento negativo com relação ao Shane. Que ele é fura-olha, que ele pegou a mulher do próximo, que ele é um sem vergonha, um filho da mãe, um safado, moleque safado. Sério, o ódio nutrido por ele não é leve não!

Só que sei lá. Não sei o que vocês acham, mas eu acho que não existe nenhum culpado nessa história. Nem o Shane, nem a Lori – e muita menos o imbecil do Rick, que nem imagina que alguma coisa aconteceu. Tá, retiro que eu chamei o Rick de imbecil, porque Deus sabe que eu perderia uns 15 minutos com aquele xerife. UHAUEHAUEHUAHEAUHE Não fiquem ultrajados, eu simplesmente não resisti, sorry.

Mas assim, ó. Na minha opinião, quando a sociedade passa por um troço desses e todo mundo vira zumbi, assim do nada, acho que os valores devem ser revistos. A pessoa fica muito mais centrada em si, por mais que tenha que viver também no coletivo e pensar no bem de todos. Mas a sobrevivência vem em primeiro lugar, não é? Mesmo que eles não saibam muito bem porque eles estão sobrevivendo. Será que vai ter uma cura? Será que eles vão encontrar outras pessoas? Será que vale à pena continuar lutando? Enfim.

Uma traição – se é que dá pra chamar assim – vira um caso tão importante quando todo mundo está morrendo ou virando zumbi e pensando apenas em comer cérebros? É uma questão para se pensar, não é?

Mas na verdade eu escrevi isso tudo porque o Shane aprontou de novo. Nesse episódio 3 da segunda temporada ele faz um negócio que levou muita gente a odiar ele mais do que já odiava. E eu, mais uma vez, achei a atitude dele sensata – por mais horrível que tenha sido. Não vou falar o que é. Ta, vou falar mas vou deixar em branco. Então se vocês querem ler vocês precisam selecionar aqui embaixo, ok?

Shane e um cara chamado Otis estão fugindo de zumbis. Shane está ferido. Eles precisam voltar para a caminhonete pois estão levando coisas para salvar a vida do filho de Rick. Shane atira em Otis e deixa ele para trás, para ser devorado pelos zumbis. Ok, Shane atirou na perna do cara, poderia ter acertado logo na cabeça e acabado com qualquer tipo de sofrimento. E ok mais uma vez, eu não sei se eu mataria alguém e deixaria esse alguém ser devorado – DEVORADO MESMO – por zumbis. Mas ainda assim, acredito que em uma situação dessas os fins justificam os meios. E o fim era salvar o Carl. E o Otis tinha atirado no Carl – acidentalmente, mais ainda assim tinha atirado. Tenso. Confuso. Eu sei.

Enfim, é um incrível de um dilema. Talvez por estar fazendo uma disciplina de legislação e ética é que eu esteja me pegando muito mais nesses detalhes. Ou talvez a série esteja levantando muito mais esse tipo de questão. Muito mais do que uma série de coisas melequentas e zumbis fedidos e headshots, há muitas questões pairando ali. Se você assiste Walking Dead sabe do que eu estou falando.

E se você não assiste Walking Dead, please, assista. E depois volte aqui e leia esse post com outra perspectiva.

E pra terminar:

- Pai, tu acha que eu sou uma idiota por escrever um post sobre dilemas éticos em um seriado de zumbis?

- Não acho nada. Acho só que é um desperdício de letras.

30 de out. de 2011

20 dias 20 posts - 12: tedx e festa à fantasia


O meu sábado foi marcado por dois eventos extremamente diferentes – mas, nem por isso, pouco importantes. Um deles foi o TEDxUnisinos. O outro, uma festa à fantasia.

Pra que nunca ouviu falar em TED e TEDx, um pouco de história. Criado na Califórnia há 25 anos, o TED é uma organização sem fins lucrativos voltados para disseminar “ideias que merecem ser espalhadas”. E no espírito das ideias que merecem ser espalhadas, o TED criou o programa chamado TEDx. O TEDx é um programa de eventos locais, e organizados de forma independente, que reúne pessoas para dividir uma experiência ao estilo TED. O TEDx reúne pessoas de diversas áreas do conhecimento para falar sobre suas melhores ideias em palestras com duração de 6 a 18 minutos.

Massa, né? Então rolou um desses ontem, em Porto Alegre. Eu me inscrevi (com aquele videozinho que postei, lembram?), fui selecionada e pude ir lá assistir ao vivo – e não através de transmissões online e coisa e tal. Só que eu moro no interior – e Porto Alegre é longe...

Pra resumir: acordei às 4 horas da manhã. Ganhei carona do pai até a casa de um amigo em Novo Hamburgo, peguei ônibus, trem, ônibus, andei um bom pedaço à pé. Tudo isso pra chegar lá antes das 9. E deu tudo certo e tal. E foi muito massa.


O tema desse TEDx foi “Inovação na educação”. Então estavam lá pessoas absurdamente diferentes (americanos, coreanos, nordestinos, gaúchos, etc) lançando diversos olhares sobre esse tema tão bacana. Impossível não sair inspirado. Impossível não ficar com uma esperançazinha e acreditar que o nosso país tem jeito. E impossível não conhecer pessoas legais. Foi em evento que só agregou, certamente.

Daí cheguei em casa por voltas das 20 horas. Tomei banho, contei pra família como tinha sido tudo, dei uma relaxadinha e... hora de ficar pronta para a noite, claro! E a programação da noite não era nada relax: festa à fantasia!

Uma das coisas que eu acho mais idiota na face da Terra é aquele tipo de pessoa que vai sem fantasia em festas à fantasia. Se não é pra entrar no clima, procure outro lugar para ir – ou fique em casa. Mas achei bem bacana que o pessoal se puxou. Eu fui de militar. Olha só:

HUAHEUAHEUHAUEHAUEHAUE Gata! NOT! Na verdade eu queria uma fantasia de pirata, que tinha um corpete e uma saia rodada, mas o aluguel era 65 reais. Achei muito por uma noite só. O aluguel dessa que eu peguei foi R$40,00. Caro mesmo assim. Enfim. As gurias que estavam comigo foram de vampiras, gatinhas, bailarinas, Pikachu...

Essa é a parte massa desse tipo de festa. Roupas diferentes, criatividade, essa coisa de se permitir ser o que não é. E tinha gente de tudo o que é tipo de roupa. De bicho, de policial, de Amy Winehouse, de colegial, de padre, de bruxa, de Slipknot... Tinha até um cara de sunga e regata. E antes que vocês questionem: sim, mantive distância dele.

E a festa rolou madrugada adentro. E no final das contas, o sábado foi longo - partindo da regra que um dia só passa pro outro depois que eu já dormi. Então o sábado durou até pelas 4 da manhã do domingo. o que totalizou 24 horas de pé. BÓ!

E eu sei que esse post aqui ficou meio que um “querido diário”, mas é domingo, né, gente. Não esperem que eu vá ficar o dia todo na frente do computador, please!

Tá, vou lá viver o resto do dia. BEIJO!

28 de out. de 2011

20 dias 20 posts - 11: elevadores

Tem pessoas que têm medo de elevador. Elas dizem que não veem sentido nessa história de subir ou descer para determinado lugar dentro de uma caixa fechada e pesada, que fica pendurada e que pode até mesmo cair. Faz sentido. Outras têm medo por causa daquele lance claustrofóbico, medo de ficar preso, fechado, sem ar, respirando o mesmo ar que outros. Medo de acontecer alguma coisa e ter que ficar trancado lá por 20 minutos, uma hora, uma tarde inteira. Que seja.

Eu não gosto de elevadores. Não tenho medo deles, apenas não gosto. E se eu estou com algum amigo que diz “ahh, vamos de elevador”, dependendo a situação eu até vou. Mas se eu estou sozinha eu subo de escadas. Sempre sempre sempre.

E eu não escolho a escada só porque todas as revistas de dieta e boa forma que eu leio quando estou na academia dizem que subir escadas emagrece, deixa a bunda bonita, faz bem pro coração, (joga no Google “benefícios subir de escada”),aumenta a expectativa de vida e melhora a aptidão física. Eu subo de escada porque eu posso. Sabe? Tenho duas pernas, tenho capacidade. Sei lá, é meio que um desafio comigo mesma. Nem eu entendo bem.

E tá, vou confessar: tem aquele esquema do constrangimento, né.

Esses dias em que eu estava com o pé torcido, desci de elevador. Eu e mais um tiozinho. Foi bizarro.

Tipo, o silêncio me incomoda. E qualquer tentativa de puxar conversa dentro do elevador mostra o óbvio constrangimento que as pessoas têm por causa do silêncio. E, de mais a mais, vou falar o que? Do tempo? Sobre como o elevador é pequeno e devia ter um espelho? Sobre meu pé machucado? Sobre minha vida amorosa? Não dá pra estabelecer uma comunicação completa no intervalo de 4 andares. Então prefiro permanecer quietinha.

Então, termino com uma enquete sem vergonha: subir 5 andares com um tiozinho desconhecido. Você vão de elevador ou de escada?

P.S.: people, desculpa se esse post ficou meio ruinzinho. Tô com MUITA dor de cabeça – e nem tomei guaraná nem nada. Assim que der vou marcar um médico e vou ver o que é isso aí. Não se preocupem!

20 dias 20 posts - 10: a lei da atração

Quando você deseja muito uma coisa, mas muito MESMO, deve fazer o seguinte: mentalizar ela com todas as suas forças. Imaginar que você já tem ou está fazendo essa coisa que você quer. E pronto. Mais dia, menos dia, TCHUM, o universo vai mandar essa coisa pra você. Afinal de contas, ele manda o que recebe da gente. Massa, né?

BESTEIRA COMPLETA, se vocês querem saber a minha opinião. Se você vai ficar sentando esperando que as coisas boas simplesmente aconteçam com você do nada, só porque você leu o livro “O Segredo” e viu que isso deu certo pra muito gente, me desculpe, mas, na boa, eu não gosto de você.

Eu acredito que quando somos otimistas as coisas acontecem sim. Mas a gente tem que fazer alguma coisa, né. Tirar a bunda da cadeira. Tirar a cabeça do mundinho confortavelmente parado onde ela está. Agir. Não basta pensar “ai, queria muito conseguir ter o emprego dos sonhos”. Tem que ir lá, dar o seu melhor, tentar, se arriscar, aquela coisa toda. A não ser que você seja filho de “alguém” e consiga alguns privilégios e tal. Não é o meu caso.

Tudo bem acreditar nessa tal de “lei da atração”. Só, please, não fique sem fazer nada, com a certeza de que seus sonhos vão se realizar. Talvez até se realizem, mas quem foi que disse que o universo vai ser bacana e rapidinho com você? Talvez ele te mande o seu emprego dos sonhos daqui a 50 anos. E aí, hein? Pois é.

Só que, embora eu tenha essa opinião, eu ADOOORO falar pras pessoas mentalizarem as coisas e acreditarem no universo. Ou gosto de dizer que as pessoas fizeram coisas ruins e estão sendo PUNIDAS pelo universo, por causa das más energias que enviaram, coisa e tal. Acho irônico.

E isso me lembra a história que minha amiga Jamile contou esses dias que encontrei ela na universidade. Nesse post aqui eu contei que ela zombava de mim, porque eu tinha aula em segunda e em sextas-feiras. Dias tristes para se ter aula, segundo a Jamile.

Então o universo resolver revidar ela. Adivinhem só em que dias a Jamile tem aula atualmente? E em que dias ela vai ter aula nos próximos semestres? Pois é. Você fala uma coisa e recebe o troco. E ela veio me contar que logo lembrou do meu post por causa disso. E nesse mesmo dia estava chovendo e ela caiu deitada no meio da universidade e também lembrou dos meus tombos. Punição dupla. Sorry, amiga, mas eu não podia deixar de contar isso aqui. AUHEUAHEAUHE

Mas e aí. E vocês, hein gente? Acreditam no “Segredo”? hahaha! BEIJO!

26 de out. de 2011

20 dias 20 posts - 9: coisas que você pode fazer quando está sem internet

Eu trabalho em uma agência de marketing digital, a BRA Digital. Aqui fazemos sites, e-commerces, gerenciamento de contas nas redes sociais, aplicativos para mobiles, enfim, aquelas coisas todas que as agências fazem.

Na última terça-feira, não sei se por causa das chuvas fortes ou de algum problema nos nobreaks e servidores, ficamos sem internet. Não o dia inteiro, mas uma partezinha pequena dele. Sei lá, uns 40 minutos. Como o meu trabalho depende basicamente da presença da internet – ainda não achei um jeito de acessar o Facebook sem estar devidamente ONLINE – fiquei meio que sem ter o que fazer, profissionalmente falando. Ok, até escrevi uma coisa e outra que precisava e tal, mas não foi muito além disso. Fiquei conversando, comendo bolacha, tomando café e fazendo aleatoriedades no meu computador sem internet. Daí chegou a hora de ir embora, eu fui embora, etc.

Mas essa experiência, como todas na vida, me trouxe um pequeno aprendizado. Aprendizado esse que eu compartilho com vocês na forma de uma pequena lista de coisas que vocês podem fazer quando trabalham com internet e fica, de repente, SEM INTERNET.

- você pode aproveitar para dar um jeito nas suas unhas.

- você pode beber bons drinks (ou boas águas).

- você pode ler revistas. E CARALHO, parece que eu sou careca nessa foto. Talvez eu seja mesmo. Tá, não sou, é que o cabelo tá puxado numa trança meio descomplicada ali e tal, daí ficou estranho. :/

- você pode colar um novo cartaz na parede.

- você pode fazer uma reunião de brainstorm com algum colega.

- você pode roubar bolachas de gergelim de algum colega.

- você pode ir buscar um café e descobrir que já não tem mais café – o que comprova que as pessoas pensam como você. Falta de internet = falta de café.

- você pode olhar toda a sua lista de músicas e fazer uma playlist miudinha e apenas com as músicas que você mais gosta e mais está amando no momento. Tipo Walk, Back To School e The Only Exception.

- você pode abrir todas as pastas, excluir algumas coisas e limpar a lixeira. E achar mais coisas, excluir e ir de novo limpar a lixeira. E assim ad infinitum.

- você pode jogar paciência.

E você, faz o que?

20 dias 20 posts - 8: terça estranha


Alguns dias simplesmente não ocorrem como a gente esperava. Ou até ocorrem bem, de maneira geral, mas são pontuados por eventos diferenciados. Sendo bons ou ruins, de alguma forma eles são importantes, pois mudam a nossa rotina, o jeito como a gente encara cada dia.

Se essa terça-feira tivesse sido uma terça-feira normal, teria seguido o padrão de sempre: acordar, ir pra academia, ir pro trabalho, almoçar no Snack com os guris, voltar pra agência, trabalhar, voltar pra casa, ir pra academia, tomar banho, ver Walking Dead, ler e dormir. Mas não foi bem assim.

Verificando meus e-mails no horário do meio dia, lembrei que havia me inscrito para um evento sobre mídia e infância, que ocorreria na universidade onde eu estudo. O dia estava bonito, liguei pra casa e avisei minha mãe que não voltaria no horário de costume. Ok.

Trabalhei, trabalhei, trabalhei. Por volta das 6 horas as coisas começaram a acontecer. A agência ficou sem internet, então todo mundo ficou meio que sem ter nada pra fazer. Alguns ficaram fazendo reunião, outros ficaram falando sobre coisas importantes, tipo decoração de casamentos, e outros ficaram tomando café, comendo bolacha de gergelim e falando sobre o segundo episódio de algum seriado de zumbis aí. Então eu tinha que ir pra faculdade, e nessa hora começou a chover.

Eu tinha uma sombrinha. TINHA, porque na hora que fui abrir ela, descobri que estava completamente quebrada. Então pensei “foda-se” e guardei. Daí tive a sorte de que a chuva parou. Ok, continuei andando até o meu destino, o PARADÃO (uma espécie de rodoviária de Novo Hamburgo), cada vez mais rápido, à medida em que o céu ficava cada vez mais preto. Quando cheguei no lugar para pegar o ônibus, o mundo caiu. CAIU. Mas tudo bem, eu estava protegida. Choveu pedra, até.

Então a chuva continuou, e começou a meio que formar uma espécie de rio ali perto. E então um ônibus passou bem por ali e encharcou a galera – mas não eu, pois perspicazmente vi que isso ia acontecer e me afastei para trás. Quando estava pensando comigo mesma “sou esperta, ohyeah”, um carro passou pelo OUTRO LADO e me molhou. O que aprendi com isso: não tente duelar com o universo, ele vai ganhar de você.

Meu ônibus chegou, entrei e me deparei com as janelas fechadas. Todas as janelas fechadas. Claro, estava chovendo. Mas ainda assim. Sentei na ponta do banco, com a calça molhada, e fiquei me concentrando para não passar mal e torcendo para que eu chegasse na faculdade LOGO.

Chegando lá, tudo deu incrivelmente certo. Mais certo do que eu estava esperando, até, porque uma vez que se abrem as porteiras do desastre, tudo pode acontecer. Mas não. Quer dizer, tirando a parte de ter chovido DENTRO do auditório onde ocorreria o evento, tudo foi bem bacana. Encontrei lá uma amiga com quem não conversava há tempos e lembramos de algumas coisas, nos atualizamos de outras, etc etc. (Jamile, tu ainda vai ter um post pra ti). O evento foi bacana, falo sobre ele em outro post.

DAÍ, na hora de ir embora, o namorado dessa amiga – que é meu amigo de infância e mora pertinho da minha casa – me deu carona. E então eu estava indo de volta pra casa, protegida da chuva, pensando que no final das contas as coisas tinham dado certo sim, que talvez eu tivesse levado a melhor sobre o universo e suas aprontações. Sim, era uma vencedora.

Então chegamos na frente da minha casa, fui descer da caminhonete, raspei com o pé em alguma coisa que estava por ali (era escuro, nem vi o que era) e cortei ele. Um corte de respeito, que logo começou a sangrar. Olha só:

A foto tá uma merda, toda tremida, mas dá pra ver minha sapatilha molhada e meu dodói.

O que aprendi com isso: não cante vitória antes do tempo. As coisas só terminam como acabam, né. Ou acabam quando terminam, sei lá. Enfim.

Então, crianças. A lição desse post poderia ser algo meio místico, tipo: o dia pode ser diferente e peculiar, pode sim, mas se é pra você se dar mal, você vai se dar mal - mesmo pensando que se deu bem. Mas não. Termina apenas com um “PORRA, MAS EU SÓ ME FERRO” para a reflexão de todos. Bom dia.

24 de out. de 2011

20 dias 20 posts – 7: a coisa feia que meu quarto esconde

Muita gente colocou no meu questionário que faltam mais fotos aqui no blog. Acho que é porque essas pessoas não acham os meus textos bons e preferem que o espaço aqui disponível seja preenchido com imagens - daí não é preciso ler nada e tal.

...

Tá, eu sei que não é isso, né, galera? NÉ? Por isso, trouxe um post com imagens inéditas para vocês. E, mais do que isso: imagens inéditas e UM SEGREDO. Vamos lá?

Eu não sou do tipo de pessoa que passa muito tempo em casa. Trabalho, estudo, vou pra academia, saio com os amigos, etc etc. Mas é claro que passo um tempinho no aconchego do lar sim, afinal de contas, não sou uma filha desnaturada-ovelha-negra nem nada assim. Embora eu goste bastante da cozinha ( SIM SOU GORDA), acho meu quarto um lugar bem interessante. Só que ele tem uma coisa feia.

Meu quarto é pequeno e não é muita gente que teve o privilégio de conhecê-lo, HUAHUHAEU. Mas tem coisas bem legais. Eu guardo meus livros em ordem de cor e tenho brinquedinhos do MC Donalds e embalagens de comidas e garrafas de cerveja e coleção de lápis e mais um ziguilhão de coisinhas pequenas no meio de todos eles.

Tem também a coleção de embalagens de Sorinan que meu irmão, aparentemente, está fazendo. Tem minha luminária vermelha, que fica na distância ideal da minha cama. Na hora que o sono pega, basta esticar o braço para apagar a luz.

E tem as coisas não tão bonitas – mas que não chegam nem perto da feiúra da coisa feia que eu falei lá encima, e que você já deve estar curioso para saber o que é. Minha gaveta cheia de cosméticos bagunçados, meus sapatos que ficam no chão, a televisão que eu uso pra pendurar roupas encima (não assisto!), a raquete de tênis que fica pendurada no meio do nada...

Até que chega a hora de revelar a parte feia do quarto. Vou contar. Lá vai. Certo dia resolvi que eu precisava de uns ganchinhos para pendurar meus colares, porque eles estavam todos enfiados na mesma gaveta e ficavam se enrolando uns nos outros, se enroscando e dando uma trabalheira infernal quando eu queria colocar algum deles. E quando eu resolvo alguma coisa, ela precisa ser imediata. Então naquele mesmo dia fui atrás dos tais ganchos.

Só que... Bem... Eu só encontrei ganchos estranhos. Mas acabei comprando, né.

Ninguém desconfia que os ganchos estão dentro da terceira porta do meu guarda-roupa. E ninguém desconfia que os ganchos são 3 gatos horríveis. E quando eu digo horríveis eu digo... BEM, tirem suas próprias conclusões.

AUHEIAHEHAIEHAIHEIAUHEIUAHEIUAHEUAHE PORRA! Olha a merda que eu comprei! Olha esses gatos, pelamordedeus! São bregas, são feios, são demoníacos, são uó, são creiços. São a pior coisa que me aconteceu.

É uma pena que eles sejam tão feios, porque meus colares são uma graça – em especial esse de coração que é novo e tenho certeza de que vai virar meu maior xodó.

Aliás, aproveito esse post para fazer um apelo. Me deem ganchos de presente de Natal. Por favoooooorrrrr, gente! Como continuar vivendo agora com todo mundo sabendo que eu guardo três gatos bregas no meu quarto?

COMO?

20 dias 20 posts – 6: ponto crítico

Meu projeto ainda nem chegou na metade e já entrou um ponto que eu vou chamar de crítico – mesmo não estando exatamente assim CRÍTICO. Chamar de crítico torna tudo mais dramático, e eu adoro um pouco de drama.

Chegou nesse ponto porque eu me vi cercada por atividades acadêmicas, profissionais e de lazer (tipo assistir Walking Dead como se não houvesse amanhã) – além do compromisso de postar no blog durante 20 dias seguidos. E daí com tanta coisa pra fazer, tenho que me virar em várias para dar conta. Por isso que eu tô aqui escrevendo pro blog nesse momento, e ainda nem são 7 horas da manhã.

Mas, querido leitor, não se preocupe: eu não vou falhar nessa. Até porque eu vi na minha pesquisa que muita gente (aliás, quase todo mundo) ama esse tipo de projeto. E até estão sugerindo o 30 dias 30 posts. Já pensou?

Ah, esqueci de contar: lembra aquele vídeo que postei aqui, de inscrição para o TEDxUnisinos? Pois é, fui selecionada. Massa, né? Nesse sábado agora, vou bem cedo a Porto Alegre, passar o dia lá e ver um monte de gente bacana falando sobre “Inovação da Educação”. Depois eu conto pra vocês como foi! =)

Bom, enfim. Para me salvar do ponto crítico, seria legal se eu tivesse uma penca de assuntos sugeridos por vocês - além dos que estão no questionário. Daí eu simplesmente iria lá e escreveria, sabe? Do que adianta eu ter 160 acessos diários se só tem 2 comentários? Cadê vocês, Brasil?

Daí agora você percebe que esse foi um post enche linguiça. SIM! Auhuehuaheuhe Mas amanhã eu volto com algum assunto bem polêmico – ou não tão polêmico assim, mas igualmente interessante.

BEIJO ME TWITTA!

23 de out. de 2011

20 dias 20 posts – 5: será que é o guaraná?

É meio comum eu ter dor de cabeça – tanto é que eu costumo carregar comigo cartelas de aspirina e neosaldina. Talvez a origem dessa dor seja eu passar tempo demais na frente do computador. Quer dizer, eu uso óculos e tudo o mais – só que quando eu tomo café eu tiro o óculos, porque fica embaçado. E eu tomo bastante café, então passo bastante tempo sem óculos. Mas ok, se você quer ver eu falando de café deve clicar aqui. Hoje eu vou falar de DOR.

O que me incomoda é que as dores de cabeça mais fortes que eu tenho acontecem aos finais de semana. E aos finais de semana eu não passo um tempo absurdo na frente do computador, como acontece de segunda a sexta. Então... que porra de dor é essa? Por que ela acontece?

DAÍ pensei um pouco e me dei conta de uma coisa: as dores geralmente acontecem depois do almoço. E o que é que acontece aos finais de semana que não acontece durante a semana no horário do almoço? Eu tomo guaraná.

Durante a semana inteira eu tomo suco. Já em sábados e domingos eu me permito tomar refrigerante. E costuma ser guaraná, porque aqui em casa nós adoramos guaraná. E depois do almoço eu fico com dor.

Gente, me ajuda. Será que guaraná pode me dar dor de cabeça? Será que por algum motivo ele, sei lá, me ataca estômago/fígado/rim/vazio me gerando esse incômodo?

Pedi ajuda pro meu amigo Google e ele me mostrou vários artigos que dizem que o guaraná em pó AJUDA A COMBATER dores de cabeça. Mas nesse caso não estamos falando do guaraná em pó, né? Tem gás e tal.

ENFIM. Hoje eu vou fazer o teste. No almoço vai rolar uma Coca-Cola. Daí eu vou descobrir. E se persistirem os sintomas, não se preocupem, o médico será consultado.

22 de out. de 2011

20 dias 20 posts - 4: eu quero ter um cachorro!

Antes de começar: você já respondeu meu questionário? Não? Então para tudo, clica aqui, responde e depois volta aqui que eu continuo o post.
...
Pronto? Vamos lá, então.

Se eu fosse citar 10 coisas aleatórias que eu gosto muito, certamente uma delas seria “cachorros”. Ok, acho que as outras seriam: café, zumbis, livros, pudim de laranja, pizza, filmes, sapatilhas, saias de cintura alta e internet. Eu gosto de coisas estranhas. E gosto de cachorros.

Gosto de coçar a barriguinha deles, jogar coisas para eles irem buscar correndo, fazer carinho atrás da orelha, segurar a patinha como se estivesse dando bom dia. Gosto do jeito que eles dormem encolhidos, da aparência pomposa e aconchegante que ficam quando estão vestidos, o cheirinho que deixam quando estão de banho tomado. Gosto do jeito que eles ficam felizes quando o dono chega em casa, como se não existisse nenhum momento melhor na vida do que aquele. Cara, cachorro é tudo de bom.

Por causa desse meu amor, muita gente fala “Nicole, tu PRECISA ter um cachorro”. Sim, eu sei que eu preciso. Eu seria uma pessoa mais feliz e realizada se tivesse um cachorro (e um amor, e mais dinheiro, e mais projetos, e mais viagens, e um cabelo bom, e essa lista não termina, mas enfim, não vem ao caso agora). Só que não é assim, simplesmente decidir ter um cachorro, ir lá e TER UM CACHORRO. Não é que nem resolver cortar o cabelo.

É preciso pensar em muitas coisas. E também encontrar o cachorro certo pra minha vida – deve ser mais fácil que achar o príncipe encantado, mas ainda assim tem um nível de dificuldade.

Tipo. Eu sou pobre, então eu precisaria encontrar o meu amigo canino em uma dessas ongs de adoção que tem em todos os lugares – até em cidades pequenas como Estância Velha. Ou alguma alma caridosa poderia ME DAR um cachorro. Sei lá, mas eu ficaria feliz.

Eu moro em um apartamento, então o cachorro deveria ser do tipo pequeno e não precisar de muito espaço pra correr e tal. E nem ter necessidade de cavar buracos na areia, porque eu não tenho areia.

O apartamento onde eu moro tem carpete no piso. Ou seja, o cachorro teria que aprender muito cedo a fazer xixi em algum lugar determinado, tipo uma pilha de jornais. Ou eu poderia achar algum cachorro que não fizesse xixi. HAHAHAHAHAHA Tô brincando gente.

Enfim, como vocês podem ver, não é assim fácil. Mas um cachorro tá anotadinho com carinho na lista das coisas que eu preciso ter – seja para um futuro próximo ou para um futuro um pouquinho mais adiante.

Vocês têm cachorros? Me falem deles! Vou adorar saber! E até mais!

21 de out. de 2011

20 dias 20 posts - 3: quero conhecer você melhor (de novo!)

Há algum tempo, fiz aqui no blog um pequeno questionário para conhecer as pessoas que me lêem . A intenção era , a partir das respostas, melhorar cada vez mais e atingir as expectativas de vocês, queridos leitores. Não sei se consegui, mas whatever, esse não é o assunto do post de hoje.

O tempo passa e com ele caminhamos todos juntos sem parar e as pessoas mudam suas ideias. Eu, por exemplo, costumava gostar de sertanejo universitário. É, confesso. CULPADA! Enfim, é por isso que acho que é hora de dar uma atualizada no questionário. E de saber o que novos leitores pensam daqui. E de saber se os antigos leitores mudaram opiniões. E de ver sugestões e recados eu me fazem chorar – é, ando numa vibe emotiva.

Por isso, gente, peço esse favorzinho procês: cliquem aqui e respondam minhas perguntinhas! Prometo que logo rola um post com um super levantamento de tudo de legal que aparecer por lá. ;)

BORA RESPONDER?

20 de out. de 2011

20 dias 20 posts - 2: eu sou um desastre ambulante

Eu sou uma pessoa desastrada. Mas não daquele tipo de pessoa que derruba o que estiver segurando, quebra xícaras, faz sujeira na cozinha, etc etc. Eu sou desastrada comigo mesma. Verdadeiramente falando, eu sou um desastre ambulante.

No último verão eu me expus um tempão no sol e, além de ficar com uma marca sexy de REGATA (eu falei sobre isso aqui), eu consegui queimar um braço só. Não sei como. Ele ficou incrivelmente vermelho, ardia, aquela coisa toda. E depois de um tempo descascou, deixando meu bronzeado todo fodido. Parecia que eu tinha queimado o braço com azeite, sabe? Feio.

Nessa mesma temporada de verão (aliás, nessa mesma semana, pois foi a única que tive férias e fiquei na praia), eu consegui a proeza de cortar o pé. E olha a história vergonhosa que eu vou contar agora. Eu e meus amigos fomos passar do ano a virada nas dunas, na praia. Daí deu a meia noite, fogos de artifício, banho de espumante, aquela coisa toda. ÓBVIO que o nível de alcool da galera estava altíssimo. E o meu... bom, o meu também tava (sorry, mãe, nunca mais vou beber!). ENTÃO resolvi que precisávamos ir pular as ondinhas e tal. Atravessamos a praia CORRENDO, entramos no mar, pulamos as ondas, aquela coisa. Nisso eu senti que tinha pisado em alguma coisa, porque meu pé estava doendo. Mas não liguei, tinha muita festa pra curtir ainda. Quando eu voltei pro camping... HALP PRODUÇÃUN! Vi que meu pé estava toooodo cortado embaixo. Sangrando, horrível. Mas nem deu nada – só uma cicatriz pequenininha. A coisa que eu pisei era uma lata, provavelmente. Ou uma pedra. Ou algo muito mais afiado do que eu desconfiava.
Bom que, como a minha chefe disse, o álcool que estava pelo meu corpo serviu de antiséptico. E a água do mar deu aquela limpada no dodói.

Algum tempo atrás eu pisei em um buraco, caí na ladeira da agência onde trabalho, torci o pé, estirei o tendão e fiquei mais de uma semana com faixas e pés encima da cadeira e pessoas me ajudando a descer escadas. Contei nesse post aqui.

Duas ou três semanas atrás eu torci o OUTRO pé. E foi durante um TRENZINHO DO CHOPP. E só não foi pior porque o meu irmão estava perto de mim e me segurou antes que eu desmoronasse completamente e me cortasse toda nas pedras. Cara, cadê a dignidade que tava aqui? Foi correndo e não vai voltar nunca mais pra esse blog, acho.

PORRA, eu não consigo passar nem autobronzeador no corpo sem ficar com pelo menos 4 partes manchadas – geralmente mãos, pés, pulsos e orelhas.

Enfim. Todo esse apanhado desastradamente vergonhoso só para contar que esse final de semana que passou eu fui para uma festa germânica chamada Oktoberfest (alguns de vocês conhecem, outros não), que dura cerca de 12 horas e é regada à chopp, bandinhas, chopp, caminhadas intermináveis, gente bêbada e mais chopp. Era um verdadeiro convite para uma pessoa propensa a acidentes como eu sou.

Inclusive essa semana várias pessoas vieram me perguntar se eu não tinha me machucado ou torcido nada durante a festa.

E eu digo pra vocês: NÃO. ME. MACHUQUEI. Nem quando faltou luz, nem quando eu corri na chuva, nem quando o piso estava molhado de chopp, nem quando eu dancei feito louca a coreografia de Fliegerlied, nem em nenhuma hora. SUCESSO, GENTE!

Vocês também são assim? BEIJO!